Posted on

Quando a vida vale a pena?

A vida vale a pena quando é vivida com paixão; do contrário, não é vivida, é passada. Só entendo o valor de algo quando percebo a dor de perder esse algo. Isso me dá propósito! A intensidade de me apaixonar, viver a paixão, perder a paixão e sofrer faz com que me sinta em movimento! Sim, a dor me dá o valor exato da paixão. Eu gosto de pensar que não existe erro no amor, nem “relacionamentos que não dão certo”, e sim partilhas cíclicas. Sinto uma atração; a atração vira uma paixão; eu me entrego a ela; e a vivo intensamente, com todos seus sacrifícios e todos seus prazeres! Com o tempo, a paixão abranda e é preciso reinventá-la, revigorá-la, adicionar acessórios, fantasiá-la… Mesmo assim, pode ser que ela esfrie completamente e aquilo que antes me fazia vivo, agora me mata, aos poucos. “―Amar não dá certo, sempre acaba em dor! Não quero jamais isso outra vez.” NÃO! QUERO SIM! Mais uma, mais duas, mais três, mais quantas paixões me forem possíveis! Amar dá super-certo! Às vezes acaba e é só. Cada vez que acaba, dói; cada vez que dói, eu cresço e acrescento mais um pedaço de vida bem aproveitado na minha história; enriqueço de verdade meu currículo de “ser-humano” porque aprendo novas formas de ver o mundo, experimento novas emoções, descubro coisas sobre mim que não fazia ideia ter, nem ser, testo meus limites e aprimoro minhas habilidades. Viver uma vida bem vivida é isso! É conhecer muitas pessoas diferentes, é enxergar muitas verdades diferentes, é sentir muitas emoções diferentes, é experimentar muitas coisas diferentes, é passar por diversas dificuldades diferentes, é cair várias vezes, é levantar tantas outras… E o mais legal é que tudo isso pode ser vivido com várias pessoas ou com uma única pessoa, a vida toda! Só não dá para viver tudo isso sozinho, fechado e “seguro” em meu mundo, sem alguém para compartilhar, me provocar, me estimular, me testar, me segurar, me empurrar, me abandonar e me adotar… Apaixone-se! Ame! Perca! Sofra! Reinvente-se! Apaixone-se novamente! E mais uma vez! E outra! E outra… VIVA A VIDA!


Cássio C. Nogueira – Belo Urbano, psicanalista, coaching, marqueteiro, curioso, maluco com CRM, apaixonado pela vida e na potência máxima, sempre!
Posted on 1 Comment

Conselhos da Madame Zoraide – Dores

Caros consulentes, que saudades de vocês. Depois de um certo período ausente volto com minha coluna. Hoje o assunto são as dores.

As pessoas confundem muito as dores, acham que dor é tudo igual. PESSSOAS prestem mais atenção, dores sentidas são dores, mas cada dor tem um tamanho e faz doer um lugar.

Na vida ninguém passa sem saber o que é isso. Dor faz parte da vida. Só perceba qual é o tamanho dela para dar a real importância.

Há dores de amores e há dores de barriga. Peide em ambos os casos, alivia sempre.

Até a próxima 😉


Madame Zoraide – Bela Urbana, nascida no início da década de 80, vinda de Vênus. Começou  atendendo pelo telefone, atingiu o sucesso absoluto, mas foi reprimida por forças maiores, tempos depois começou a fazer mapas astrais e estudar signos e numerologias, sempre soube tudo do presente, do passado, do futuro e dos cantos de qualquer lugar. É irônica, é sabida e é loira. Seu slogan é ” Madame Zoraide sabe tudo”. Tem um canal no Youtube: Madame Zoraide dicas e conselhos https://www.youtube.com/channel/UCxrDqIToNwKB_eHRMrJLN-Q.  Também atende pela sua página no facebook @madamezoraide. Se é um personagem? Só a criadora sabe  


Posted on 1 Comment

Filosofia das Coisas

As coisas são coisas. As vezes são muitas coisas. As vezes as coisas faltam. As coisas não falam. Ou falam talvez, não sei. Sem voz as coisas ficam ali, no canto. Perturbam, atrapalham, mas as vezes, nem tanto. Tem coisas grandes, mas a maior parte das coisas é pequena. Tem coisa que é coisinha e sendo “inha” é chatinha, as vezes até bonitinha, mas de “inhas” em “inhas” as coisinhas fazem a vida ficar muito pequenininha. As coisas grandes assustam, parecem bolas gigantes tentando te derrubar, como naquele jogo, boliche. Você ali de pé, com a coisa gigante vindo na sua direção para te derrubar, imóvel, apavorado. A coisa vindo, vindo, até… que passa do seu lado e você fica ali, imóvel, aliviado. Ufa, a coisa foi embora. As coisas são assim, coisas do dia a dia, como a pia que pinga, como a porta que fecha, como a fechadura que quebra, como o tapete que encarde, como o cachorro que faz cocô, como você que também faz cocô, como eu. Coisas que vão descarga abaixo para uma festa das coisas, nos submundos e subsolos das coisas, onde as coisas se encontram, se divertem, enquanto nós rezamos para que amanhã as coisas não venham tantas de uma só vez. Nesse caso, talvez a falta e a menor diversidade seja uma saída saudável para nós, seres humanos. Seremos nós coisas também? Talvez a filosofia das coisas.


Adriana Chebabi  – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre as consultorias de comunicação e marketing e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa . 
Foto: @gilguzzo @ofotografico
 
Posted on

Faltou…

Faltou sinceridade…

Faltou vontade …

Faltou disponibilidade…

Faltou verdade.

Será que ninguém te contou, menina, que palavras ditas sem pensar podem machucar?

Que um não te quero mais pode doer bem menos do que um eu te amo por impulso?

Ah, menina, menina. Para que me induzir a te esperar se já sabia que nunca seria minha?

Para que me fazer e me ver chorar, se não entendia esse sentimento?

Pegou minha mão, menina, num momento difícil e de medo. Soltou ela com rapidez quando o momento se fez pouco mais leve.

Preferiu fugir da conversa com este que um dia jurou ser o amor da sua vida.

Transformou em sonho e em lembrança, o que dizia ser tão real, menina. Fugiu, fugiu e segue fugindo, menina… de mim, de você e de quem ouse se aproximar…

Se por um lado, faltou sinceridade…

Faltou vontade …

Faltou disponibilidade…

Faltou verdade.

Por aqui menina, faltou coragem. Faltou entender a mensagem. Faltou parar com a bobagem. Faltou ir à luta e seguir viagem.

Mas a pergunta que fica é: quem nunca se enganou e culpou o outro por criar uma personagem?


Marina Prado – Bela Urbana, jornalista por formação, inquieta por natureza. 30 e poucos anos de risada e drama, como boa gemiana. Sobre ela só uma certeza: ou frio ou quente. Nunca morno!
Posted on

Viver

VIVER

Gosto muito de viver!

Gosto de gente!
Gosto de crianças e de cuidar delas.
Gosto de plantas, das coloridas (de apreciar, não sei cuidar).

Gosto da arte: da dança, da música.
Talento para a arte? Só gosto de ver o dos outros.

Gosto do colorido do mundo.
Do mar e de amar. 
Amo muito VIVER.

Gosto de criar e inventar. Escrever o que sinto….

Gosto do barulho das crianças, 
Gosto de abraçar e beijar as pessoas.

Gosto de uma boa risada. Rir de mim e dos meus erros…
Rir de mim mesma principalmente, é uma delícia!

Gosto de dormir mas agradeço o acordar diário. 

Gosto de reunir amigos e rir de bobagens. 
Gosto da casa cheia e também do eu comigo mesma. 

Gosto de viajar. Para perto e para longe.

Gosto de tudo que é amargo menos dos amargos da vida.

Gosto de café. Do cheiro e do sabor. Sem ele fico doente, carente.

Gosto de sonhar sonhos loucos e comemorar quando dão certo….
Guardo comigo os não realizados pois sei que qualquer hora eles viram realidade. 

Gosto do simples e do chique. Gosto do bonito e do singelo. 

Gosto de falar. As vezes falo sozinha…

Gosto de filosofia e psicologia mas não sei matemática. 

Gosto de gostar de tudo que é viver. Vivo minha felicidade diária.

Amo o meu passado que só me trouxe alegrias do hoje. 

Do futuro? Também já gosto porque vou morar nele. Surpresas virão e eu vou gostar! 

Gosto do gosto de viver. Dá gosto. 

O que eu não gosto?
Não importa porque se eu não gosto…Não entra no poema.

O que importa mesmo é gostar e amar o VIVER.

Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche:  Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria“.

Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche:  Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria“.

Posted on

Carta de um estudante

Meu nome é Igor, sou um estudante de filosofia do 3ºano na Puc Campinas. Atualmente refazendo matérias. Escrevo aqui primeiramente em meu nome, e em segundo escrevo pelo que vejo em meu País. Uma coisa estranha de dizer para mim , é o fato de que hoje meu País está em guerra. Não uma guerra armada, uma guerra de sangue ou mesmo uma guerra de violência, mas sim uma guerra de ideias. Uma guerra de ideais. Escrevo isso em uma tarde de 2019 para falar sobre o que vejo e o penso de como nós brasileiros estamos. É um texto pessoal, de opinião, e se você não gosta de opiniões contrárias as suas, sugiro que leia o que tenho a dizer mesmo assim. Vamos lá.
Nesse momento muitos brasileiros estudantes e professores estão com raiva. Muita raiva. Alguns apenas indignados, outros decepcionados, mas todos com raiva. Raiva de tudo o que estamos fazendo por nós mesmos. Existem aqueles que em ordem de “salvar o país” estão o destruindo e o matando cada vez mais. Cortes financeiros estão sendo feitos em ordem de melhorar a santa economia, a maior de todas as bem feitorias nessa nação. Ou é o que eles dizem. Mas eu me pergunto, como que salvar a nação significa o mesmo que matar o nosso futuro? Crianças sem estudo, um País sem professores, sem escolas e com cada vez menos universidades e oportunidades para as pessoas.
Um fato inegável é que os pobres são sempre pobres e os ricos são sempre ricos. Não porque os pobres queiram ser pobres, mas sim porque os ricos não querem deixar de ser menos ricos. Houve um tempo em que foi dito que a universidade era para todos e eu acreditei fielmente nisso. Ainda acredito, mesmo que com o tempo tenha começado a ver como o cinismo é forte nessa frase dependendo de quem o fala. Eu sou Igor, um cara de 23 anos, bolsista em uma universidade que não é nem um pouco pública, estudando ali apenas porque tive uma oportunidade pelo Prouni e pelo Enem. Meus pais não tinham essa mesma oportunidade na época deles. E mesmo sendo bolsista o que escolho fazer? Filosofia. Um curso que dificilmente me trará um retorno financeiro tão bom quanto uma engenharia ou uma medicina poderia dar. Não escolhi esse curso pois precisava de grana, o escolhi pois é o que amo fazer. Não é isso que uma democracia deveria significar, ter liberdade para fazer o que quero, seguir os meus sonhos? E ainda assim, desde que entrei na universidade, só pude perceber cada vez mais o abismo que existe na sociedade.
Como disse antes, não sou um pagante na universidade não pública que estudo, mas um bolsista. Não vou mentir e dizer que sou mais um pobre fodido que não tem o que comer e nem onde viver. Mas também NÃO SOU alguém cujo pai pode pagar para eu estudar em uma universidade boa como a que estou agora, ou mesmo mudar de cidade, ou tentar algo no exterior. Simplesmente não dá! Se eu vivo minimamente uma vida digna hoje é devido a meus pais que se foderam muito enquanto cresciam porque se esforçaram e lutaram por uma vida melhor do que a que eles tinham na infância. Crescer com vários irmãos, sem dinheiro para nada, tendo que dividir o pouco quase nada que tinham. É desesperador pensar em como eles viveram. Sou um privilegiado nesse sentido. Graças a eles, que tenho o que tenho hoje. E ainda assim, existem milhares de pessoas hoje que dizem que os professores são inimigos, que o ensino é algo doutrinador e que as universidades são apenas “ambientes de drogas e putaria”. VÃO SE FODER essas pessoas, é o que tenho a dizer.
Eu já vi gente na universidade (nessa minha bela universidade não pública) sofrendo pois tinham que pagar as contas no fim do mês e não sabiam se conseguiriam. Já vi gente tendo que vender doces e salgados de sala em sala para conseguir uma graninha extra para sobreviver, pura e simplesmente. Uma das melhores pessoas que conheço, um homem de trinta e poucos anos, com dois filhos, e um salário não muito alto, conseguiu através de uma bolsa uma vaga na faculdade e estudou comigo por cerca de um ano. Ele estava lá pois era o sonho de uma vida estar formado. E eu vi após esse um ano, ele se ver obrigado a sair pois não conseguia conviver com uma rotina de trabalho, estudos e cuidar dos filhos, tudo ao mesmo tempo. Estava o tempo todo arrasado e cansado pois não conseguia lidar. Ele é um, mas existem vários outros na mesma situação. Como um homem que veio do estado de Minas Gerais para a cidade de Campinas em busca de um futuro melhor que não fosse trabalhar em uma fábrica para o resto da vida. O mesmo homem que veio praticamente sem dinheiro para cá e sem lugar pra morar. E dezenas de outras pessoas que lutaram para estarem aqui, se desgastam, desenvolvem depressão, ansiedade, medos e terrores pois não sabem como será o dia de amanhã!
Eu mesmo (falando particularmente) já tive ataques de pânico, ansiedade, insônia, apenas porque não sabia se conseguiria lidar com o dia de amanhã. E eu sou um privilegiado comparado com os outros que citei, pois embora leve duas horas de ônibus até o curso que amo, eu ainda moro na mesma cidade onde estudo, tenho uma cama e comida boa todos os dias, e não preciso me preocupar com o que meus filhos terão o que comer amanhã, como muitos ainda fazem todos os dias.
E existem aqueles que querem acabar com as oportunidades que eu tive. 
Quero que meus filhos um dia tenham condições de serem melhores do que eu e que também façam aquilo que amam em suas vidas. Pois tudo o que sou e tenho agradeço a meus pais, tanto pelo esforço gigantesco que fizeram até hoje, quanto pelas oportunidades que conseguiram.
Quero um estudo possível, para todos.


Igor Mota – Belo Urbano, um garoto nascido em 1995, aluno de Filosofia na Puc Campinas. Jovem de corpo, mas velho na alma, gasta grande parte de seu tempo mais lendo do que qualquer outra coisa. Do signo de Gêmeos e ascendente em Aquário, uma péssima combinação (se é que isso importa).

Posted on

Conheço a peça…

A peça tinha 57, mas aparentava 67

A peça estava maltratada, malcuidada

A peça tentava ficar loira, era vulgar

A peça tinha voz estridente e vocabulário chulo

A peça dizia que nem como puta velha servia mais

A peça estava só

mas só, tinha o cachorro

de latido estridente, chato, bem chato, como…

a peça.

Adriana Chebabi  – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre as consultorias de comunicação e marketing e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa . 
Foto: @gilguzzo @ofotografico
 






Posted on

Liberdade

“A liberdade termina onde começa a liberdade do outro.”

Há controvérsias sobre essa falácia popular. Eu, particularmente e sem querer que minha opinião seja a certa, penso que o ditado diz tudo.

A começar por nosso dia a dia. Há liberdade sem limites em nossa convivência em sociedade? Não. Para isso existem as leis e regras.

Há liberdade sem limites em nossas ações e falas? Supostamente sim, porém há consequências e punições caso atinjam o outro. Então nossa liberdade acaba onde começa a (vida) do outro.

Liberdade temos para decidir nossos caminhos. O livre arbítrio. Depende…. Se não envolver ninguém, sim.

Mesmo assim a liberdade de escolha perpassa por outras liberdades. Quando escolhemos cuidar de nós mesmos, é porque queremos viver mais. E não sozinhos. Nos cuidamos (segundo a psicologia) também para o outro.

Vejo muita gente que acha que pode ser totalmente livre e para mim, essa tal liberdade sem limites não existe.

Eu resolvi casar, escolhi uma companhia para minha vida e nunca fui totalmente livre. Primeiro porque tenho o meu companheiro para  decisões e depois porque escolhi ter filhos. Que mãe é livre após “padecer” no Paraíso?

Livres somos para fazer o bem ao outro. Livres somos para escolher entre o bem e o mal. Ah sim….essa liberdade temos integralmente!

As coisas mudam se colocarmos em primeiro lugar o amor ao próximo. Esse amor nos dará a plenitude, a felicidade.  A liberdade sem limites que tanto queremos ficará substituída por esse amor.

Portanto, amor e liberdade andam juntos.

Quando usamos a jargão  “somos livres” não podemos esquecer que essa liberdade tem limite. O limite é o  nosso amor ao próximo. Isso envolve respeito, escuta, silêncio, carinho e atitudes.


Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche:  Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria“
Posted on

Meus papéis

Faz tempo que não escrevo. Muitas ideias rápidas na cabeça fazem isso, paraliso, não sei por onde começar, não começo e não escrevo.

Agora porém, revirando documentos para enviar para a contadora, para a declaração do IR, sim, eu sei, típico do brasileiro, aqui brasileira, que deixa para a última hora. Deixei e deixei a culpa de lado, porque mais essa culpa eu não preciso.

Além de revirar tive que organizar, confesso que tenho uma ligação de amor e ódio com papéis, sempre foi assim, mas em toda minha vida adulta essa característica foi ficando mais forte.

Tenho tantos papéis. Papéis com minhas escritas, diários, agendas, pensamentos em folhas avulsas, cartões e cartas recebidas, textos, textos e mais textos. Alguns são muito interessantes, outros medíocres. Alguns já publiquei, mas muitos outros continuam guardados, não tão a sete chaves, estão nas gavetas, nas pastas, nos armários de casa. Se quiser me entender, tem que ler um montão, mas está na mão, ou perto dela.

Tenho mais diversos outros papéis necessários guardados, contas pagas, documentos dos mais variados tipos, meu e da minha família, dos animais que já fui e sou responsável. Contratos, distratos. Alguns papéis dizem que somos obrigados a guardar até 40 anos depois do fechamento de uma empresa. Piada? Não é. As traças fazem a festa.

Festa para as traças e coragem para eu terminar isso aqui e achar o que falta para a declaração. Aproveito e jogo fora alguns, me sinto feliz com esse ato, mas lá vou eu pensando e a tal reciclagem que não vejo ser tão bem feita. Menos Adriana, esse é assunto para outro texto. Outro. Foco.

PS.: Se um dia já me escreveu algo… por aqui deve estar. 😉


Adriana Chebabi  – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre as consultorias de comunicação e marketing e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa . 
Foto: @gilguzzo @ofotografico
 



Posted on

A vida e o tempo

Tu não me tens

Para mais nada?

Pensas apenas

Na sua conquista desvairada

Desvairada, no desespero

Você se perde em mim

Te mostrei tantas vezes

Que não precisa ser assim…

Tu me tens ao seu lado

A todo momento

E quando menos esperar

Sinto o seu tormento

Pois estou mais uma vez

Com toda minha calma

Corres, te apressas

Para encontrar a sua alma

Te dou as horas

Os instantes mais preciosos

Minha bela! Acalenta seu coração

Com palavras cálidas

E ouça o seu destino

Com mais atenção

Contemple a natureza,

a lua, o sol, que aguardam

com toda sua beleza

Abraçe as ávores, sinta o vento

Fale com as flores

Escute uma música

Para diluir suas dores

Aprecie o mar

As ondas vem as ondas vão

E te dou a certeza

Que sua jornada

Não será em vão

E terá algum momento

Que você irá despertar

E perceber que tudo faz sentido

No maior contento

E nessas idas e vindas…

Quem sou?

Sou o tempo!

Te estendo a mão

com todo meu amor,

minha amada vida,

sou o seu senhor


Macarena Lobos –  Bela Urbana, formada em comunicação social, fotógrafa há mais de 20 anos, já clicou muitas personalidades, trabalhos publicitários e muitas coberturas jornalísticas. Trabalha com marketing digital e gerencia o coworking Redes. De natureza apaixonada e vibrante, se arrisca e segue em frete. Uma grande paixão é sua filha.