Sempre ouvi durante minha vida, que ser pai era uma experiência transformadora, única e que a vida nunca mais seria a mesma. Todas essas palavras ao invés de me incentivar, acabaram me assustando.
Não queria toda essa responsabilidade nos meus ombros. Seria uma vida dependendo totalmente de mim. Queria viajar, sair, me divertir e não abrir mão da minha liberdade. E fiz isso. Viajei muito, aproveitei bastante os eventos, shows, festas e me diverti como nunca.
Então a pandemia chegou e nos deixou presos. Tivemos prioridades mudadas, insegurança sendo geradas e incertezas sobre o que aconteceria. Um momento que tirei para reflexões e uma delas foi sobre a paternidade. Apesar de toda a vontade de não perder minha liberdade, eu tinha curiosidade de saber como seria ter um filho nos meus braços. Eu amava estar com meus sobrinhos, brincar com eles, cuidar deles, por que seria diferente com um filho? Resolvi encarar o desafio.
Me preparei psicologicamente durante a gestação, busquei informações, curti a gravidez ao máximo e no dia do nascimento, dentro daquela sala de parto, algo mágico aconteceu. Um serzinho, com pouco mais de 45 centímetros, virou meu mundo de cabeça para baixo. Eu chorava junto com ele. Foi algo surreal. Senti uma conexão imediata com meu filho. Cortei umbigo, levei para pesar, fiquei com a marca do pé dele no meu braço, observei os exames e o trouxe para mamar pela primeira vez.
Hoje com 3 meses, participo de praticamente tudo no seu dia a dia. Vibro com cada som emitido quando converso com ele. Quase choro com cada sorriso e me apaixono cada vez mais quando ele me olha. Não imagino minha vida sem meu filho e não quero nada diferente para mim.
Bem, acho que hoje posso dizer que amo ser pai! Papai te ama, Benjamin.