Colocou a mesa…e tinha extrato de framboesa, estrelas
e um bocado de pão.
Nos cabelos, uma flor intensa. Os ombros quase nus e a delicadeza.
Mordeu os lábios, deitou os seios no aroma doce. Colocou os pratos.
Descalça e ligeiramente amanteigada. Desalinhos fáceis.
Cílios de amoras, horas descongeladas. Vinho tinto nos dedos.
Deixou os medos, cada um deles, em travessas lidas. Táteis.
Como comer dos sonhos escassos, silenciou as mentiras.
Escorrendo mel e quase vaselina entre os temperos…acodiu a vida.
Ficou ouvindo a sua música preferida e dançou nos lençóis e
e nas toalhas. No chão.
Linda e sorte, dos arranhões e dos cortes, bebeu as uvas.
Colocou a dor de lado, pequena esperteza. Na mesa…
Se amou tanto, que virou -se amante. Amada chuva.