Na minha infância, eu minha melhor amiga Verinha gostávamos muito de brincar.
Brincávamos de muitas brincadeiras e tínhamos muitos amigos, mas a história que escolhi para dividir com vocês se refere a uma das mais tradicionais nas diversas infâncias… CASINHA DE BONECAS!
Teve um período em nossas infâncias que brincávamos todo dia de segunda a sexta… para falar a verdade, não sei se era todo dia, mas hoje crescida, para mim era todo dia!
A noção de tempo é sempre tão pessoal.
Gastávamos grande parte de nossas tardes, montando o cenário e outra grande parte, desmontando-os. Nada era pronto, tudo tinha que ser criado! Juntávamos objetos que transformávamos em salas, quartos, carros, jardins da casa onde nossas bonecas moravam… era uma verdadeira engenhoca.
E entre o montar e o desmontar, havia um enredo, quase sempre o mesmo… e me lembro de rirmos muito com nossas histórias e invenções.
Geralmente nossas bonecas eram independentes, felizes e namoravam homens com nomes engraçados.
E a brincadeira não parava por aí, pois havia uma pausa para um lanchinho feito sempre por nossas mães e esse momento também era de diversão.
Ah, digo por nossas mães, pois um dia brincávamos na casa dela e no outro dia na minha casa! Tudo devidamente acordado, não sei por quem… se por nossas mães ou por nós!
E quando chegava às 17h estávamos prontas para encerrar essa brincadeira, mas não o nosso brincar.
Morávamos a quatro quadras de distância e independente de onde havia sido o encontro, uma acompanhava a outra até a segunda quadra, assim andávamos sozinha apenas duas quadras…
E durante o caminhar dessas duas quadras brincávamos de “pistas”.
Essa brincadeira foi inventada por nós e nada mais era do que “enxergar” pistas a partir dos símbolos e objetos que encontrávamos na rua que nos mostravam o percurso e quantos passos podíamos caminhar até chegarmos em nosso destino, que era o meio do caminho. E no meio do caminho encerrávamos o encontro, com nossa infância preenchida de saberes.
Estamos na Semana Mundial do Brincar e disseminar o BRINCAR como um valor a ser cultuado é a uma oportunidade de contribuir para que tenhamos adultos mais saudáveis.
E você, qual a brincadeira que está presente em sua memória?