A pétala que cai da flor não se despede
apenas se desprende,
não salta, somente se solta
como o sorriso manso de quem parte
sabendo que não haverá volta.
E assim tão solta, e sem culpa,
a pétala, livre, rodopia,
E cai leve, enquanto gira
Sobre o remanso de um rio.
Cai
e a queda rumo à agua é macia,
enquanto cai, se delicia
e abraça o vento
e perfuma o dia,
enlaça o ar.
Primeiro, o desprendimento
E depois o deslizar….
A pétala precisa cair
para poder flutuar.
Alda Nilma de Miranda – Bela Urbana, publicitária, autora da coleção infantil “Tem planta que virou bicho!” e mais 03 livros saindo do forno. Gosta de tudo que envolve tinta e papel: ler, desenhar e escrever, mas o que gosta mesmo é de inventar motivos para reunir gente querida. Afinal, tem coisa melhor que usar o tempo para estar com os amigos?