O amor por cachorros me acompanha desde sempre. SÓ NÃO SEI se foi por influência paterna ou por minha própria natureza.
Inesquecível a história do cão que após ser levado para morar em uma chácara, voltou sozinho após dias andando e raspou a porta do apartamento de meu pai para reencontrá-lo.
Quanto desafio para um ser que costumamos chamar de irracional.
Mas o que será que é ser racional? Sinto na irracionalidade de um cão uma profunda razão.
SÓ SEI que na racionalidade do ser humano, muitas vezes existe uma falta de noção.
Cachorro gosta de amor e carinho. Não entende nada essas coisas de tendência em tentar humanizá-lo com nomes de gente e produtos similares aos dos seres racionais. A linha é imensa pois cada dia o mercado pet lança um produto diferente: cerveja, gelatina, bolo de caneca, brownie, sorvete, bolos e velas de aniversário, fantasias…e por aí vai.
NÃO SEI se essa crítica mais filosófica do que construtiva nos leva a algum lugar, mas SEI que para o cão, o que interessa é a troca de carinho. No mais ele não entende nada de toda essa humanização.
Parando para refletir sobre os relaciomentos de… não tão antigamente… e toda essa modernidade tecnológica como app’s para tudo com direito aos relacionamentos virtuais e imaginários, é fácil dizer o que SEI:
Todo esse mercado pet, que também sou consumista, é simplesmente o espelho da carência da humanidade por calor humano e contato presencial, sincero, simples e puro.
É na tentativa de humanização de seus novos “filhos” que muitos afagam sua carência por afeto e liberam a ocitocina*, que traz bem estar e aconchego.
Somos racionais e os pets irracionais? Há quem hoje em dia já discorde dessa afirmação. NÃO SEI se isso pode ser considerado agora liberdade de expressão. Talvez, contudo, entretanto…
“SÓ SEI QUE NADA SEI” **
- Algumas formas de aumentar a ocitocina naturalmente:
Contato físico. O contato físico na forma de abraços, massagem, cafuné e carinhos estimulam a produção de ocitocina, e é uma das causas do bem estar quando é realizado.
Adotar um animal de estimação.
** Frase que Sócrates nunca disse segundo a História da Filosofia.