De repente parei pra pensar e me deparei com algo inusitado… A força e o poder do medo!
Foram algumas notícias incertas, alguns dias de algo mais concreto, e pronto! O caos se instaurou, o pânico tomou conta e a tragédia aconteceu.
Fico me perguntando o porquê de alguns seres humanos terem tanto medo de adoecer e morrer, mas não se importam com o sofrimento e morte alheios.
Ao mesmo tempo, tantos outros são dedicados, disponíveis, capazes de uma doação íntegra, com atos ininterruptos de dedicação. E aí fica a questão… O que determina esse comportamento? O que é realmente transformador e faz com que atitudes estúpidas de uns sejam inversamente proporcionais à grandeza da empatia e entrega de outros?
Neste caso agora, o tal “invisível a olho nu”, que tanto estrago tem causado, imagino que mudou comportamentos porque vem apavorando a sensação de finitude gerada.
A vulnerabilidade escondida atrás dos muros da soberba, da ambição, do poder, de repente vem à tona e transforma todos igualmente em seres frágeis.
A capacidade de afetar um mundo gerou um sentimento igualitário… o pânico! E através desse medo incontrolável, a busca por sobrevivência se tornou o denominador comum.
Mas as evidências ainda mostram as diferenças. O sistema deixa de amparar uma classe, isso é injusto! E mortes continuam a acontecer… Os motivos são diversos, tão graves quanto esse. E o que efetivamente está sendo feito?
Também passada a pandemia, algo irá mudar?
Os olhares serão mais generosos? A mão poderá ser estendida para tirar alguém do chão? O abraço será um gesto que salva vidas? Poderemos nos aproximar e nos sentirmos seguros, amparados?
Será utopia?
Mais que isso, é o desejo genuíno de que ocorram mudanças. Mudanças de almas…
Passou da hora de ressignificarmos os olhares, os apertos de mãos, os abraços, os beijos, os valores, as prioridades… enfim, a vida!