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Não espere retorno

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Revirando os meus guardados, achei esse texto. Tão antigo e tão atual…

“Não espere retorno.” Ouvi isso várias vezes, de tantas pessoas e em situações tão diferentes. Fazer as coisas, por menores que sejam, sem esperar nada em troca.

Hein?  Como? Será mesmo possível?

Fazer um bom trabalho sem lá no fundo esperar um “muito bem”?

Entendo fazer uma boa ação sem esperar retorno,  mas pelo muito obrigado, sim eu espero… e às vezes sentada.

Reciprocidade…. a tal reciprocidade. Difícil né?  Às vezes a gente só precisa de um sorriso para nos fazer seguir fazendo o que achamos certo.

Ainda não aprendi a ser tão desprendida. Às vezes me falta coragem. Às vezes a falta da  tal reciprocidade machuca, faz soar o tom da indiferença e até traz o sentimento de me sentir usada.

Mas a carruagem passa, os cães ladram… a gente acorda no dia seguinte pensando em novamente ajudar,  fazer o que acha correto, amar sem fim. Mesmo que o sorriso e o muito obrigado não venham…

E a gente faz tudo de novo. E segue esperando. Sou boba. Só pode ser. Mas acho que prefiro essa “bobeira” ingênua a sentir que apenas assisti a vida…

Não que espere gratidão eterna das pessoas, pois acho que esse tipo de sentimento aprisiona. Mas um obrigado sincero não mata ninguém. Mas tem que ser sincero e não protocolar. Será que isso é pedir demais num mundo onde as pessoas se olham cada vez menos nos olhos?

Fico pensando se esse desapego realmente existe. Conheço pessoas que dizem que conseguem não depositar expectativas em nada ou ninguém… e pior, que não ligam. Será?  Acho que em algum momento, nem que por uma fração de segundo, essas pessoas se sentem assim… desestimuladas… não é possível. Ou é?

Dizem que se aprende esse desprendimento todo com o tempo… uns por filosofia, outros pela religião e outros ainda pelas “lambadas” da vida. E você? Já está praticando ou conseguindo não esperar nada de ninguém?

12507504_864760573644811_8622203985550743298_n Marina Prado

Marina Prado – Bela Urbana, jornalista por formação, inquieta por natureza. 30 e poucos anos de risada e drama, como boa gemiana. Sobre ela só uma certeza: ou frio ou quente. Nunca morno!

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