O que dizer de uma rotina maluca, com diversas atribulações e responsabilidades profissionais, filho, marido, casa pra cuidar e some-se a tudo isto, dores na cervical mais precisamente com uma Hérnia de disco que atingia diariamente minha musculatura, causando dores no pescoço, na base do crânio e dores de cabeça absurdas!
Contar essa experiência parece uma coisa meio catastrófica, mas quando o você encontra algo que te faça parar bruscamente é que você pensa porque que não percebi ou tratei com mais seriedade os sinais que meu corpo vinha dando! Pois bem, até que um dia, daqueles corridos na marginal Tietê de São Paulo, guiando o meu carro sozinha o meu corpo e meu cérebro resolvem que não queriam mais “brincar” deste jeito. Uma crise de pânico me acometeu…. queria sair correndo e largar o carro no meio da avenida, os olhos já não enxergavam a marginal, o coração em total aceleração, uma tremedeira que você não comanda mais os seus movimentos, enfim a tal sensação de morte. Podemos falar em coincidência, mas prefiro acreditar que nossos protetores nunca nos abandonam e de repente a CET estava rebocando um carro e interditou a “marginalzinha” e foi neste instante como último fôlego que consegui atravessar o carro em direção a um posto de gasolina. E ali fiquei!
Eu queria que chamassem os bombeiros, mas o posto não podia ficar com o meu carro. Foi então que consegui relatar para o meu marido, que imediatamente saiu de Campinas para me buscar em um posto na marginal, pois eu não conseguia dizer em que altura estava. O Meu Amado foi a SP o tempo inteiro conversando e me acalmando e me dizendo o que estava acontecendo. Até que ele chegasse, tratou de acionar minha mãe…. e só mães fazem isto…. ela veio ao meu encontro entrando em todos os postos Shell que encontrou na marginal (pois o nome do posto foi a única informação que conseguia enxergar) e fez com que o posto ficasse com meu carro! Ela levou para casa dela e esperamos marido chegar com já com o Rivotril e me tirar da crise!
Posso dizer que tudo foi muito forte e intenso, nunca havia tomado uma medicação desta, mas a situação exigia. Hoje, com uma mudança radical no meu estilo de vida, exercícios físicos terapia e ainda uma pequena dose de medicação específica posso dizer que estou bem e longe de passar por algo semelhante a esta experiência.
Portanto, se posso dar um toque em vocês meninas, é fiquem atentas aos sinais dos seu corpo…. cansaço excessivo, tonturas constantes, dores de toda ordem, estresse, falta de paciência, agitação… enfim…. tratem-se, cuidem-se, nada melhor do que nos sentirmos equilibradas e com saúde!!! Tenho percebido com algumas pessoas que converso que muitas já passaram por isto, mas não contam…. Acho que devemos falar sobre o assunto pois os alertas nos deixam atentas. Eu confesso que não tinha a menor ideia o que meu corpo estava dizendo e que a crise de pânico poderia ser uma consequência. Hoje refeita, com muito amor e apoio da minha família, com minhas orações, posso olhar e dizer que tudo passou, mas que acima de tudo, a cura está em nós mesmas, nas mudanças de atitudes, prioridades e claro focar em NOSSO bem-estar, em nossa saúde física e mental …. em nossa real felicidade!
Lucia – Bela Urbana, mais de 40, aqui somente Lucia, só seu nome, sem sobrenome, mas poderia ser Maria, Ana, Clara, Fabiana, Renata, Camila, Tatiana, Juliana, Alessandra, Sonia, Sandra, Raquel, Regina, enfim…tantas. O depoimento é real e serve de alerta para os sinais que antecedem uma crise e para percebermos que a vida deve ser mais leve no dia a dia.