Posted on Leave a comment

Mulher de Parar o Trânsito

Carros shutterstock_192105440

Na correria, sempre…

Estamos em dezembro e a correria, claro, só aumenta.

Mas enfim, era uma sexta-feira, 11:45, a curadoria da exposição era minha e a vernissage aquela noite às 20. Tudo estava certo, dentro do cronograma, artistas felizes, expo montada e uma tarde inteira para me ocupar com preparativos de Natal, após almoçar com tranquilidade e descansar assistindo o jornal.

Saio da galeria, pego o carro, ligo uma música gostosa, dirijo até a via de acesso para minha casa, aquele trânsito em horário de rush, mas enfim, vai devagar mas vai… Ou iria…

Entre o anda, breca, anda, breca, o motor morre… Sim, ali, no meio da pista! Simplesmente para!

Pane elétrica!!! Ligo o pisca-alerta, pego o cartão do seguro e desço do carro. O trânsito parado. Não, estava andando lentamente, a pista da direita desviando para a esquerda e passando lentamente por mim, a espectadora do caos, na calçada.

Interessante a reação das pessoas nesse momento, uns fazem cara de bravo, irritados com mais esse atraso, mãos em gestos que não usariam com conhecidos. Alguns fazem cara de curiosos, outros se solidarizam, mas não param para ajudar por conta da pressa.

Vejo um ônibus chegando lentamente, dando pisca para entrar na pista da direita, passa por mim e, da janela, em pé, um palhaço pergunta: o que foi, moça?

Entenda que era um palhaço mesmo, ou melhor, um moço com a fantasia de um palhaço, já que, assim como o Papai Noel, palhaço não existe.

Levanto as mãos em gesto de impotência  e digo “não sei…” E comecei a rir. Aquilo me desarmou, a tensão toda se dissipou, era surreal demais.

Logo em seguida um carro com dois estudantes para e eles me ajudam a tirar o carro da via, onde espero o guincho chegar, apreciando o congestionamento se dissipando e o trânsito fluindo no seu ritmo.

Sim, foi um contratempo, atrasou meu dia, algumas pessoas ficaram irritadas, mas a imagem que guardo é do palhaço querido, do riso gostoso e da solidariedade de quem perdeu um tempinho para me ajudar e ajudar o trânsito de uma cidade caótica.

Naquele momento fui uma mulher de parar o trânsito.

IMG_0514 foto nova Synnove

Synnöve Dahlström Hilkner É artista visual, cartunista e ilustradora. Nasceu na Finlândia e mora no Brasil desde pequena. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCC. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês. Participa de exposições individuais e coletivas, como artista e curadora, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros. É do signo de Touro, no horóscopo chinês é do signo do Coelho e não acredita em horóscopo.

 

Posted on Leave a comment

Tédio

relogios shutterstock_286123331 (1)

O tédio entedia

o dia que não ia

Pra frente do tédio

que era forte como um prédio

 

O tédio entediamente

Fica no ar o sentido

Sem ninguém entender

O tédio do dia

 

O tédio de uma aula

O tédio do ar

O tédio das pessoas

O tédio sem parar.

 

O tédio vai acabando

Nas linhas do verso

Depois de entediar você

Com linhas tediosas salvei-me do tédio

Resolva o seu

O meu acaba aqui!

jeff

Jeff Keese –  Arquiteto, produtor de exposições de arte, e durante 7 anos foi consultor do mapa das artes de São Paulo.

Posted on Leave a comment

Fragmentos de um diário – 13

andarilhos shutterstock_208356901

DESPEDIDA

Não sei lidar com isso.

Já disse isso uma vez aqui.

“UMA DESPEDIDA É NECESSÁRIA PARA PODERMOS NOS REENCONTRAR” – FERNÃO, CAPELO GAIVOTA – Acho que é desse livro essa citação.

Mas sinceramente odeio despedidas, sempre choro…

É isso.

21 de setembro – Gisa Luiza – 37 anos

Foto-0010E001 dri

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas nesse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa 🙂 . A personagem Gisa Luiza do “Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza.

 

Posted on Leave a comment

QUE FASE…

shutterstock_149644169

Quem gosta de escrever adora uma ante sala de consultório médico, lotada de pessoas aguardando, material farto para observação. Foi ali que revi meus últimos dezessete anos. Levei meu filho adolescente para ver uma amigdalite, a qual depois descobrimos ser uma séria faringite, pensava que esses males da garganta só acometiam crianças pequenas.

Lá estávamos nós, relembrando os velhos tempos da primeira infância, onde as mães não saem do pediatra, pronto-socorro, especialistas, alergologistas, no meu caso.  Já nem lembrava mais a quantidade de antibióticos que meus três filhos juntos tiveram que tomar, eu não era contra a homeopatia, só tinha medo que não funcioanasse, que demorasse demais para curar e eles morressem.

Bem, mas nessa uma hora de espera consegui observar mães com seus bebês, crianças de um, dois, cinco, dez anos e minha vidinha foi voltando como naqueles filmes que rebobinávamos antigamente. Lembrei de cada fase de cada um deles, boas, deliciosamente apaixonantes, mas rápidas.

Perdemos as contas de quantas vezes ouvimos a clássica frase: aproveita essa fase, passa tão rápida. Naquele instante senti isso, um piscar de olhos..dezessete, o mais velho já na faculdade, e as angústias das noites mal dormidas, do mal estar de ter que voltar ao trabalho e deixar o pequerrucho no berçário, do medo de uma febrinha, de um febrão, deles não comerem, não se adaptarem, não conseguirem evoluir em cada fase… foram todas por água abaixo.

A melhor fase é a que você está vivendo… Agradeci por ter conseguido chegar até aqui. Viva. Sobrevivi. Quando vi uma mãezinha dando frutinha raspada para o filho pensei: pobrezinha mal sabe o que é esperá-lo  voltar da balada. Me peguei sorrindo, feliz da vida com meus adolescentes conectados em seus celulares.

12315109_10200902625526122_1329798388_o Dani N

Dani Martini Naufel – mãe de três adolescentes, Bacharel em Direito pela PUCC, funcionária pública, fotógrafa nas horas vagas , adepta do spinning e da yoga, quer desacelerar mas não consegue, enfim, uma mulher contemporânea.

 

Posted on 4 Comments

Torto ou torta?

paisagem shutterstock_296870555

Se o dia começa torto

Não entorte

entre na padoca

e peça uma torta

pode se de chocolate

amargo

porque doce demais enjoa

Um toque de amargo no meio do doce fica perfeito

Assim como as ruas tortas

As massas das tortas

Os dias tortos tem seus motivos

escondidos as vezes

nas lembranças do foi e do que não é mais

Tortos dias porque assim o caminho tem curvas

pra viajarmos

mantermos o auto controle

aprendermos mais uma lição

e agradecer

Mas entre a torta e o torto

Coma mesmo a torta e delicie-se.

foto-adriana2

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas nesse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa 🙂

 

 

 

 

 

Posted on Leave a comment

#primeiroassédio

Mulher triste shutterstock_221890780

Os relatos de várias mulheres com  #primeiroassédio e agora com #meuamigosecreto me encantou acima de tudo como o bom uso de uma ferramenta de comunicação pode sim ser coletivamente positivo para moldar um muralzinho de histórias sobre um assunto tão comum entre as mulheres, mas tão notoriamente pouco compreendido entre os homens: O abuso sexual.

Hoje, após ler algumas experiências me senti totalmente motivada a relembrar um episódio entre outros que definitivamente me fez sentir medo e raiva.

Vamos lá:

Uma vez, bem menina, estava pedalando próximo a uma praça no bairro no qual morava em Campinas curtindo e dominando bem o ritmo da bicicleta, lembro que gostava até de arriscar uns pulinhos modestos embalada pelo som do meu walkman que religiosamente tocava titãs e plebe rude. Pois bem, de supetão fui abordada por um Chevette vinho, meu bairro era perto de uma de vila militar e pensei que o distinto gostaria de alguma informação sobre aquelas bandas, mas não.

Bem pensado ele saiu do carro e colocou seu membro para fora ordenando que eu o pegasse e me chamando de vagabundinha várias vezes. Eu morri de pavor, tinha apenas uns 13 anos.

Sai tremendo e chorando e ele rindo.

Não contei o ocorrido para meu pai com medo dele me proibir de andar de bike e definitivamente ele iria fazer isso.

Passei a noite sem dormir com um medo que oscilava para a raiva. Raiva daquele sujeito que nunca havia visto na vida toda. Quem era ele? Porque fez aquilo? Fará de novo?

Dias depois voltei a pedalar, ato sagrado para colocar algumas idéias no lugar em plena adolescência, mas quando passava perto da praça era tomada por sua horrível lembrança.

Hoje sou mãe e mulher adulta mas, aquela pequena adolescente que fui; ainda guardada dentro de mim bem que gostaria que esse senhor, se vivo, seja um brocha de merda, porque eu não tenho mais medo do Chevette vinho mas, todo homem tem medo de ser brocha.

Desculpa o rancor “amigão”, você deve ter feito isso com muitas meninas mas, hoje a gente pode falar abertamente sem culpas e temores e não escondida no banheiro. E isso, isso é demais!

Cada história dessas serve acima de tudo como exemplo do que NÃO fazer com meninas e mulheres.

É pedir muito? Que seja, afinal respeito é bom e todo mundo gosta.

12312535_10153184041901440_1995393348_n Meg

Meg Lovato – formada em comunicação social, coreógrafa e mestra de sapateado americano e dança para musicais. Tem dois filhos lindos. É chocolatra e do signo de touro. Não acredita em horóscopo mas sempre da uma olhadela na previsão do tempo.

 

 

Posted on Leave a comment

Sobrancelha Grossa

casal shutterstock_136921391

Mulheres de sobrancelhas grossas são sempre melhores na cama, principalmente as morenas.

Não sei se existe algum fundamento científico, estatístico ou se é um mero palpite, mas o fato é que essa frase ressurgiu das trevas, direto pra minha cabeça naquele fim de tarde de terça-feira. O autor da frase é um grande amigo meu e que foi de uma autoridade ímpar ao proferir tais palavras na mesa de um boteco na Praça João Mendes.

Mas vamos aos fatos. Era terça-feira, eu havia saído do Fórum atrasado. Desci correndo as escadarias da Sé e entrei rapidamente no segundo vagão. Eu sempre entro no segundo vagão quando estou atrasado. E só faço isso pelo simples fato de que o segundo vagão é o mais próximo da saída na estação Paraíso. Meio ofegante pela breve corrida e pelos 7 cigarros diários, recostei-me na porta oposta como quem espera a vida passar. O vagão estava vazio naquela hora. Eram 3 da tarde. Na estação Liberdade não subiu ninguém. Na São Joaquim duas pessoas. Mas minha vida mudou na estação Vergueiro.Foi justamente lá, quando o trem abriu as suas portas, que veio à minha cabeça aquela frase profética do meu amigo.

Fiquei pasmo, quase engasguei. Ela entrou e veio na minha direção. Parou mais ou menos a um metro de distância. Eu podia sentir o seu perfume. Era um perfume doce, misturado a um leve cheiro de nicotina. Isso era sinal de que ela também fumava. Minha cabeça virou do avesso. Lembrei-me na hora de uma antiga namorada, que adorava andar nua pela casa, de salto alto e tragando o seu cigarro. O perfume era o mesmo. Procurei me concentrar na realidade daquele instante. Olhei de cima a baixo sem cerimônia. O seu corpo era perfeito. Pernas torneadas, amparadas num salto doze e unhas vermelhas. O vestido preto, levemente displicente, envolvia o seu corpo tão perfeitamente quanto a água de um banho tépido. Um pouco mais acima, os peitos mais lindos e firmes que eu poderia imaginar. Pelo menos a aquela distância e sem poder tocá-los. Mais acima ainda, o seu rosto. Um conjunto em perfeita harmonia com o universo, emoldurado por um cabelo preto liso. O cabelo era comprido o bastante para ser puxado e curto o suficiente para denunciar o seu pescoço.

Foi nesse instante que, atento a todos os detalhes, vi a sua sobrancelha. Era uma sobrancelha grossa e ela era morena. Pronto. A partir daquele instante não consegui mais pensar em nada. Só via na minha frente aquela mulher e a frase do meu amigo. Suava frio como um adolescente e olhava fixamente nos seus olhos. Ela, percebendo o meu encantamento, retribuiu e me olhou com volúpia. Não sei quantas estações se passaram, mas naquele momento só existíamos eu e ela naquele vagão. Tudo em volta virou nuvem de esquecimento.

Num dado momento ela abriu a bolsa cuidadosamente. Ela o fez como se fosse revelar um segredo. Pegou uma bala, desembrulhou cuidadosamente e colocou na boca sorrateiramente. Depois, pegou uma caneta, esticou o papel da bala contra a sua pasta e escreveu algo nele. Guardou a caneta e dobrou várias vezes o papel da bala. Ela fez tudo isso sem tirar os olhos de mim.

O trem parou na estação São Judas e a porta abriu atrás de mim. Ela andou na minha direção, passou rente ao meu corpo e colocou o papel da bala no meu bolso. Meu coração disparou. A porta fechou, o trem começou a andar e ela me lançou um último olhar antes que o trem sumisse escuridão adentro.

Abri o papel rapidamente, mas não sei por que não tive coragem de olhar pra ele. Tive medo do que estaria escrito nele. Seria o número do seu telefone? Era o mais provável que fosse. Mas se não fosse o número e sim algumas palavras sem sentido ou um rabisco. Claro, ela poderia ter só rabiscado o papel. Afinal ela nem olhou pra ele quando escreveu. Devia ter percebido o meu estado de criança na frente da vitrine de uma sorveteria. Ela só podia estar brincando comigo. Que mulher me daria o seu telefone sem mais nem menos. Seria um presente dos deuses? Ainda mais uma mulher morena de sobrancelhas grossas? Não, isso não seria possível. Mas e se fosse? Era melhor então eu ler logo o que estava escrito no papel e acabar logo com a agonia. Tudo se resolveria rapidamente. Eu desceria, ligaria pra ela e em seguida ligaria pro escritório dizendo que não tinha passado bem e que iria pra casa. Ela estaria me esperando com um champagne. Abriria a porta e me daria um longo beijo. Tiraria minha gravata com violência, enquanto eu me apressaria em arrancar o seu vestido. Nos jogaríamos ao chão e transaríamos como animais a dilacerar suas presas. E então, no momento sublime do gozo, eu olharia bem nos seus olhos, emoldurados por aquela sobrancelha grossa, e gritaria rompendo o silêncio daquela tarde morna.

Tomei coragem e resolvi ler o que estava escrito no papel. Nesse instante o trem parou, abriu a porta, um office boy entrou correndo e me deu um encontrão. O papel voou da minha mão e foi cair direto no vão entre a estação e a plataforma. Olhei desolado. Tentei esboçar uma reação, mas fui impedido pela porta que se fechou a minha frente. Respirei fundo. Não havia nada mais a fazer. Apenas descer na estação Jabaquara e tomar o trem de volta pro Paraíso.

Nunca vou saber o que estava escrito naquele papel. Nem tão pouco se as mulheres de sobrancelhas grossas, principalmente as morenas, são sempre melhores na cama.

12084821_872243929489874_2008663406_o (2) Gil Guzzo 2

Gil Guzzo – é autor, ator e diretor. Em teatro, participou de diversos festivais, entre eles, o Theater der Welt na Alemanha. Como diretor, foi premiado com o espetáculo Viandeiros, no 7º Fetacam. Vencedor do prêmio para produção de curta metragem do edital da Cinemateca Catarinense, por dois anos consecutivos (2011 e 2012), com os filmes Água Mornas e Taí…ó. Uma aventura na Lagoa, respectivamente. Em 15 anos como profissional, atuou em 16 peças, 3 longas-metragens, 6 novelas e mais de 70 filmes publicitários. Em 2014 finalizou seu quinto texto teatral e o primeiro livro de contos. É fundador e diretor artístico do Teatro do Desequilíbrio – Núcleo de Pesquisa e Produção Teatral Contemporânea e é Coordenador de Produção Cultural e Design do Senac Santa Catarina. E o melhor de tudo: é o pai da Bia e do Antônio.

Posted on Leave a comment

Escrevo poesia como quem…

Mulher shutterstock_190142516

Escrevo poesia

Como quem pede socorro

Como quem toma um remédio

Como quem se sente zonza sem beber

Como quem não quer falar

Ouvir, apenas ouvir

Como quem esquece o ano que está

A idade que tem

Como quem escuta o cachorro latir

e não sai do seu lugar para ver o que é.

10959308_10203700598545176_5268303932415920241_n Dri perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas no divã desse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa 🙂

 

Posted on Leave a comment

Batom Vermelho

Batom vermelho shutterstock_110864450

Todos os dias acordo com um beijinho do meu marido, levanto, faço café, o lanche das crianças e depois que eles se vão…começa o MEU dia!

Tem dias que não dá tempo pra passar batom, tem dia que passo batom cor de boca, mas tem dia que passo batom vermelho!

E ai? O que tem demais nisso?

Hoje percebi que tem muuuuuita coisa. Passar batom vermelho pra mim, significa que estou animada naquele dia, que meu espírito quer liberdade, quer estou mês sentindo poderosa, que minha auto-estima esta “bombando”!

Hoje acordei assim, entrei no carro para fazer minhas coisas e fui pegar o batom vermelho quando….

Olhei pra mim e estava de bermuda, camiseta (não muito moderna) e de alpargatas…desisti!

Foi ai que percebi que o batom vermelho é mais que um simples batom.

Ele é uma declaração do seu estado de espírito, mas um espírito que esteja em um corpo coberto por uma roupa bem transada, de um sapato de salto, um colar curto e um cabelo desfiado.

Snif…estou sem batom vermelho agora, mas me aguardem…assim que voltar do mecânico e chegar em casa…serei outra mulher!

foto roberta 2014

Roberta Corsi – Coordenadora do Movimento Gentileza Sim que tem como objetivo “unir pessoas que acreditam na gentileza” e incansavelmente positiva, para conhecer o movimento acesse https://www.facebook.com/movimentogentilezasim 

Posted on Leave a comment

Fragmentos de um diário – 12

shutterstock_152214776 coração e fone

É impressionante como as vezes somos induzidos em nossas condutas, muitas vezes por darmos ouvidos a fofocas ou comentários maldosos não percebemos o quanto isso é ruim e vamos ficando inflados, uma hora estouramos e sempre estouramos com a pessoa errada, da forma errada.

Perceber a diferença entre as pessoas que são autênticas e as que ficam com leva e traz as vezes é difícil, muitas vezes estamos tão envolvidas que não percebemos.

Ouvir nosso instinto é meio primitivo, mas da certo, muitas vezes o ignoramos por ser algo realmente primitivo e sem explicação lógica.

Eu sou muito lógica e por isso tenho dificuldade de ouvir e aceitar esse tipo de intuição…. mas essa intuição insiste e é forte.

Fico procurando certezas, explicações para os fatos, mas aceitar que em determinados momentos não existe certeza e que é só intuição e segui-lá é o melhor caminho.

Se algo incomoda sem razões concretas, deve ser ouvido; a intuição, a voz do coração, sei lá o que é, só sei que devo ouvir.

PS.: Vou desligar as batatas.

08 de setembro – Gisa Luisa – 37 anos

Foto-0010E001 dri

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de contos e poesias, mas também e atreve a escrever no divã desse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. A personagem Gisa Luiza do “Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza.