” O tempo urge”, e assim falava o saudoso Professor Conde, durante as provas de matemática, colocando “pilha” em nós alunos na época do ginásio. Sim, na década de 80 quando cursei o ensino fundamental II, a nomenclatura do curso era ginásio.
E como o tempo urge, os nomes foram mudando como os costumes. Rock para os adolescentes de hoje é música de velho, é o que já escutei do meu filho, mas como música é algo atemporal, minha filha gosta de ouvir rock. E eu aprendo com eles músicas novas em outros diversos estilos. Boas e ruins como existiram em todas as décadas e em todas gerações. Música para a moçada consumir.
Moçada!?
Moçada também já não se fala mais. A palavra ficou na geração dos anos 80/90, assim como a palavra paquera. Pois é, paquera também não se fala mais….. aliás tenho a dúvida se só a palavra que não se fala mais ou se o ato de paquerar deixou de existir. Afinal, os namoros dos adolescentes de hoje são diferentes do que eram na minha geração. Se existe melhor ou pior, não sei dizer…. tudo está dentro de um tempo, do hoje. Acredito que o melhor, o que é bom e que nunca mudará, independente do ano, é se sentir bem, confortável e feliz dentro de um relacionamento.
Se algumas palavras morreram, nasceram outras, e ainda, algumas outras somente foram renomeadas para dar um ar de novidade, assim como alguns comportamentos, mas quem já viveu algumas décadas, sabe a diferença do que é uma nova embalagem para um produto já existente. Marketing meu amigo.
Aliás, como marketing é meu trabalho, posso dizer que muitas ferramentas foram inventadas desde minha formatura até hoje. O mundo digital não existia e hoje é tão presente que precisamos ficar muito mais atentos para saber o que é real de verdade. Fake news voa e nos assola sem piedade. “É preciso estar atento e forte” como já diz a música Divino Maravilhoso para não sermos engolidos vivos ou passarmos vergonha compartilhando falsidades.
É professor, o tempo urge mesmo, e cada vez me parece mais rápido. Sinto pressa. Sinto saudades. Sinto alegrias. Sinto medos. Sinto compaixão. Sinto amor.
Nessa jornada da vida, sou uma andarilha com o coração aberto. Nesses dois meses da série Envelhecer aqui no Belas Urbanas, aprendi muitas coisas com os textos escritos, dois meses intensos, onde tantas coisas aconteceram na minha vida e no mundo. O adeus à Rainha Elizabeth, um ícone de uma época, uma mulher a frente do seu tempo, que partiu aos 96 anos, mostrando de forma viva e atuante com seu exemplo que o etarismo é só mais um preconceito que precisa ser combatido.
Mas como o tempo urge e sempre continuará urgindo, a principal coisa que quero deixar aqui como mensagem, é que: A VIDA É HOJE!
– Adriana: presente!