O tema acima sugere que “TEMOS que envelhecer amando”…e temos mesmo! Temos que envelhecer amando tudo e todos! Após a 6ª década, há uma gratidão infinita e plena pela vida e a certeza que já passou da metade (faz tempo…). Com isso, cada marca física deve ser amada, cada cansaço depois de um dia produtivo deve ser amado, cada sintoma que aparece deve ser amado, cada situação deve ser amada, cada encontro deve ser amado…isso é aceitação e gratidão pela vida, pela história!
Aqui, além do “simplesmente amar tudo e todos”, quero falar no romance, na paixão por uma outra pessoa. Nossos filhos pensam que após os 50, 60, não nos é permitido mais estar apaixonados por outra pessoa…e, estão enganados. Diria que depois de algumas décadas juntos, a paixão vira amor, respeito, companheirismo, cumplicidade, conhecimento mútuo pelo olhar, aceitação que o tempo passou para a outra pessoa também, cuidado, maturidade…
Porém, o envelhecer juntos também precisa ser prazeroso, leve, agradável. Já passamos da metade de nossas vidas, e sabemos que teremos um “pacotinho” de cuidados recíprocos daqui pra frente, com as limitações que a própria idade estabelece.
Temos que ter a sabedoria nesse momento para entender que a paixão “já se apagou”, mas o carinho não, o abraço não, as gentilezas não. Isso exige um certo esforço para a continuidade, mas que faz bem pra alma.
Como é gratificante aqueles casais que envelhecem “amando” um ao outro, nos gestos, nas palavras, no olhar.