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Fragmentos de um diário – 6

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… Nada a ver??? Não sei, não sei mais nada, o tempo confundiu minha cabeça, mudou meus sentimentos, mas continuou deixando minha essência de ser intocável (sou a mesma). Vontade de chorar….” eu heim, nem pensar, outra vez nem pensar…”. Se tiver que ser será SERÁ? ….“a roda do tempo gira  e o mau deixa lugar ao bem…”. Será que um dia minhas perguntas serão respondidas??? Coragem!!!

28 de janeiro – Gisa Luiza – 20 anos

10959308_10203700598545176_5268303932415920241_n Dri perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos e poesias. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. A personagem Gisa Luiza do ‘Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza.

 

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SEGREDO: usar a gentileza como forma de pedir desculpas!

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Antes de falar da gentileza no casamento, deixo bem claro que sou “das antigas”.  O que é isto? Significa que acredito na instituição do casamento como um aprendizado, onde devemos ficar juntos até que a morte nos separe…

Apesar de fazer em novembro 20 anos de casada, minha vida matrimonial tem…sonhos, diálogo, afeto, religião, companheirismo, paixão, amor, sexo (hummmmm, mas ultimamente quando as crianças estão dormindo apenas…), diferenças, brigas,  discussão…sim, elas também fazem parte.

Tudo que disse é dentro do respeito, mas quando penso: “esta vez foi a pior discussão”…em seguida vem meu segredinho de gentileza!

Todos os dias à noite e de manhã quem for escovar os dentes primeiro, coloca pasta pro outro…

Aparentemente parece uma coisa simples, mas não é. Isto simboliza pra mim carinho, parceria e principalmente “te amo, apesar de estar bravo com você”!

Nestes 20 anos nunca deixei de praticar esta gentileza e meu marido também não (apesar de algumas vezes ter ficado tentada…). às vezes vou dormir até mais tarde para ver se ele coloca a pasta antes de ir dormir….e para minha agradável surpresa….nunca falhamos.No fim das contas é um jeito diferente e mais fácil de pedir DESCULPAS do que olhar nos olhos dele!

Que tal você tentar?

O que? Você notou aquele elastiquinho na minha escova? É pra lembrar meu filho pra colocar o elástico no aparelho todas as noites…kkkk. Mãe inventa cada uma!

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Roberta Corsi é coordenadora do Movimento Gentileza Sim que tem como objetivo “unir pessoas que acreditam na gentileza” e incansavelmente positiva. Acesse  https://www.facebook.com/movimentogentilezasim esse texto foi originalmente publicado no blog Ordens e Desordens no casamento https://www.ordensedesordens.com

 

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Pelos Correios

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Um dia ele tomou coragem e pensou em escrever uma carta.

Ninguém mais escreve cartas, mas ele era de um tempo em que as pessoas se comunicavam bastante por cartas, um tempo não muito distante, mas olhando da janela de hoje parece algo perto dos dinossauros.

Ele nunca foi bom com as letras, chegou a ser reprovado na escola por causa da redação, e como sofreu na época do vestibular por isso!

Mas mesmo com essa grande dificuldade definiu que uma carta seria a melhor tática. Aliás tática era uma das suas palavras mais usadas. Começaram meio como uma brincadeira as táticas do jogador… principalmente quando jogava Banco Imobiliário, ficou craque nesse jogo, era imbatível, porém só nisso era imbatível, de fato, sua tática no jogo era absoluta.

Mas, voltando à carta, a sua ideia era algo que chegasse pelos correios, queria que fosse algo inusitado, algo inesperado para os dias de hoje.

Tentou, tentou, escreveu, riscou, rabiscou de novo, tentou e nada. Nada novamente, ele era péssimo em expor seus sentimentos, era péssimo para escrever de forma lógica e expressiva.

Pensou em desistir, mas não era de desistir facilmente. Era ou não era? – se perguntava. A mãe a vida toda o tratou como um bebezinho, não acreditava naquele menino, o pai nem sim, nem não, até o dia que sumiu, o avô assumiu o neto, e com ele, somente com ele, acreditou que não era de desistir facilmente.

Mudou sua tática, em vez da carta foi para um bilhete, melhor digitar, não quero que veja minha letra, pode reconhecer e se isso acontecer o que irei fazer? Queria e não queria… era sempre assim em tudo na sua vida, tratou isso muitos anos na terapia, mas pelo visto não adiantou nada.

Bom, depois de rascunhar algumas frases chegou à versão final, que dizia:

“Vou te olhar discretamente, mas vai ser um olhar de lobo mau”.

Leu no horóscopo algo que a lua mudaria e estaria favorável no dia 9 de novembro, ele acreditava fielmente nisso e por esse motivo escolheu esse dia para que a tentativa de carta que virou um mero bilhetinho fosse entregue.

Pelos correios não seria possível, afinal não teria certeza se ela abriria naquele dia, e teria que abrir naquele dia, é o que dizia o horóscopo. Pensou em outra tática – nossa, aqui entre nós, que homem chato com essa coisa de tática aqui, tática acolá… – Bom, mas voltando à história, ele conversou com seu amigo Totó – não é um cachorro, é um amigo ser humano mesmo –, Totó era seu confidente, sabia o quanto aquela mulher mexia com seu amigo. Conseguiu que Totó fosse o entregador para entregar o bilhete assim que ela chegasse em sua casa.

Alfredo se posicionou do outro lado da rua em uma padaria, colocada estrategicamente em frente à porta da casa dela, nada é por acaso – pensava. Detalhe: a padaria foi construída 15 anos atrás, nada a ver esse pensamento dele, e eu aqui contando essa história pensando que ele não deveria ter largado a terapia… por favor… agora o endereço da padaria não é por acaso… daqui a pouco ele vai pensar que o pingado não é por acaso, socorro desse homem, coitada dessa moça.

Voltando, exatamente às 16h55 ela chegou na porta de sua casa, Totó, que estava escondido atrás da árvore na esquina, vestido de lobo mau, pensava: – “Que papel se prestam os verdadeiros amigos, por uma causa nobre de um grande amigo”.

Ele correu com aquela fantasia quente e pensada para entregar o bilhete para a Rafaela, a mocinha desta história, na verdade nem tão mocinha assim.

Rafaela é uma secretária executiva de uma multinacional, tem 35 anos, terminou há um ano um namoro de 10 anos, que ficaria nisso por mais 10 anos provavelmente, e vem investindo suas forças na carreira, sem acreditar muito em um novo romance.

Totó correu, tropeçou no rabo do lobo, quase caiu, mas foi amparado por Rafaela, ele disse:

– Obrigado, qual seu nome?

– O quê? Não estou entendendo – ela disse.

Com a máscara era impossível entender o que falava.

O que ela ouvia era um blo blo blo, caiu na risada e disse:

– Tire isso, kkkk, não estou entendendo nada. Você vai animar alguma festa infantil? Está perdido? (ela ria sem parar).

Alberto, do outro lado da rua, estava angustiado, não parava de se mexer.

– Tire isso – ela voltou a dizer. – Não posso ajudá-lo a achar a festa assim.

E Totó, sem alternativas, tirou a máscara e disse:

– Você é Rafaela?

– Sim, como sabe meu nome?

– Isso é pra você.

Ele entregou o bilhete, que veio dentro de uma pequena caixinha vermelha perfumada, acompanhada de um chaveiro de metal com a imagem do lobo mau.

Ela disse:

– Eu te conheço?

– Não.

– Você me conhece?

– Não, sim…

– Como assim?

– Quer dizer, conheço de tanto que escuto alguém falar de você.

– Quem?

Nisso Alfredo, que estava inquieto na padaria do outro lado da rua, não parava de se mexer, escondido atrás de um par de óculos escuros e boné, falando baixinho:

– O que estão conversando? Não era para ele conversar com ela… Era só pra entregar. Sai daí, Totó. (ele estava falando sozinho).

– Não, moço, ele não chama Totó, ele é o Pingo… – disse uma menininha que passava ao seu lado naquele momento e mostrava o cachorrinho logo na saída da padaria.

– Não é com ele que estou falando.

– Ah, o moço não quer ir no banheiro?

– Banheiro, menina? De onde tirou isso?

– Ué, você não para de se mexer, sempre que fico assim, minha mãe me diz para ir no banheiro antes que eu faça na calça.

– Obrigado, mas não é o caso, agora me deixe olhar a paisagem, menininha.

Do fundo da padaria uma voz berrava.

– Roberta……

Veio uma mulher correndo em direção à menina e, ao parar ao lado dos dois, já brava, disse:

– Eu não disse para você nunca falar com estranhos?

– Mãe, mas é que esse moço aqui está com vontade de fazer xixi.

– Eu já disse que não estou – falou Alfredo um pouco mais ríspido. Se conteve e olhou para a mãe, que nada mais era que Cris Crica.

Ele pensou: – Ela não, só falta me reconhecer.

Cris Crica era colega de classe de ambos da época da faculdade, a maior fofoqueira que a faculdade já teve, e é claro que ela o reconheceu, mesmo atrás daqueles óculos e do boné.

– ALLLLLLfredo, é você? Por que está de óculos escuros e boné dentro de uma padaria? Ficou careca? Tem problemas de visão? Ou ficou famoso e não quer ser reconhecido? Ahahahhaha.

Ela continuava a mesma inconveniente de sempre – ele pensou, mais angustiado do que nunca, querendo saber o que se passava do outro lado da rua onde a conversa não acabava, mas sem alternativa disse:

– Oi, Crica, quer dizer, Cris.

– Engraçadinho… ninguém mais me chama de Crica, só aquele “povinho” da faculdade…

Enquanto isso, do outro lado da rua, Totó transpirando em bicas com aquela fantasia, ela aguardando a resposta da pergunta que não veio.

– Quem fala tanto de mim?

Ele estava se sentindo sem saída e fingiu estar passando mal e disse:

– Não estou me sentindo bem, tenho que ir embora, essa fantasia é muito quente e eu não deveria ter tirado a máscara.

Ela deu um sorriso, aquilo era muito engraçado, um homem adulto vestido de lobo na sua frente, aliás um homem adulto e charmoso, mesmo fantasiado de lobo.

Sim, Rafaela estava achando Totó charmoso.

– Vou pegar um copo de água, espere.

– Não, preciso ir.

– Me diga, quem fala de mim?

– Não posso, prometi que não falava nada e já falei e mostrei tudo que não podia.

– Por favor…

– Bom, é alguém que estudou com você na faculdade, esse alguém trabalhou onde você trabalha há alguns anos…

– Já sei quem é.

– Que merda… falei demais.

– Não se preocupe, fingirei que não sei, mas não sei  porque ele nunca vem falar comigo, sempre foi assim de recados.

– Mas meu amigo é legal.

– Acho que talvez você seja legal, afinal se vestir de lobo, passar calor, quase cair, para ajudar um amigo… você me parece legal, além de engraçado.

Ambos se olharam de uma forma definitiva.

Totó já conhecia aquela mulher há tantos anos de tanto ouvir o amigo falar, sabia quase tudo, a cor que mais gostava, que tinha alergia a camarão, que tinha um gato preto, que gostava de música clássica, que morava com a avó, que sonhava conhecer a Itália, namorou um canalha 10 longos anos, que chorou muito quando terminou com esse cara e que hoje só queria saber de trabalho, sabia que era uma chocólatra e que nas horas vagas contava história em abrigos de crianças, ele sabia muito sobre ela e naquele instante, além de tudo, achou ela muito bonita, o cabelo liso, longo, os cílios compridos, os olhos, a boca…

Na padaria Alfredo angustiado e Cris Crica na sua frente querendo saber o que lhe tinha ocorrido nos últimos 15 anos…

Ela disse:

– A última vez que nos vimos foi na formatura, você casou?

– Não.

– Eu casei, separei, tenho minha filha, dou aulas hoje. Eu e meu ex somos amigos, é melhor assim. Minha sogra, ou melhor, ex-sogra, é uma chata, que mulher chata, todo dia estava na minha casa, o casamento acabou por causa dela, agora ela está feliz com o filhinho da mamãe de volta ao lar e blá-blá-blá.

Alfredo nada ouvia, estava se sentindo muito mal, percebia que acontecia algo fora do seu controle do outro lado da rua. Aquela chata da Cris Crica na sua frente falando sem parar.

Uma “vitrola quebrada” (expressão que seu avô usava), é isso que ela é – pensava ele sobre Crica.

E ela:

– Você não quer ir no banheiro?

– Banheiro? Que banheiro?

– Fica ali no final do corredor.

Ele berrando:

– EU NÃO QUERO IR NO BANHEIRO, JÁ DISSE…

A padaria toda olhou para ele.

Ela, coitada, ficou passada, começou a chorar, Cris Crica era mais sensível do que parecia.

Ele ficou sem graça.

– Me desculpe, eu não tinha a intenção de ser grosseiro.

– Mas foi – ela chorava sem parar.

– Me desculpe, mas não quero ir no banheiro e sua filha já tinha me perguntado isso.

– E como eu ia saber? É que você não para de se mexer, achei que estivesse apertado com vontade de ir no banheiro… quis ajudar – disse ela chorando alto.

– Me desculpa, mas quero ficar sozinho.

– Depois de me ofender, ainda quer se livrar de mim?

– Por favor, eu só quero ficar sozinho.

– Deveria me dar algo para pedir desculpas. Não sabe ser gentil?

– Como assim? Eu já pedi desculpas e só quero ficar sozinho – disse novamente falando alto.

Ela chorando e agora falando alto também, continuou:

– O que está esperando ou bisbilhotando? Você sempre foi assim… bisbilhoteiro.

– Você é muito chata, sua sogra deve ser uma santa, isso sim.

– O quê? Chato é você, chato e banana, aliás você sabia que era conhecido como banana-prata na faculdade?

– E o que isso quer dizer?

– Banana = mole, prata, que não é ouro, ou seja, nem sendo banana consegue ser o melhor. É prata, banana-prata.

Aquela conversa estava deixando Alfredo tão nervoso como ele nunca tinha ficado, era nervoso daquela Crica, daqueles absurdos que ela falava e de olhar o que acontecia do outro lado da rua, sem nada poder fazer…

Será mesmo que não pode fazer nada? Vai, Alfredo, é claro que pode, sai correndo dessa padaria, dessa mulher e corre em direção do seu amor, do seu antigo amor, antes que o bonde passe, o avô sempre falava isso quando era menino.

– “Alfredo, pegue o bonde.” Não existiam bondes quando ele era criança, mas o avô sempre se referia aos ônibus como bondes.

Alfredo deixou vários bondes na sua vida passar, por medo, por insegurança, por não acreditar que podia dar certo, por desculpas, por tantas coisas, que perdeu muitos e muitos bondes, e lá estava ele novamente em uma das suas últimas tentativas de não perder mais esse bonde, mas de novo se escondeu, no bilhete, no amigo, na fantasia do amigo, se escondeu…

Vai, Alfredo, corre, vai em direção ao seu amor, o bonde vai passar… Era sua consciência gritando, mas nada, banana-prata fazia sentido.

Enquanto isso, no outro lado da rua, Totó olhava Rafaela, naqueles segundos mágicos, e Rafaela se encantava com aquele moço charmoso, mesmo vestido de lobo, como é charmoso, pensava ela… e que sorriso lindo tem.

Depois de um ano sabático longe de qualquer homem, ali, naquele momento, seu coração começou a pulsar novamente, pulsava tão forte que teve a impressão de ouvi-lo.

Ela passou a mão no cabelo, ele olhou seus olhos, ela disse bem baixinho:

– Diga a seu amigo para nunca mandar recados, eu posso me apaixonar pelo carteiro.

Ele olhou aquela boca dizer aquilo bem devagar e baixinho e em ato instintivo lascou-lhe um beijo, não um beijo qualquer, mas um BEIJO.

Alfredo saiu correndo da padaria, Cris Crica foi atrás, a filha atrás, o caixa da padaria atrás e um carro que vinha na rua deu um violento breque, pois quase atropelou aquela turma que saía em disparada sem olhar o outro lado da rua.

Nem o barulho daquele breque violento fez Totó e Rafaela pararem de se beijar, já Alfredo caiu no chão e foi acudido por Cris Crica, que o levou zonzo para casa e socorreu-o em tamanho estado de choque, que nenhuma palavra dizia, ela fez um chá quente de camomila para acalmar, a filha foi brincar.

Ele só pensava o que deu errado, afinal o horóscopo dizia o contrário.

Alguns meses depois…

Totó e Rafaela resolveram se casar, depois de um breve e intenso namoro, pareciam um casal perfeito.

Alfredo foi convidado para ser padrinho, mas esquecer um grande amor platônico não é fácil, principalmente tendo sido o cupido do seu amor, fez todo sentido a tal banana-prata. Ele recusou o convite.

A amizade com Totó nunca mais foi a mesma. Constrangidos, se evitavam.

Cris Crica recebeu um convite para um jantar de Alfredo como agradecimento por ela tê-lo socorrido. O jantar foi uma delícia, ele foi gentil e ela foi educada. Falaram dos tempos da faculdade e de tudo que aconteceu naquele dia fatídico na padaria. Comeram camarão e de sobremesa banana split, deram muitas risadas.

Cris Crica nem era tão crica assim e era bonita, ele se perguntava por que nunca tinha percebido. Começou ali alguma coisa real.

Alfredo tomou algumas atitudes, disse um basta aos horóscopos, nem pensou em terapia, mas procurou um desses cursos que ensinam os homens a ser machos alfas.

Meio bobeira, hein, Alfredo, mas no seu caso concordo que foi bom.

Também resolveu aprender a cantar, achou que seria interessante soltar a voz e aprender a se expor em apresentações. Melhor que isso, resolveu fazer uma serenata para Cris Crica.

Bingo, Alfredo.

Desta vez ele não perdeu o bonde. Banana-prata agora só se for de sobremesa com sorvete.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos e poesias. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. 

 

 

 

 

 

 

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Mais amor, por favor!

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As pessoas estão caprichando na missão de serem chatas. E o mundo ta precisando URGENTE de mais amor!
Não sou de ficar escrevendo o que penso. Mas esses dias ando lendo cada coisa, que não resisti… Ta faltando amor no mundo mesmo.
As pessoas amam incondicionalmente seus familiares, as pessoas próximas, amigos, mas na hora que alguém expõe uma opinião contrária da sua, pronto, já xinga a pessoa, diz que ela não sabe o que está falando, aponta mil e um argumentos pra diminuir a razão da pessoa em pensar sobre aquilo, trata com grosseria o tema que não lhe agrada… É tão difícil assim respeitar as opiniões contrárias a sua?
As pessoas estão condicionadas a dizer a frase: “com tanta coisa mais importante acontecendo no mundo e dão atenção a isso”. Mas quem define o que é mais importante? Pergunta pra mãe do cantor morto se a discussão sobre a ideologia de gênero dentro das escolas é mais importante do que o que ela está passando, pergunta pra um jovem gay que foi espancado e humilhado se proibição do foie gras em SP é mais importante do que o desespero dele. Pergunta pra pessoa que está quase morrendo na fila de um hospital público se a redução da maioridade penal é mais importante do que o problema da saúde. Tudo que causa dor, nos seres humanos, nos animais, tudo que causa revolta, descontentamento, TUDO é importante! Pra alguns mais e pra alguns menos. Mas quem é você pra dizer o que é mais importante para o mundo inteiro e por que todos precisam concordar com a sua escala de importância?
A mídia cansa mesmo… Mas ela vende o que pra ela é mais lucrativo, infelizmente. Se você tivesse uma loja, iria vender só produtos que a maioria não compra? Se você passa em frente a uma loja que só vende produtos que você não usa, você não entra nela, certo? Mas também não vai xingar e humilhar todos que estão lá dentro comprando só porque eles usam o produto…. Com a mídia, assim como com os estilos musicais por exemplo, é a mesma coisa viu? Se você não curte é só mudar, não ver, não entrar “nessa loja”. Não precisa humilhar quem está lá dentro.
A morte de um cantor que muitos dizem que nem conheciam, está causando revolta nas pessoas porque a mídia só fala disso. Sério que só porque você não curte sertanejo tanto faz se um jovem de 29 anos morreu? Ele podia ser rockeiro, pagodeiro, MUDO, mas era um jovem que morreu num acidente terrível, e que tem pessoas sofrendo com isso. Você não precisa sofrer se não quiser, mas seria bom respeitar. Pra que tanta amargura? Só porque ele cantava sertanejo? Só porque a mídia quer falar sobre isso porque é isso que dá audiência? Só porque as pessoas que gostavam dele estão dando audiência à mídia? Na boa, ele não planejou morrer só pra virar Trending Topics, a notícia do momento. Não precisa menosprezar o fato de que ele perdeu a vida.
Por que não olhar pelo lado útil dessa repercussão toda? Além de falarem da morte dele, a mídia também está mostrando o que ajudou a causar a desgraça. O uso do cinto de segurança no banco traseiro também virou notícia numa dessa. Eu mesma raramente colocava o cinto no banco traseiro, embora várias vezes já me orientaram que era tão importante quanto o da frente. Mas ao ver que alguém da minha idade morreu por não usar o cinto (entre outras razões talvez) eu passei a usar.
Logo em seguida veio a “modinha” de colocar foto colorida. E junto vieram pedras de todos os lados de pessoas que se sentem superiores a ponto de julgar que se trata de um assunto menos importante. Alguns vieram postando imagens de crianças desnutridas com os dizeres “o dia que as pessoas se unirem por essa causa, eu to dentro”. Eu também estarei com certeza! (Mas não precisa esperar alguém te chamar pra você lutar por essa causa também tá?). Eu já acho que seria mais sensato um meme dizendo “o dia que o mundo se unir para QUALQUER causa que faça o bem a QUALQUER ser, eu estarei dentro”. Outras vieram postando foto de Jesus, listrada de cinza, dizendo “perdoe, eles não sabem o que estão fazendo”… Sim sabemos, estamos comemorando o fato de que em mais um lugar no mundo estão deixando pessoas se amarem em paz!
Aí vêm os “superiores” dizendo que isso de ficar postando apoio a essa causa só agora é ridículo, porque no Brasil desde 2013, os cartórios de todo país estão impedidos de recusar a celebração de casamentos civis homoafetivos, graças à Resolução n175 do CNJ e que na época ninguém fez homenagem alguma. Bom, eu não tinha conhecimento disso e muitas pessoas que também não tinham agora tem! Graças a essa “modinha”. Que bom, minha fotinha colorida vale pra comemorar retroativamente a vitória no Brasil também!
Um tempo atrás a “modinha” era virar balde de gelo na cabeça. Nossa, quantas pessoas eu vi vindo aqui no face esculachar quem fez isso, dizendo que a pessoa só queria aparecer, que era uma modinha ridícula, que muitas nem sabiam o real motivo daquela campanha… Ta, muitas nem sabiam mesmo, mas várias pessoas fazendo aquilo (sabendo ou não o motivo, querendo ou não somente aparecer) fez com que milhares de pessoas que, como eu desconheciam o ELA, passassem a entender o que é essa doença, que faltam investimentos para estudos que buscam a cura. Essa “modinha” fez muita gente se solidarizar com quem sofre dessa doença, seja por doação, oração, sei lá. Mas fez as pessoas conhecerem esse problema!
Tem muita gente se achando demais e respeitando de menos.
Mais amor, por favor! O mundo já está cheio de desgraças e desavenças.
Se você não concorda ou não quer apoiar algo, não precisa se doer tanto, você não é obrigado a isso. Mas deixa quem quer se manifestar em paz. As pessoas não são babacas, ignorantes, ou sei lá do que mais o que estão sendo xingados, só porque apoiam ideias contrárias as suas.
Bom, essa é a MINHA opinião, não precisa concordar se não quiser ok?

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Patrícia Mota – Pós graduada em Gestão de Marketing, Publicitária há 8 anos e também Designer de Interiores nas horas vagas, formada pela Arquitec. Observadora ao extremo, curiosa na medida e a quatro semanas de receber seu melhor título: “mãe da Sarah”.

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Em rota

10425465_10206927660015373_3670511374470991544_n foto post Renata M

Tenho um grande defeito:

Não sei ser de mentira com nada nem ninguém.

Por ser assim sempre vivi as consequências.
Comigo tudo é de verdade…

O que eu faço…
O que eu falo…
O que eu sinto…
O que eu planejo…
O que eu espero…
O que eu me dedico.

Pelo mesmo motivo recebo da vida um saldo verdadeiro na medida.

Ou me amam ou me odeiam.

Ou me desejam ou me repelem.

Ou me envolvem ou me ignoram.

Por isso, nessa fase de Balzac…preservo o meu asseio mental.

Vivo, sinto e faço as coisas como acredito…. E nisso estou.

Quando deixo de viver, sentir e fazer… É porque deixei de acreditar….e me vou.

10958210_10205888085426658_4684666609892689174_n - Renata Lavras Maruca

Renata Lavras Maruca – Mulher, mãe, publicitária e cronistas nas horas de desespero. Especialista em marketing de conteúdo digital. Observadora do universo humano e suas correlações” intermundos”(reais e virtuais). Viciada em doces, gordinha por opção e encantada pela sedução inteligente. Prefere sempre vestir em palavras escritas tudo aquilo que reflete ou carece de análise. Resumindo: Complicada e perfeitinha

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Cadê o de repente?

shutterstock_290312402 (1) MAR

De repente tudo errou.

De repente tudo passou.

Cadê aquelas flores que nunca viveram?

E aquele lugar lindo e chique que a menina sentava, as aparências enganam

Cadê a rede, o tenente, a cachorra?

De repente não tem mais passeio, nem mini-saia, nem mini-blusa.

Cadê o choro bobo? Descobriu o ovo de páscoa?

Cadê os sonhos que nos transformam em marinheiros e mergulhadores.

De repente o bonde passou, a boneca foi embora, a cachorra morreu.

E as estrelas do céu vermelho ainda estão lá!

As bailarinas dançaram e a união também

Novamente o ovo de páscoa, quer um pedaço?

Acabou…

Vai chover na linda piscina azul.

Cadê os cachos loiros, seu guaraná e aquela pessoa emburrada do teu lado?

Os cachos loiros e o guaraná foram embora, mas o emburramento ainda não acabou, ficou.

Cadê a foto da revista? E a vergonha já acabou?

Iguais em tempos diferentes, quem sabe um dia iguais no mesmo tempo.

Sumiram as águas e o falso violão.

Sumiram aquelas águas mas está o meu violão.

O balão estourou, o bolo acabou e a menina criança virou a menina mulher.

A música, sempre a música.

O homem tocava pra tentar ser feliz, elas tocavam, as outras tocavam sem saber que se encontravam.

Cadê os amigos, os primos, aquele abraço?

Cadê a fantasia e seu brilho?

De repente o carnaval passou, os carnavais passaram.

De repente a imitação não deu certo, assopre do teu jeito!

Cadê esse piano que eu não conheço e esse cara que leva o mistério com ele?

Cadê o mar?

Ta onde sempre esteve, só não está aqui e agora.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos e poesias. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. 

 

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Conselhos do Diego – 05 frutas afrodísiacas (FUNDAMENTAIS) para esquentar qualquer relação

shutterstock_288431711 (1) mulher e banana

A romã, fruta já bastante conhecida por suas propriedades medicinais, é rica em antioxidantes que estimulam o aumento da circulação sanguínea nos órgãos genitais do homem, facilitando a ereção.

O abacate é um nome dado pelos astecas, que significa literalmente “testículos”, devido à forma que o fruto fica pendurado na árvore, remetendo a forma de um testículo. O abacate é uma fruta nutritiva rica em proteínas, vitamina A, potássio e acidos graxos não-essencias, que ajudam o corpo a produzir testerona e estimulam um forte impulso sexual.

O leite de coco é uma bebida nutritiva, que pode melhorar a digestão e aumentar o apetite sexual. A água de coco também estimula o metabolismo e aumenta o fluxo sanguíneo, agindo assim, como um afrodisíaco natural. O coco é rico em minerais e vitamina C.

A banana é um pseudofruto ou um falso-fruto, vez que é gerada através de hormônios, sem fecundação. Além de possuir um formato fálico naturalmente sugestivo, a banana em si é rica em potássio e vitaminas do complexo B, nutrientes essenciais para a produção de hormônios sexuais.

Quando a melancia é consumida, a citrulina presente na fruta (em maior concentração na casca do que na polpa), é convertida em arginina por enzimas. Tais enzimas podem não ser tão direcionadas ao órgão sexual masculino como faz o Viagra e o Cialis, contudo, é uma ótima maneira de relaxar os vasos sanguíneos sem correr nenhum risco de sofrer algum efeito colateral.

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Diego Serdan – é do signo Capricornio, curioso por natureza e estudioso sobre os alimentos que fazem bem para a saúde. Trabalha na Modo Comunicação e Marketing, modo.com.br.

 

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Oh cabelo, cabelo meu

careca Alessandralenço Alessandradia_do_texto Alessandra foto

Olá, meu nome é Alessandra, tenho 29 anos. Aos 26, descobri que estava com câncer de mama. Apesar do que a maioria acha (inclusive eu achava), que você ser diagnosticado com câncer é o fim dos mundos, só tristeza e sofrimento, não foi bem assim. Pra mim as coisas foram acontecendo bem naturalmente, sem maiores traumas. Inclusive a temida perda dos cabelos. Eu até que estava bem empolgada em usar meus lenços novos que havia ganhado. Mas após 7 meses de tratamento, quando vi que finalmente meus cabelos estavam crescendo, e dessa vez seria pra ficar, a minha emoção foi inevitável. Eu sabia que agora eles iam crescer por igual, e não precisaria mais raspar. E bateu aquela emoção: será que vai nascer igual antes? Será que vai ser crespo, liso, branco? E desde que tive que raspar o cabelo um texto veio na minha cabeça. E nesse dia de felicidade, resolvi usá-lo pra prestar a homenagem.

“Oh Cabelo, Cabelo meu

Tão belo, tão poderoso, tão eu
Rebelde às vezes, às vezes dócil
Crespo, liso, ondulado, pixaim
Jeitoso assim, de qualquer jeito
Solto, preso, molhado, cheiroso, brilhante e macio
Cabelo meu
Tão belo, tão poderoso, retrato fiel de quem sou eu
Comprido como deve ser
Curto se ficar melhor
Da cor que nasceu
Da cor que eu quis
Cabelo, de fio a fio, em cada olhar eu vejo um elogio
Oh cabelo, cabelo meu
Se você não fosse meu, eu não seria tão… eu”

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Alessandra Cristina Barreira – nasceu em 27/01/86 em Campinas/SP, é formada pela UFSCar em ciência da computação e trabalha hoje como consultora em uma consultoria de informática.

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ESPERANDO…

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esperando Godô
espero no sofá
espero sentada
espero de chinelos
espero ouvindo o Gil
espero ao lado do telefone
de pijama
escrevendo
espero sonhando
espero com preguiça.

esperando Godô
olho o relógio sem ponteiros
e vejo as horas no digital.

esperando Godô,
meu coração bate mais rápido
bate mais forte
reparo nos enfeites da sala
nos desenhos dos quadros
nos óculos na mesa
e na minha vontade
de telefonar
só pra parar de esperar Godô

10959308_10203700598545176_5268303932415920241_n Dri perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos e poesias. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. 

 

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Fragmentos de um diário – 5

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“… não da pra entender tantas coisas as vezes.

Tantas coisas no ar

Eu, você, você, você…e você.

Vontades tão diferentes, relativas, incoerentes.

Como você e eu também…”

04 de março – Gisa Luiza – 20 anos

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. A personagem Gisa Luiza do ‘Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza.