Lendo vários posts do Dia dos Pais fiquei pensando…
Quantas recordações de quando eu era professora na educação infantil… isso no mínimo há 12 anos atrás.
Eram rodas de conversas, brincadeiras de faz de conta, onde as crianças relatavam o que faziam com seus pais! Sempre um momento muito especial e delicado e eu, claro, amava cada história ali compartilhada e respeitava aquele universo.
Entre as diversas histórias, tem uma muito especial e que nos instiga a pensar sobre a paternidade.
Eu tinha uma aluna de 03 anos, muito falante que contava tudo que fazia com seu pai, brincadeiras de casinha e boneca, passeios de bike, contação de histórias, etc.
Me lembro de uma manhã quando ela chegou na escola toda enfeitada de laços de fitas rosas e me falou: – Olha como estou linda Deni, hoje foi o meu o meu pai que me arrumou e eu arrumei ele, coloquei a gravata e o tic-tac no cabelo dele, ele está lindo também, não é Deni?
Nesse momento, levantei os olhos para ver o pai e me deparei com a cena relatada. O pai todo seguro com o tic-tac na cabeça e agindo com naturalidade, falou: – Oi Deni, tudo bem?
Claro, que embora a cena fosse muito divertida, naquele momento entrei na brincadeira, respondi ao pai e em seguida, olhei para a filha e falei: – Realmente, seu pai está muito bonito.
Eu e o pai nos olhamos, demos uma risada com os olhos e tudo seguiu normalmente.
Esse PAI era incrível! Participava, cuidava e brincava. Assumia suas obrigações e necessidades dentro de um sistema familiar, com funções estabelecidas e acordadas com sua esposa.
Hoje, observo o comportamento de muitos pais em relação aos filhos e percebo cada vez que assumem a paternidade responsável e eu, como professora de crianças (que fui) fico muito entusiasmada e esperançosa na construção de uma sociedade melhor. Afinal, com a paternidade responsiva toda a sociedade ganha, mas principalmente a criança, uma vez que impacta positivamente no seu desenvolvimento, deixando-a segura e feliz para explorar o mundo.
Deixo aqui o meu desejo, para que todos os pais vivam a experiência da paternidade de forma plena, não economize no afeto… abrace, beije, esteja presente, dê broncas, converse, demonstre o quanto você ama e quanto é parceiro de seu filho(a)!