A LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010 em seu Art. 2o , define a Alienação Parental como sendo a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.
História de um Casamento, foi produzido pela Netflix, vem recebendo elogios rasgados, tanto pelo roteiro e direção quanto pela belíssima atuação de Scarlett Johansson (Nicole) e Adam Driver (Charlie).
Sob o ponto de vista da Alienação Parental, destaco a mudança de Nicole de Nova York para Los Angeles com o filho, com a menção que seria apenas por um período. O pai continua a trabalhar em Nova York e quando percebe, a criança já está familiarizada com sua escola nova provisória em outro estado e as visitas do pai se tornam apenas obrigação para o menino, que tem na família materna tudo que aparentemente precisa para ser feliz.
Apesar da mãe (Nicole), aparentemente não alienar o filho contra o pai, inconscientemente algumas permissividades e vínculos exagerados, acabam afastando a criança emocionalmente do pai, apesar do seu esforço sobre humano para manter o vínculo.
A situação se agrava durante o processo de divórcio manobrado por advogados ainda mais competitivos que o próprio casal.
Do ponto de vista da Alienação Parental, mesmo com alguns deslizes, Nicole se esforça para estimular o contato entre pai e filho, criticando os exageros de sua advogada na divisão da guarda da criança.
Apesar de suas melhores intenções no que toca ao bem estar do filho pequeno, Nicole e Charlie mais de uma vez vão usar o menino para frustrar e ferir um ao outro.
A cena onde a criança fica dividida no meio do casal sem saber com quem ir, é de “cortar o coração”.
No geral, a Alienação Parental no filme se mostra bem mais branda que a maioria da realidade dos divórcios e separações em todo o mundo, onde os maiores prejudicados são os próprios filhos.
A SAP (Síndrome da Alienação Parental) deixa traumas que se perpetuam para o resto das vidas se não houver consciência, responsabilidade e flexibilidade.