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Libertação

Naquele quarto sempre trancado o assoalho de tábuas range como um gemido enquanto flores jazem secas entre os livros.

Um caminhar lento, indeciso, sorriso brando, entre rugas que se unem, serenidade vivida como a suavidade do seu olhar onde se anulam sonhos e ilusões.

Os muros altos guardam histórias, mistérios enterrados nas sombras das laranjeiras. Alguém saiu para o jardim colher flores, suspirou fundo e adormeceu sobre um canteiro de margaridas com um buquê de rosas vermelhas ao peito.

Cristina Bonetti – Bela urbana. Piracaiense, amante da literatura e de música clássica desde a infância. Filha e neta de escultores. Fã de Manoel Bandeira, Fernando Pessoa, Paulo Coelho e Pablo Neruda. Poetisa, artista plástica e publicitária. Co-autoria Paulo Monteiro no verso final.

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