Vivia enjoada, na estrada, na curva, no carro, no balanço, na rede…
Sempre foi assim, mas, mas, mas…
As vezes repetia as frases porque o enjoo batia no seu cérebro
e as palavras rodavam na sua boca
Aprendeu o equilíbrio fora do eixo.
Um equilíbrio desequilibrado,
fora da linha reta.
mas, mas, mas, vivia enjoada.
Torta, bamba,
com um nó na garganta
no labirinto
com medo de encontrar o Minotauro
ou talvez
medo maior
de descobrir
que o Minotauro era ela
Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza. Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa.
Todas as vezes que visito praia, entro no mar para me despedir e agradecer com muita emoção a dádiva de ter estado ali e vivido aqueles momentos, se eu passar um mês na praia eu faço esse ritual todos os dias ao ir embora, tenho medo de acontecer alguma coisa e eu ter deixado de agradecer e mais importante: de me despedir. Quando eu morrer quero ser cremada e que joguem minhas cinzas no mar.
Eu me sinto em um paraíso quando tenho contato com o mar, qualquer tipo de incômodo que eu tenha eu trato de resolver rapidamente, a coceira que me dá o contato com a areia eu resolvo levando água da torneira em uma garrafa PET, quando vou a uma praia que tem chuveiro ou torneira eu adoro, me lavo e já estou pronta para passar mais algumas horas de felicidade olhando o mar, brincando na água com minhas filhas, tomando uma cerveja, deitada na areia, olhando o horizonte, cochilando ouvindo o barulho do mar, tirando fotos, catando conchinhas com a Luisa, sentindo aquela brisa gostosa, apreciando o nascer ou o pôr do sol, fazer uma caminhada em alguma trilha, inventando mil praias para visitar com meu marido, visitar as pedras, conversar com as pessoas ao redor, aquelas conversas de férias, leves e divertidas, comer em um restaurante em frente ao mar, puro deleite, o estado supremo do prazer terreno para mim é estar no mar, vivenciá-lo em riqueza de detalhes.
Quando ficar mais velha quero morar perto do mar ou ao menos passar alguns meses perto dele. Tenho um pensamento recorrente: será que eu amo o mar assim apenas porque não vou frequentemente? Será que se eu morasse em uma cidade de praia eu iria com frequência a praia? Será que perderia esse meu amor e entusiasmo pelo mar? Talvez algum dia eu tenha respostas para minhas perguntas, no momento, eu como uma romântica que gosta de dizer que não é romântica, fico no conforto e no encanto de suspirar pela próxima vez que vou pisar na areia e me encontrar com meu amado mar.
Eliane Ibrahim – Bela Urbana, administradora, professora de Inglês, mãe de duas, esposa, feminista, ama cozinhar, ler, viajar e conversar longamente e profundamente sobre a vida com os amigos do peito, apaixonada pela “Disciplina Positiva” na educação das crianças, praticante e entusiasta da Comunicação não-violenta (CNV) e do perdão.
Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.
Hoje vou falar sobre algo que sempre me perguntam, se existe o certo e o errado. E a resposta é sim. Sim, existe.
Mas a grande questão é nem sempre o seu certo é o meu, e o seu errado é o mesmo que do seu vizinho. E nisso está o dilema da questão da convivência. Estupidez versus sensatez.
Como saber se certezas não existem?
A resposta é simples, tão simples que parece coisa de brincadeira do tempo da mais pura infância e é justamente onde a sabedoria existe na sua forma mais plena.
Certo é tudo que não machuca. Errado é tudo que machuca.
Se souber e seguir isso, estará escolhendo com consciência o que quer escolher… seja o certo ou o errado.
Não entendeu o que é machucar e nem quem?
Certo, vou detalhar Consulente, mas essa sua falta de entendimento me cansa…. machucar é todos, você ou qualquer outro.
Escolha o seu caminho, eu torço que escolha o certo.
Até a próxima.
Madame Zoraide – Bela Urbana, nascida no início da década de 80, vinda de Vênus. Começou atendendo pelo telefone, atingiu o sucesso absoluto, mas foi reprimidapor forças maiores, tempos depois começou a fazer mapas astrais e estudar signos e numerologias, sempre soube tudo do presente, do passado, do futuro e dos cantos de qualquer lugar. É irônica,é sabida e é loira. Seu slogan é:” Madame Zoraide sabe tudo”. Atende pela sua página no facebook @madamezoraide. Se é um personagem? Só a criadora sabe
Até onde eu sei, a defesa por posição, a estratégia política banaliza a vida. A guerra abre feridas que décadas depois irão sentir suas dores; A guerra corrói amores, sabores, visões, tudo muda de padrão, até o céu intocável perde seu calor; A guerra traz horror, morte, sangue, algo que as mentes desta década não podem imaginar;
Não se pode imaginar a dor que a dor criou por a banalidade; Não se pode imaginar que depois de tanta evolução tecnológica, déspotas se coloquem a iniciar o sofrimento, a mortandade, a dor e a desigualdade; Não se pode conceder que hoje ainda tenhamos o ímpeto de escolher a espada ao invés da caneta e que simplesmente ignoramos os mais fracos.
Entendo, de forma controvérsia, guerras que permanecem até hoje, que se seguem através de décadas por questões religiosas ou por interesses financeiros, mas uma potência “evoluída”, arriscar, jogar sem sequer pestanejar, por interesses financeiros. Estamos falando de vidas, estamos falando de corações, sentimentos e tudo que se pode destruir, covardemente. Covardia acreditar que tem algum valor essa ação, covardia acreditar que qualquer coisa poderia justificar tal ação, covardia destruir tudo em uma nação.
Aqui do nosso conforto, fechados em nosso mundinho, imaginando, e se fosse conosco? Pensando, o que faríamos se alguns destes déspotas resolvessem tomar tudo que é nosso por simplesmente nada . A algum argumento que justifique? Como poderíamos concordar com isso?
Este texto não é para ser uma poesia, mas em versos digo o que penso; Me dá nojo, me dá azia, olhar para a maldade e pensar em concordar; Me dá tristeza ver a covardia se manifestar e alguns concordarem com tal ação; Me dá dor no coração, me destrói o coração pensar que um único homem pode, ainda hoje, destruir uma nação.
André Araújo – Belo Urbano. Homem em construção. Romântico por natureza e apaixonado por Belas Urbanas. Formado em Sistemas, mas que tem a poesia no coração e com um sorriso de menino. Sempre irá encher os olhos de água ao ver uma Bela Mulher sorrindo
A educação pragmática, em nossa atualidade, escolhe e define modelos estruturantes e hegemônicos de como devem ser os vencedores. Logo, aquele que não vencer se torna um perdedor. Ao vencedor são dados os estímulos, incentivos e premiações possíveis. A todo momento, meninos são educados para a conquista, para alcançar a vitória e o sucesso. Na trajetória de vida, os meninos são cobrados por uma performance cada vez mais massacrante. Massacrasse os sentimentos e a possibilidade de falhar. É imposto a impossibilidade de sentimentos ou emoções que possam formar lá na frente, uma personalidade para o carrinho, para o cuidado ou para o altruísmo. A educação infantil de meninos passa a ser um laboratório de homens que irão governar e liderar a sociedade com base nos resultados positivos. Mesmo que isso lhes custe dor, frustração ou traumas, as recompensas sociais, financeiras e sexuais irão cobrir este deserto. Meninos não são educados para expressar com liberdade seus sentimentos. A ideia de autonomia ou liberdade rompe as correntes do patriarcado. Mas esse mesmo menino, não saberia mais se libertar das correntes, pois como está muito acostumado a usar esta corrente, nem vislumbra a leveza da liberdade. Pelo contrário, a liberdade é estranha e tudo que é estranho causa medo. O medo se combate com agressividade. O medo é a base de toda e qualquer violência. Meninos são educados para esconder a possibilidade de sentir medo. Medo ao medo. Como resposta direta ao medo, para escondê-lo, se usa da agressividade. Um comportamento tipicamente masculinizado. A verdadeira educação para os meninos deveria ser feita dentro de um processo de libertação dos rótulos e padrões que associam força, virilidade e poder ao masculino. Na verdade, a educação de meninos deveria ser centrada na formação de um indivíduo pertencente a uma comunidade de múltiplas escolhas, de diferentes matizes e de uma diversidade cultural. É isto que representa a nossa humanidade. Esse valor humano está na nossa capacidade de aceitar as diferenças como uma evolução. O projeto patriarcal é solidificado na mesmidade. Tudo tem que ser o mesmo. Igual. Não há o campo da alteridade. O projeto patriarcal é totalitário porque afirma como referência de valor o absoluto, o eterno e o universal. A educação de meninos precisa compreender as várias formas da existência humana na atualidade. Em muitas escolas ainda temos um modelo medieval de educação. Um mestre e seus discípulos. Cada um hoje, pode compartilhar seus conhecimentos. Nesta era tecnológica, onde basta dizer, ei quantos presidentes governaram o Brasil, e já temos uma resposta, é necessário criar novos acessos para romper o isolamento social. Estes sim, são os espaços onde os lobos são formados. Lobos que não se juntam para a defesa. Mas para o ataque. Para responder com força e crueldade qualquer possibilidade de mudança. Agindo com violência mesmo isolados, mas tendo apoio e aplausos de outros lobos.
Uma educação voltada para os meninos e equidade de gênero, deveria ser desenvolvida por uma razão, não pelos instintos. Mas esta razão seria o cuidado com as emoções porque a espécie humana é obrigada a extrair de si mesma pouco a pouco, com suas próprias forças, todas as qualidades naturais que pertencem à humanidade. E eu acredito, que se é possível ensinar a ler e escrever, é possível também ensinar o respeito, o amor e a qualidade humana mais importante: a EMPATIA. Uma geração educa a outra.
Sergio Barbosa – Belo Urbano. Professor de Filosofia. Co fundador da Campanha Laco Branco. Gestor de projetos voltados para homens autores de violência contra a mulher. Pai de três pessoas maravilhosas. Adora plantas e verde.
Esse foi um desses anos SUPER, muita coisa aconteceu, de tudo um pouco e mais um pouco. Faculdade, namoro, namoros, trampos, gente nova de todos os lados, cursos, peças, shows, praias e mais, teatro, desfiles, paixões, festas, provas, briga, choro, riso, amigos, esse ano eu posso dizer que “SUPER VIVI”. O mundo da mil voltas e acaba no mesmo ponto? Não sei se é bem assim, mas que essa vida é muito engraçada isso é. Tô super feliz, em dúvidas, mas feliz!
Amo poder estar viva e poder ser eu e ter tudo que tenho, e ser o que sou. Não vou esperar nada do ano novo, vou fazer, tudo que poder fazer da melhor maneira possível não sei aonde vou parar, aliás não quero nunca parar, tenho certeza que vou fazer tudo pra continuar a ser feliz e SUPER VIVENDO TUDO!
Obrigada!
Giza Luiza – 20 anos – 31 de dezembro
Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza. Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa .
A personagem Giza Luiza do “Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza
Há momentos em que, num compasso mais lento do meu caminhar, me pego olhando para os lados e a procura.
Eu procuro amor.
Amor nos olhos das pessoas.
Amor nos gestos, nos toques.
Amor nos abraços.
Amor nos sorrisos.
Me surpreendo ao querer ouvir o Amor nas palavras das pessoas.
Na delicadeza das palavras docemente escolhidas e pronunciadas.
O amor que nos faz e nos leva além. Nos dá segurança e suporte.
Nos permite criar raízes ao passo que nos mantém livres, nos transporta.
Há quem não acredite. Quem duvide.
Quanto a mim, sou movida por Amor.
Quero ser Amor por onde eu for.
E transbordar.
Amor.
Angela Oliveira – Bela Urbana, campinense de criação, Psicóloga, mãe de Angelina e Lavínia, uma curiosa em constante aprendizado, evolução, que arrisca algumas linhas para falar da vida, para falar de amor. Amante de leitura, música, boas conversas e café.
Todas janelas se fecharam, desesperada procura na amplidão, em aclives e declives da cidade adormecida.
Pássaros mecânicos arrastam-se em idas e vindas enquanto o negro asfalto crepita sob passos angustiantes entre timbres e ressonâncias de algazarras distantes.
Mariposa entre os pássaros, voo ricocheteando nas vidraças, nenhuma flor onde pousar, encontro.
As luzes atraem, mas estão longe como as estrelas.
Só o alvoroço move o mundo.
Cristina Bonetti – Bela urbana, piracaiense, amante da literatura e de música clássica desde a infância. Filha e neta de escultores. Fã de Manoel Bandeira, Fernando Pessoa, Paulo Coelho e Pablo Neruda. Poetisa, artista plástica e publicitária.Co-autoria de Paulo Monteiro.
“Me conta agora como hei de partir…” e seguir em frente, a começar uma nova etapa, a realizar, sozinha, um sonho que era nosso.
Como não ter mais você para me dizer “calma, a gente resolve”?
Como gargalhar?
Como falar sobre os livros que líamos?
Como planejar as férias na praia sem você?
Como ver filmes em silêncio?
Como repartir a dor que hoje eu sinto?
Os medos que reluto em enfrentar?
As verdades que não me atrevo a dizer ?
Os sonhos que não tenho com quem compartilhar?
Como?
Você se foi sem me ensinar…..
Ruth Leekning – Bela Urbana, enfermeira alegremente aposentada, apaixonada por sons e sensações que dão paz e que ama cozinhar. Acredita que amor e física quântica combinados são a resposta para a vida plena.
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