Eram 6h15 quando meu marido virou para mim na mesa de café da manhã e me perguntou: e aí? O que você quer no dia das mães?
Comecei a chorar sem parar…ele arregalou o olho, não entendia nada…mas foi gentil em esperar eu respirar com calma e pelo menos conseguir falar o que tinha acontecido.
Todos os anos, eu visito meus pais que moram à 250 km de mim.
O meu presente de dia das mães, sempre foi estar com a minha mãe!
Nada me fazia mais feliz.
Claro que meu marido e meus filhos também iam para lá no final da tarde de domingo, mas isso já era suficientes para nós comemorarmos, pois estávamos todos os outros dias do ano bem juntinhos.
Mas e agora? Fiquei calma e tentava organizar as ideias…e se…
A gente fosse e dormíssemos na minha tia e só ficássemos de longe?
E se só eu fosse, já que que só meu marido trabalha fora?
E se eu fosse e nem dormisse em Altinópolis… passasse o dia?
E se eu andasse 250 km só para almoçarmos juntos?
E se…
E se…
E se eu estivesse com corona sem saber?
E se ela ficasse doente?
E se eu soubesse que eu passei?
E se algo pior acontecesse?
Eu conseguiria viver com a culpa de ter tomado a decisão errada?
Eu não teria como voltar atrás…
Foi aí que eu recebi um post pelo whatsApp: ˜VOCÊ NÃO ESTA PRESO EM SUA CASA, VOCÊ ESTÁ SALVO˜. Mude a linguagem e sua atitude mudará.
Então, finalmente tomei uma decisão…vou continuar desejando para ela, a
mesma coisa que sempre falo primeiro nas comemorações… te desejo
SAÚDE!
Vamos nos juntar pelo whatsApp, zoom e qualquer outra tecnologia…
Mas quero ela “vivinha da Silva“ para poder abraçar muito, fazermos um bolo juntas, dançarmos na cozinha ouvindo a música que eu dediquei para ela na rádio da cidade vizinha, tomar um cafezinho sentada na área e por fim, deitar com ela na cama bem juntinhas, assistindo aos programas da Rede Aparecida enquanto eu pego na sua mão envolta em um lindo terço.
Mãe, feliz dia das mães!