As mulheres “de antigamente” viviam em doação à família. A profissão delas era denominada: “do lar”. Esse termo diz tudo: Elas abriam mão de sonhos e desejos e viviam em doação.
Apesar de termos tido nossas profissões, conquistas financeiras e liberdade, aquele arquétipo doador permaneceu impregnado em nosso DNA, talvez por repetição sistêmica. Isto faz com que muitas de nós, mulheres, não saibamos receber.
A doação é um gesto lindo, mas na vida tudo precisa fluir de forma equilibrada, num ir e vir, num dar e receber.
Receber é permitir que te enxerguem; que te sintam; que se sensibilizem por ti; é permitir que te protejam; que te amem.
Permitir-se receber é acolher um gesto de carinho; é amadurecer no outro a compaixão; é despertar no teu próximo o sentimento de amor incondicional.
Devemos estar atentos para acolher o que o universo nos traz, em contrapartida às nossas doações. Isso é o equilíbrio entre o eu doo e acolho; eu protejo e sou protegido; eu amo e sou amado.
Receber é despertar e manter no outro o lindo gesto de doar.