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Fragmentos de um diário – 8

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…. “bateu aquela FOME. Aquela. Sim aquela grande que dói o estomago, que dói, mas que não da vontade de comer. Não sei explicar essa fome, mas essa fome que me veio, no meio da manhã, com o filho do lado que eu levava para fazer o terceiro exame médico do dia. Talvez fosse fome de nervoso, sim existe, eu sempre tenho. Fico nervosa e vem a fome, poderia ser o contrário, assim emagreceria, mas não, quero comer nesses momentos, só que ontem foi diferente, ontem veio a fome e um vazio, não queria comer, mas tinha fome.  Meu filho me disse que tinha fome, mas não podia comer porque tinha que fazer o exame de sangue e no semáforo o pedinte, simpático, sujo, com roupas rasgadas, sorria e me fazia sinal que estava com fome. SIM A FOME de cada um é FOME, estávamos os três naquele momento próximos fisicamente, nós dois no carro com ar condicionado e ele fora, mas nós três tínhamos fome. FOME de comida, fome de tempo, fome de carinho, fome de cuidado, fome de esperança, fome de tranquilidade, fome, fome, fome…..”

30 de setembro – Gisa Luiza – 47 anos

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos e poesias. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. A personagem Gisa Luiza do “Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza.

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ONU e Fome – Fatos e Números

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Em tempos de crise nacional e internacional, financeira, política e social, nós estamos vendo hoje, no mundo, a maior massa de população em migração, refugiados que fogem da fome e da guerra.

Vamos falar um pouco sobre FOME, em dados da ONU:

“Quando lutamos juntos não há limites para o que podemos alcançar” – Ban Ki-Moon em discurso na ONU no dia 28 de setembro de 2015, ao apresentar relatório anual sobre o trabalho da organização.

Seguem partes de seu discurso:

Em um mundo em que a desigualdade está crescendo, a confiança diminuindo e a impaciência com as lideranças é ampla, é hora de passar as promessas do papel para as ações.

O objetivo é claro e a missão possível: acabar com a extrema pobreza até 2030.

É tempo de repensarmos sobre com cultivamos, dividimos e consumimos comida. Se feito da forma certa, é possível garantir nutrição a todos, com ganhos decentes, além de proteção ambiental e desenvolvimento rural.

Do jeito que hoje está, nossos solos, a água, oceanos, florestas e biodiversidade estão em rápida degradação.  A mudança climática pressiona mais ainda os recursos de que dependemos, aumentando os riscos de desastres naturais.

Diante disso, uma mudança dramática é necessária, para conseguirmos nutrir 795 milhões de vítimas da fome e o adicional de 2 bilhões que virão até 2050.

Vamos aos fatos e números:

FOME:

  • No mundo, uma em cada nove pessoas estão desnutridas – 795 milhões – a grande maioria em países em desenvolvimento.
  • Falta de nutrição causa quase a metade da morte de crianças até cinco anos – 3.1 crianças por ano. Pelo menos uma em cada quatro tem problemas de crescimento.
  • 66 milhões de crianças vão para a escola com fome nos países em desenvolvimento, 23 milhões apenas na África.

O que pode ser feito:

  • A Agricultura é o maior empregador de mão-de-obra do mundo, provendo sustento para 40% da população global.
  •  500 milhões de pequenas propriedades rurais ao redor do mundo proveem 80% da comida consumida em grande parte do mundo desenvolvido. Investir em pequenos produtores rurais é essencial para haver segurança da manutenção de alimentos e nutrição não só para os mais pobres, mas também para assegurar proteção aos mercados locais e globais.
  • Se mulheres fazendeiras tivessem o mesmo acesso a recursos que os homens, o número de famintos no mundo poderia ser reduzido a até 150 milhões.
  • 1.4 bilhões de pessoas no mundo não tem acesso à eletricidade – a maioria vive em áreas rurais. A pobreza de eletricidade em muitas regiões é uma barreira para reduzir a fome e assegurar que o mundo possa produzir comida suficiente para abastecer a demanda futura.

Qual é a minha parte nisso? Qual é a sua? O que podemos fazer? Vale a reflexão.

Beijos Belas e Belos.

FOTO PERFIL Synnove

Synnöve Dahlström Hilkner É artista visual, cartunista e ilustradora. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCCAMP. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês, com ênfase em Negócios. Nascida na Finlândia, mora no Brasil desde os 7 anos e vive atualmente em Campinas com o marido, com quem tem uma empresa de construção civil. Tem 3 filhos e 2 netas. Desde 2011 dedica-se às artes e afins em tempo quase integral – pois é preciso trabalhar para pagar as custas de ser artista – participando de exposições individuais e coletivas, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros.É do signo de Touro e no horóscopo chinês é do signo do Coelho. Contribui para o Belas Urbanas com suas experiências de vida.

OBS.: Traduzi partes do discurso de Ban Ki-Moon do dia 28/09/2015 na ONU

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Blefei

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Blefei

Eu sei que blefei quando disse que me enganei
Parecia até que eu já sabia como tudo se daria
Se repetiria? Sim, vocês parecem cópias “made in china”
Aqui ou lá na Síria, crianças morrem e
a gente corre pra não perder a cena na TV.

Por que?

Falta amor ao próximo, falta amor próprio
Sobra exibicionismo, transborda egoísmo
Não vamos confundir, mas vale insistir?
Passo a vez!

Agora eu peço seis cartas e te questiono:
Cabem sentimentos? Cabem palavras de conforto?
Insinuo e insisto, aposto e peço jogo:
Somos um leque de 7 bilhões de cartas marcadas, peço perdão
faço cara de valete, finjo não ver essas aberrações expostas entre nossas mãos

Embaralho pensamentos, espalho esmolas como um bom cristão
Você joga as damas na cama, depois julga o “desempenho” na mesa do bar,
rindo com seus amigos acéfalos sem nem cogitar qualquer razão para não estereotipar
Sem perceber que a piada é você que não sabe brincar, entedia a todos sem precisar falar.

Quando abre a boca eu fecho os olhos me dá dor de cabeça, vou parar de jogar
Eu sei que disse que conseguia te acompanhar, repito, me enganei, eu só queria rir
Talvez fugir um pouco de mim, me sentir melhor olhando para sua cara de dó, mas não dá
Faz assim, vamos trapacear, fica com o meu quarteto de reis e se alguém perguntar diz que eu blefei.

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Lucas Alberti Amaral – nascido em 08/11/87, vem há 27 anos distribuindo muito mau humor e tentando matar a fome. Formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela METROCAMP, trabalha na área há 6 anos, tem uma página onde espalha pensamentos materializados em textos curtos e tentativas de poesias www.facebook.com/quaseinedito (curte lá!). Concilia a dura missão de morar em Campinas – SP (cidade onde nasceu) e trabalhar em Barueri-SP, não acredita em horóscopo, mas é de Escorpião, lua em Gêmeos com ascendente em Peixes e Netuno na casa 10. Por fim odeia falar de si mesmo na terceira pessoa.

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Jogo

shutterstock_308589128 (1) dados

disfarça e finge que tá tudo bem

que seu coração nem bate

nem sangra

olha nos olhos e atravessa

não vê

porque a conquista é só um jogo

de azar

e ninguém vence

se precisa escolher lados

 

eu te quero

mas só um pouco

eu te espero

mas só até amanhã

eu me entrego

e me retraio

com suas certezas

que você me entrega

e depois pede de volta

como num jogo de cartas

feito só de adversários

se defendendo das palavras

se ausentando dos olhares

se esquivando dos nós

 

eu não te deixo perceber

que minha derrota

não depende da sua vitória

mas do meu próprio cansaço

quando já não quero mais

suas falas que não dizem

seus olhos que fogem

suas mãos que escorregam

e partem sem razão

 

eu já não aposto minhas fichas

nas suas cartas marcadas

porque não entrego os pontos

por outro blefe seu
IMG-20150923-WA0004 foto amiga Lucas

Luciana –  não tem idade, mas escreve desde a escola, quando descobriu que voz não tem nada a ver com som. Não tem métrica, técnica ou ideologia. Não gosta de maiúsculas e acredita na escrita crua. Escreve em livro, caderno, máquina e computador. Só escreve. É só o que sabe fazer.(e atualiza, às vezes, o Monólogo da Fuga) www.facebook.com/monologodafuga

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Blefar?

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Eu sempre gostei de jogos, mas de jogos inteligentes, jogos de tabuleiro, de cartas, os da vida não.Esses me dão tédio, são cruéis, desleais, no mínimo chatos.

Gosto do blefe das cartas, não os da vida. Os blefes nos jogos de cartas, em algum momento são revelados, de uma maneira divertida, com no máximo um grito de seis e uma carta na testa, já os da vida, quando se revelam, machucam direto no coração.

Muitos acham que é necessário blefar pra conquistar um amor, um emprego, um amigo. Eu não, tenho profunda preguiça! Gosto de paixões verdadeiras, mesmo que sejam breves, olho no olho, uma boa noite de sono, um carinho despretensioso.

A vida por si só já é um blefe, e cabe a nós decifrarmos, a cada momento, a hora de pagar pra ver, então pra que complicar? Deixo minhas dúvidas com as cartas, na vida quero as certezas…

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Valéria de Laet – Publicitária, atuou 20 anos na área de produção de filmes publicitários e de eventos.

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O poder do Blefe

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Houve um tempo em que tudo era sério!!!

Depois aprendi a blefar…

Criada por um pai que acreditava que era melhor vencer do que sequer entrar na batalha para jogar, até certo ponto tudo que eu fazia exigia resultado positivo.

Então, no primeiro ano de faculdade não foi diferente. Melhores resultados em tudo, menos…

Tínhamos aula de expressão corporal ou coisa assim e precisávamos apresentar peças de teatro a cada semestre. No primeiro semestre, eu e a minha equipe fizemos vasto trabalho de pesquisa, criamos uma peça e ensaiamos à exaustão. Fomos aplaudidos por uma plateia em pé, por um tempo longo demais para o nosso conforto. Muito felizes, fomos encontrar o professor PA, que disse que a peça era displiscente e nos deu nota abaixo da média!!! AAARRRRGGGHHHH!!!

No segundo semestre, os professores da faculdade entraram em greve parcial. Com muito tempo ocioso, jogávamos truco, que é a matéria principal a ser aprendida em uma faculdade!

Nada tinha a perder a não ser perder… Um dia pensei, por que tão sério?

Passei a blefar no truco e comecei a ganhar, muitas vezes!

Acabada a greve tínhamos outra peça de teatro a apresentar. E blefamos!

Não criamos, não ensaiamos… Escrevemos alguns tópicos apenas para apresentar algo escrito e duas semanas depois de não fazermos mais nada, subimos no palco e nos divertimos.

Fomos aplaudidos de pé e o professor nos disse que percebeu o nosso esforço e empenho em criar algo realmente consistente. Tiramos 10!

Desculpe-me papai, mas a vida é muito melhor quando podemos dar nosso melhor com bom humor e aceitando algumas “não-vitórias”.

FOTO PERFIL Synnove

Synnöve Dahlström Hilkner É artista visual, cartunista e ilustradora. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCCAMP. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês, com ênfase em Negócios. Nascida na Finlândia, mora no Brasil desde os 7 anos e vive atualmente em Campinas com o marido, com quem tem uma empresa de construção civil. Tem 3 filhos e 2 netas. Desde 2011 dedica-se às artes e afins em tempo quase integral – pois é preciso trabalhar para pagar as custas de ser artista – participando de exposições individuais e coletivas, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros.É do signo de Touro e no horóscopo chinês é do signo do Coelho. Contribui para o Belas Urbanas com suas experiências de vida.

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BAMBOLÊ

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A menina brincava, bambolê pra cá, bambolê pra lá. Girava aquele corpinho, aquela cintura, gostoso ver tanta harmonia. Ela apreciava e sem se dar conta estava em outro tempo, quando tinha seis anos e ouvia atrás da porta a conversa da mãe com a tia:

– Sim ela perdeu tudo porque não teve jogo de cintura, o marido foi embora com outra e agora o emprego.

– Coitada, ela não sabe ter jogo de cintura.

A menina ficou assustada, sabia de quem elas falavam. Conhecia a mulher que perdeu o marido e agora o emprego, mas o que seria o tal do jogo de cintura que ela não tinha, a menininha se perguntava.

Ficou dias com aquilo na cabeça matutando. Não tem jogo de cintura é quem não sabe brincar de bambolê, concluiu.

Ela decidiu que tinha que saber brincar de bambolê, afinal Clara, a menininha, tinha um amor, Rogério, um menino da sua classe. Amor de criança, alguns dizem que não é amor, mas é sim, e era. Ela queria casar com Rogério, queria ter jogo de cintura para não perdê-lo. Resolveu com a sabedoria de uma menina de seis anos aprender a brincar com bambolê.

Brincava tanto com aquilo que foi ficando craque. Era lindo de vê-la, rodava, fazia acrobacias, tinha talento. Os anos passando, as pernas crescendo, o corpo mudando e o bambolê ali com ela. Rogério era seu amor e ela o dele. A vida pobre, com comida contada, sapato com solas furadas, não fazia diferença para eles com seus 14 anos, até que veio um bebezinho.

Faltou um certo estudo, não faltou paixão e amor. Com o bebê no colo, o bambolê foi ficando de lado. Com o bebê no colo, outro bebê veio na barriga, e depois outro. E quando ela se deu conta já eram sete. Faltou estudo, mas não faltava força nos braços de ambos que trabalhavam naquelas ruas sem esgoto, sem asfalto, no meio de bandidos, vendo tristeza da falta de tudo de perto.

A vida foi ficando cinza, mas não reclamavam, nem ela e nem ele. Um dia, o pior da sua vida, ele se foi,  junto com um dos sete filhos, mortos em um dessas batidas policiais que você não sabe de onde veio o tiro.

A dor era a pior, roubaram-lhe a alma, que sangrava. Ela CHOROU, cortada em pedaços. Naquele momento não adiantava dizer que viriam outros dias, que os dias ainda nasceriam com sol. Naquele dia e em vários outros ela chorou. De raiva, de dor, de saudade, de solidão, de pena de si mesma. Mas era forte essa moça e sabia que tinha que prosseguir, tinha outras seis boquinhas que ainda eram de sua responsabilidade.

Perdeu a ingenuidade, mas não a dignidade, vestiu a capa de super-herói e seguiu em frente, voava com os pés no chão. Foi trabalhar na casa de gente rica, ainda era jovem, tinha belas pernas e uma bela cintura, talhadas pelos anos com o bambolê. Cozinhava muito bem, sorria, mas tinha sempre no olhar, no fundo dele, uma tristeza profunda, porém, o sorriso confundia.

Ajudava na igreja, fez questão de colocar os filhos para estudar, fez questão que todos tivessem uma religião, fez tudo direitinho.

Uma vez um patrão a agarrou na cozinha, passou a mão na sua perna. O homem era grande e gordo,  ela ficou ali sendo esmagada e atacada por aquele ser animal. Foi horrível, dessas coisas que mulher nenhuma deveria passar. Foi ameaçada por ele se abrisse a boca.

Chorou, chorou, chorou. Foi embora daquela casa, mas voltou. Com medo, mas voltou. Disse tudo que tinha que dizer para a mulher dele, fechou as portas daquela casa e fechou as portas com as outras amigas ricas da sua patroa. Aprendeu que muitas pessoas preferem viver na mentira, fingindo não ver para não perder, preferem dar desculpas para sua vida medíocre do que ser sinceras consigo mesmo. Ela sentiu um nojo tão grande daquilo tudo, que não teve dúvidas, preferia não ter o tal jogo de cintura – mesmo não sabendo ainda o que isso significava – e fechar as portas. Fechou, forte, com uma única batida,  sem olhar pra trás.

Fechou todas as portas que não faziam sentido para sua vida, das pessoas fofoqueiras, das pessoas que se aproveitam da fragilidade dos outros, das pessoas que fechavam os olhos para as coisas erradas, das pessoas que agrediam, das que berravam por nada ter o que dizer, das pessoas que roubavam comida e sonhos.

Quando fechava essas portas se fortalecia. O sol surgia e ela girava, voltou a girar com a filha mais nova que tinha nove anos. Foi ensinar bambolê naquela comunidade carente, quando se viu, apesar de todas as adversidades da pobreza, percebeu que ali, existia paz e amor.

Foi ali que montou uma escola de brincadeiras, foi ali que começou a ensinar crianças a brincar de bambolê. Formou grupos, arrumou patrocínio, fez e faz apresentações com as turmas e sempre agradece a vida e a um Deus que ela acredita.

Girando, girando, girando, entendeu depois de muitos e muitos anos o significado do que é ter jogo de cintura. Percebeu que o único jogo de cintura que tinha mesmo era no bambolê, porque quanto  ao resto, na sua opinião, não valia a pena. É autêntica demais, reta demais, menina demais na alma, assim como a outra menina na sua frente que brincava com o bambolê.

Despertou ódios em alguns, mas despertou muito mais admiração em outros. Sem meios termos, sem jogo de cintura. Lá foi ela pegar seu bambolê  e girar junto com a garotinha, bambolê para lá, bambolê pra cá.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos e poesias. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos.

 

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Jogo de cintura

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Jogo de cintura

é um jogo de flexibilidade?

ajuda a sair de dificuldades?

ou será só mexer a cintura?

afinar

afinando,

desafiando.

Afina tanto

que no final desafina e

some de si mesmo.

Fica no jogo mas

some de si

Jogo de cintura com quem?

Game over.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos e poesias. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos.

 

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Conversa em alto e bom som!

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Era uma sexta-feira e nós havíamos reservado mesa para 10 em um bar que toca música ao vivo. Quando chegamos, a banda ainda estava ensaiando, tocava uma música ou outra por inteiro, mas no mais apenas pequenos trechos para testar instrumentos e acústica.

Comes e bebes bacanas e a conversa na mesa rolando solta e de forma gostosa.

Às 22hs e 32 minutos a banda começa, um ritmo de blues gostoso, um Layla Eric Clapton de encher os ouvidos e soltar o corpo na dança!

Mas a amiga estava empolgada e não parou de conversar, claro que ninguém ouvia ninguém, por conta volume do som e pela vontade de embalar nesse mesmo som… Então adotei a estratégia de uma conhecida, que tem problema de audição e passei a sorrir para o que me era dito e não ouvido… Quem nunca fez isso? Deu certo por um tempo, mas de repente sinto que existe algo no ar: uma interrogação forte em minha direção! Penso: “ela me fez uma pergunta sobre o que mesmo?” Sorrio e faço um sim com a cabeça… A interrogação continua lá, pendurada em mim e na expressão do rosto dela… E agora? O que faço?

Jogo de cintura é arte e, partindo disso, olhei nos olhos dela e passei a recitar um poema que me veio à cabeça, junto com uma expressão de certeza e finalizando com um: “Você não concorda?” que foi a única coisa que ela entendeu e, sim, concordou.

Passamos o resto da noite escutando boa música, dançando, rindo…

Duas semanas depois, encontro a amiga daquela noite: “Adorei conversar contigo, precisamos repetir!”

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Synnöve Dahlström Hilkner É artista visual, cartunista e ilustradora. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCCAMP. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês, com ênfase em Negócios. Nascida na Finlândia, mora no Brasil desde os 7 anos e vive atualmente em Campinas com o marido, com quem tem uma empresa de construção civil. Tem 3 filhos e 2 netas. Desde 2011 dedica-se às artes e afins em tempo quase integral – pois é preciso trabalhar para pagar as custas de ser artista – participando de exposições individuais e coletivas, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros.É do signo de Touro e no horóscopo chinês é do signo do Coelho. Contribui para o Belas Urbanas com suas experiências de vida.

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Jogo de cintura

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Quantas vezes não planejamos algo e quando vemos algo inesperado acontece e ficamos sem saber o que fazer? Pois é, na cozinha não é diferente… Já imaginou planejar uma festa, ou mesmo uma reunião de amigos e descobrir que um deles (ou vários) não comem carne nem nada com leite ou derivados?

A primeira vez que isso me aconteceu, confesso que entrei em pânico. Hoje, por ironia do destino, comando uma cozinha vegetariana/vegana e descobri que podemos fazer maravilhas se deixarmos nossos preconceitos de lado e estivermos abertos ao novo.

E para você aqui vão algumas dicas:

Experimente fazer uma canjica usando leite de coco, ou servir uma bruschetta com tomates e manjericão ( pão normalmente não vai leite…rs).

Esfriou? Faça um caldo de abóbora com gengibre. Fica uma delícia! Abuse das ervas, dos temperos e especiarias.

Não tenha medo de ousar e descubra um novo universo de sabores ! Que tal experimentar?!

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Adriana Rebouças – Formada em Publicidade. Cursou gastronomia no IGA – São José dos Campos Publicitária de formação e Chef por paixão. Sócia do restaurante chama EnRaizAr e fica dentro de um espaço de yoga e terapias que se chama Manipura em São José do Campos – SP.

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