Nas noites frias e estreladas aquela alma penada urra e passa atrelada, é o coronel, dono da cidade, homem pagão, cruel e ladrão, não está vivo e nem morto.
Quando vem a ventania, ele é carregado pela agonia, pois, nem a terra quer o seu corpo.
Atrás do morro, no grande rochedo, o morto-vivo passeia, pende o corpo e cambaleia enquanto outras almas zombam em pavorosa gritaria.
É um corpo seco.
Atormentado por seus crimes, entrou mato a dento, encostou-se num velho angico e ali morreu ereto. Seu corpo secou e acabou coberto de barba-de-pau.
E é dali que sai para as suas caminhadas infernais e para onde retorna ao silêncio de sua sepultura a campo aberto.