Por mais incrível que pareça, eu não sou muito moderna. Por menos notável que pareço, eu sou adepta de certos universos.
E como não me aborreço com tatuagens, fui seguindo num aprender, sobre o que uma máquina pode nos fazer. E claro que foi por ensaio e erro. Quando resolvi enfrentar uma máquina fria, diante de meu olhar afim de não teclar ali, a minha poesia sustentada pelas minhas emoções, sensações e quiçá sentimentos, que a nobreza de uma sociedade regada aos píncaros por necessitar conversar, dialogar e até monologar os seus devaneios sensualizando a arritmia dos fonemas, metendo a linguagem na máquina para mim, posta’mente fria!!
Fui desafiada a grafitar um Romance, os mais afoitos ao carisma prazeroso, defensores das Salas de Bate papo, abusadamente de tecla em tecla deixando sair do anonimato, suas regras quentes de tato a tato, ops!!! De toque em toque… Um fato, nada exato!! Factual’ idade!!
E, quando eu ouvia histórias sobre encontros virtuais, e encontros por causa deste teclar frio entre os dedos a o prazer de estar em cio relutava, mas, no fundo queria sim, ver-me num tempo de modernidade onde a crença era bater nas teclas e se virtualizar. E, o meu causo com a máquina fria delegou-me postar com um desconhecido, arranjado por amigos, um Escritor poeta que tinha pela máquina uma fissura carnal, de deleite teclado e nada fóbico, apenas quente sob as emoções e sensações eloquentes para o momento, a hora e a disposição do teclar sensível aos vãos abertos pelo sistema de criação. E, por e-mails trocamos poesias que iriam nutrir, meu Primeiro Romance, com um parceiro ambulante e já bem acostumado, com a navegação constante da modernidade!!
E aquela máquina sem vida, foi me atentando ao saborear que o toque de cada um de nós, se faz compreender ao outro de uma forma in… de… vida, e in… calculável!!
Pois, eu viajei entre os vãos durante a troca de prosa em versos quentes e muitas vezes em explosão in… decente!!
E de poesia em poesia, senti na pele, na derme e na epiderme, que o toque nas teclas frias, só depende de nossa mente quente em hotelaria nada vegana, mas sim, carnal e coerente, com os hologramas que visualizamos dentro de nossa capacitação em enlaçar os dedos, com os domínios de nossa sensação de transpirar, o aluvião prazeroso de gozar em palavras o que sentimos, durante esse encontro de teclas suadas com AnJô, em sua casa (leia-se corpo) deflagrando palavras com o seu parceiro Amotinado, que saem de suas mentes fissuradas pelas sensações, entre os vãos do teclado e a picante imaginação.
E após uns dois meses de toques em poesias, o meu primeiro Romance saiu, e no dia do Lançamento nos conhecemos…