As vezes a cabeça fica tão cheia, mas tão cheia de tantos e diversos pensamentos… pensamentos que buscam saídas, pensamentos que começam frenéticos, mas cansados, vou entrando em um lugar que não tem lugar.
Sim, como se estivem no limbo… ficam lá quietos, não, na verdade não estão quietos, estão meio como mortos-vivos, porque já estão tão cansados que é melhor deixá-los assim, mortos-vivos.
Pensamentos tão cansados podem ser agressivos, depressivos e podem gerar ações assim, por isso, se estiver se sentindo dessa forma, deixe eles quietos, no limbo mesmo, até uma hora que você possa resgatá-los.
Eu muitas vezes me sinto um caos e é difícil explicar esse caos. Um caos que controlo, um caos que convivo, um caos que nunca desisto de arrumar, é isso, eu sou uma eterna arrumadora desse caos….. será que saberei viver sem ele?
Sim, é claro, porque a medida que arrumo e organizo, me livro desse, mas já invento outros… então, talvez ele sempre irá existir na minha existência… mas temos que conviver de forma amigável, sem que ele me engula, pacificamente.
Escrever com a cabeça tão cheia de vazio é um movimento de resistência, porque o vazio só nasceu de tão cansados que os pensamentos estavam e então, foram nesse momento para o limbo e lá estão como mortos-vivos. Escrever pode ser o remédio para que não virem zumbis sem volta.
The Walking Dead, acho que é isso que a Madame Zoraide indicaria nesse momento. É o que eu assisto nesses tempos, e devoro e adoro.
Foto: Gil Guzzo