Ao nascer,
Mordeu o cordão umbilical.
Ao invés de chorar,
Bateu no doutor.
Foi crescendo inconsequente
A mãe morria de vergonha,
Ainda criança ele bebia,
Fumava e usava entorpecente.
Seu pai se matava em serão,
Não havia arroz que desse
Para larica infinita
do moleque doidão.
Na adolescência
Destruía corações.
Humilhava os poucos amigos,
Maltratava as suas paixões.
Na fase adulta
não parava com mulher
Ninguém suportava o
Mau humor do biruta.
O tempo foi passando
E ele foi amargurando
A estricnina, o próprio fel.
Inseguro, raivoso e infiel.
Nem um pouco se arrependia
Achava justa a perfídia que fazia
E apoiava esse jeito destemperado
Pra ele o mundo tinha que ser abestalhado
Porém ao morrer,
Não teve nenhum homem
Que levasse seu caixão.
E os vermes do cemitério
Se encarregaram da função.
E a seis palmos e não sete, foi enterrado.
Fazendo menção ao Beu Zebu,
Por tudo que fizera quando encarnado.
Achando certo pregar em.vida o mundo cão.
Por mérito, eternamente ficara enterrado.