Era leve
e para ser leve não precisava ser breve.
Era quente, pegava fogo, ardente
e para ser fogo não precisava ser doente.
Era cheio de preliminares
começando pelo bom dia!
E tinha cheiro de rosa atrevida…
aquele cheiro de dedos entrelaçados e das bocas lambidas.
Era flor
esculpida nos detalhes minúsculos das verdades diárias.
Flor de livres gestos, admiração e cuidado,
aquele cuidado noturno de desejar bons sonhos
e poder recordar da leveza das palavras.
Não era tudo ou nada…
Não era sal e nem dor.
E tinha aquele gosto de saudade boa…
porque era amor.