Ela olhou para ele e sorriu… Um sorriso muito mais de súplica do que de felicidade. Era como se ele lhe sugasse o ar e toda a sua vida dependesse daquele instante, daquele sorriso.
Ele mais uma vez não correspondeu. A indiferença não atendeu à súplica dela e lhe causou infelicidade. Era como se para ele estar ali fosse um sacrifício.
Ela pensou em cada palavra que falou, ele não ouviu nenhuma delas.
Ela se irritou, gesticulou, chorou. Ele seguiu indiferente.
Até que num ímpeto desesperado, ela foi beijá-lo e ele lhe deu a face.
Magoada, ela levantou do banco e virou de costas. Ele, seguro de si, lhe deu literalmente as costas e embarcou no primeiro ônibus que partiu.
E eu fiquei ali no meu lugar, vendo essa cena toda e com vontade de me aproximar e dizer àquela moça: hei, relaxa, sei que agora dói, mas tudo passa. E de abordar aquele rapaz e “praguejar”: hei, não relaxa, sei que agora você se sente por cima, mas tudo passa.