O carnaval em Portugal começou como um período para aproveitar tudo, antes do início da Quaresma, momento de jejum e sacrifícios. Antigamente, a Igreja exercia enorme poder sobre as pessoas e, no período da Quaresma, era proibido música, dança, etc. Logo, foi a própria Igreja Católica que serviu de estímulo para a criação do carnaval em Portugal.
Na época do renascimento, iniciou-se a fase das máscaras e bailes.
Hoje em dia, as festividades carnavalescas são conhecidas por “entrudo”, ou seja, entrada. Preparação para a entrada da Quaresma.
Nunca houve plumas ou mulheres sem roupa no carnaval antigo. Muito pelo contrário, nas aldeias, as pessoas trocavam as roupas. Por exemplo, homens com roupas de mulher e vice-versa.
As ruas ficavam enfeitadas com luzes como no período do Natal.
Em algumas localidades, não passava de brincadeiras e gozações. Em outras freguesias, chegavam a ter carros enfeitados e muita alegria.
Em algumas cidades, há o desfile dos cabeçudos e gigantones. Em Estarreja, temos escolas de samba. Também há freguesias que optam pelo carnaval luso-brasileiro, com participação de brasileiros e desfiles inspirados nos sambódromos. Em Torres Vedras, a farra fica por conta das Matrafonas, homens vestidos de mulher e carros alegóricos. Em vários lugares há sátira à política. Varia muito de um lugar para o outro.
No entanto, não se parece muito com o carnaval brasileiro.
Nas escolas, apenas as crianças mais novas podem usar fantasias. Aos estudantes maiores cabe a tarefa de observar e recordar. Muitas pessoas aproveitam a época para viajar e descansar. Há uma comida típica muito forte apreciada pelos portugueses no dia do carnaval (terça-feira). Trata-se de um cozido com muitas carnes, legumes e verduras.
Apesar de ser diferente, acho que vale a pena conhecer e conferir a diversidade que existe em cada canto do país! Há um calendário próprio com a programação de cada região.
Espero por vocês em carnavais futuros.