Oferenda em forma de pensamentos e sussurros, altas magnitudes aderindo meu silêncio transformado em tentáculos que falam de saudades incrustadas.
Prata mais próxima da rua, prata que invade a casa, que abraça, enquanto entre o cinza dos concretos da cidade sigo minha sina à deriva.
As cidades são tudo isso, um amontoamento de pontos nos quais somos jogados como estrangeiros em nossas próprias vidas.
Nossa prataria é lata vulgar, por mais que tentemos mudar nos inserimos nesse preto e branco da cidade.
Cristina Bonetti – Bela urbana, piracaiense, amante da literatura e de música clássica desde a infância. Filha e neta de escultores. Fã de Manoel Bandeira, Fernando Pessoa, Paulo Coelho e Pablo Neruda. Poetisa, artista plástica e publicitária. Co-autor: Paulo Monteiro