O grupo estava lá, eu te amo pra cá, eu te amo pra lá e te amo pra galera geral. Amo vocês diziam todos no face, no insta, na live…
Parou. Ninguém ama assim. Chega dessa demagogia de tanto eu te amo raso.
Algumas palavras precisam e devem ser preservadas. Elas não podem cair na banalidade, na marginalidade. Não podem cair na vala comum.
O coleguinha falou eu te amo e você sem graça devolveu, eu também. NÃO faça isso. Amor é outra coisa.
Se quiser saber se ama alguém, pense por quem você daria a sua vida? Por quem você emprestaria a barriga para gerar um filho? Por quem você doaria um rim? Por quem você rasparia o cabelo para ficar igual? Por quem você adiaria um projeto por escolha própria? Por quem você deixaria o último pedaço do seu prato preferido? Por quem seus olhos brilhariam em qualquer pequena conquista? Por quem seu coração pularia de alegria ao ver?
Por quem?
Amamos várias coisas, amamos várias pessoas durante nossa vida. Amamos muitas para sempre, mas definitivamente não amamos todo mundo. Podemos gostar e gostar muito. Podemos sentir um enorme bem querer por várias pessoas que fizeram e fazem parte da nossa vida. Desejar coisas boas, ou mesmo querer fazer mais coisas juntos, mas amor, amor mesmo é outra coisa e não pode jamais ser vulgarizado.
Quem te ama fala inclusive o que você tem medo de ver e ouvir. Quem te ama te coloca para frente e para pensar.
Esse “eu te amo” de todo mundo para todo mundo não me convence. Não entro nessa. Faço questão de preservar meu eu te amo para quem de fato eu ame.
Me desculpem, mas eu não amo todos vocês.