Envelhecer pode ser avassalador para muitos de nós. Medos, angústias, incertezas…
Ao me aproximar dos 50 anos comecei a questionar inúmeros aspectos em minha vida, desde profissão, o que eu gostava de comer, de fazer quando estava só, das músicas que gostava de ouvir, dos livros que gostava de ler, onde gostava de passear…
Quem eu era realmente.
Diante de tantas perguntas, só encontrava respostas por tudo que eu havia feito durante esses 50 anos aos outros. Eu sabia sobre ser mãe, esposa, educadora, dona de casa… Sabia muito bem o que os filhos, o marido, os outros gostavam de comer, fazer, ouvir…
Mas, quem sou eu?
Percebi que eu não sabia nada sobre mim, eu não sabia o que responder. Só o que me tornei, mas não quem eu era de verdade.
Comecei a me reconectar comigo mesma e refletir sobre o que queria para os meus próximos 10, 20, 30 anos…
Só envelhecer?
E o que significava isso para mim?
Continuar fazendo e sendo o que já vinha fazendo há 50 anos.
Decidi então, me ressignificar:
Iniciei uma nova fase: deixei de comer carne, mudei minha alimentação e comecei a pensar mais em mim, comecei a ouvir outras músicas, a meditar, a estudar sobre espiritualidade, sobre terapias alternativas e terapias holísticas…
Enfim, fui buscar o que gosto aos 50 anos!
Fiz mais de 20 cursos em Terapias Alternativas e Holísticas e a cada dia aprendia o que me dava prazer, de fazer, de ser e de vir a ser, para assim envelhecer sem tantos medos, incertezas, imposições alheias e restrições…
Agora, faltando 6 meses para a aposentadoria, investi em uma nova profissão e me tornei Mestre em Reiki, Consteladora familiar e Terapeuta em florais e comecei a fazer atendimentos clínicos.
A cada dia na Clínica me deparo com novos desafios, novas aprendizagens, novos saberes, novas pessoas e novas sensações, que me direcionam há uma nova história e uma nova jornada. As quais não me dão todas as respostas e certezas, mas a compreensão necessária para entender quem sou, o que gosto e para onde quero ir, com os meus próprios pés e o meu coração.
Acreditando que posso e tenho coragem para fazer diferente, mudar e recomeçar. Não mais aceitando o que a idade ou as outras pessoas julgam ser melhor para mim.