Me encanta gente que sorri, seja para a vida ou que ri de si mesma. O mundo já anda muito carrancudo – precisamos de mais risadas, gargalhas, sorrisos e alegria.
Me encanta gente que tolera, e que, é claro, pensa diferente um monte de assunto, mas que tem a capacidade de tolerar e bater um papo e simplesmente almoçar juntos e jogar conversa fora.
Me encanta conversar com criança, que de tão inocente a conversa, o papo não cansa, só instiga, só abre a mente, só alimenta a alma. Me encanta gente que não tem vergonha de dizer “eu te amo”.
Me encanta gente educada, que, vamos combinar, nos acaricia a alma, com gentilezas escassas.
Me encanta a espirituosidade da minha filha, que faz graça, imitando sotaque francês, sem ter nenhuma noção de onde fica a França, que cavalga em seu cavalo de brinquedo como se fosse um grande manga larga.
Me encanta os olhos negros da Leila, que trabalha, corre atrás e batalha, me encanta essa parceria desinteressada.
Me encanta gente que reconhece as falhas e que por ser um mero mortal, sabe que estamos aqui de passagem, mais sendo encantados do que encantando.
Me encanta a fala profunda, além dos clichês e estereótipos, o diálogo. Me encanta o olhar acolhedor e aberto. O ouvido atento ao outro e o gesto gentil. Me encanta o pensamento no coletivo antes do individual. O trato como sujeito e não objeto. A moderação das ideias e ideologias nas visões de mundo, afinal, todas são úteis.
Me encanta a poesia no pensamento, a beleza no coração e a verdade nos lábios de quem é solidário. O balanço de um cabelo livre das amarras da mente, das cores, da idade que reflete a cabeça aberta que os porta. Me encanta o andar firme e seguro de quem não deve nada a ninguém e a resposta pronta para quem condena. Quem luta pelo bem do mundo. Quem não se prende aos fetiches do consumo, das coisas, das modas.
Me encanta a liberdade de quem voa para dentro de si como um Concorde. A liberdade de quem pensa, não apenas sente. E pensa no bem, não no ódio. Quem sente o bom, não a maldade. Me encantam as mãos abertas e dadas. O corpo no formato que for, na cor que for, na idade que for.
Pareço exigente, mas é o mínimo que deveríamos cultivar. Apenas sinto que deveria me esforçar mais, pois estou aquém de minhas pretensões. O mundo merece sempre mais, e eu mereço ser correspondido na medida do que aprendia a ser. Apenas isso.
Um SER ENCANTADO é enlaçado ao outro, na medida em que seu encanto entrelace o encontro. O melhor sobre sermos encantados é sem dúvida alguma, quando o encontro é sedimentado pela dualidade da avidez diante da unidade de cada um.
Eu me encanto com o OLHAR d’outro… Pois, para mim os OLHOS FALAM… Não mentem mesmo quando fechados… E aquilo que sentimos extrapola… Executando o compasso da vibração de nossas emoções… E, se acontecer um contato por meio de um toque mais expressivo, sentimos o transpirar da pele, o calor úmido e a sensação do sentimento aferido, pois, os OLHOS FALAM e esse ENCANTO é Divinal!
Em primeiro lugar a conexão, algo que gostamos juntos, um interesse dividido, uma opinião parecida ou algo que achamos engraçado, por vezes até o que é completamente oposto, algo que eu ame e a pessoa odeie e assim ficamos ali naquela defesa de gostos e desgostos, na verdade o encanto aí é a conversa, o argumento.
Me encanta também o riso em meio ao desespero, e que nas situações mais absurdas ainda encontra um motivo para uma piadinha mesmo que leve, só para descontrair o ambiente, sem mal gosto, sem ser indecente. O bom gosto me encanta, não falo de roupa e nem de estilo, falo do bom gosto da alma, do jeito de ser, sabe aquela pessoa que tem um argumento excelente para te colocar no seu lugar durante uma discussão mas não o usa apenas por tem um espírito elevado, uma classe emocional altíssima, ou seja, daquelas pessoas que não gostam de magoar ninguém gratuitamente, isso me encanta, é lindo demais ver essa evolução de caráter acontecendo. Me encanta pessoas humildes, que não tem necessidade de fazer marketing pessoal com frequência, há pessoas que tem qualidades que falam por elas próprias e basta, todos podem reconhecer essas qualidades mesmo sem a pessoa falar nada sobre si, isso me encanta, me encanta um aperto de mão firme e quem gosta de ajudar, quem tem consciência do outro, abre a porta do elevador e oferece passagem, tem gestos gentis, também me encanta aqueles que se atrevem a ser eles mesmos sem culpa, mesmo que não agrade a muitos, contradição? Não sei, mas me encanta, talvez por eu ser alguém que tem muito medo de magoar as pessoas e muitas vezes tenha que me magoar para proteger alguém…não sei. O encanto de alguém para mim está em seu jeito peculiar, o jeito que se comporta nas redes sociais, a maneira como cuida as palavras escritas e faladas, que goste de ler livros, isso me encanta, as pessoas que gostam de livrarias sempre chamam minha atenção, os que amam viajar e explorar comidas diferentes, os que amam as plantas, os que leem rótulos de alimentos, os que falam de comidas e de dietas. As pessoas de riso fácil e descomplicadas, aquelas que dizem quando não gostaram de algo e dizem também quando gostaram, as que não se importam em elogiar e desculpam-se quando erram, aquelas que sabem olhar nos olhos e ouvir com cuidado e atenção, sem julgamentos.
De conhecer gente, de conversar com as pessoas, de ajudá-las, de ouvi-las e de estar junto. Mas o que mais me encanta mesmo são as “gentes crianças”.
Me encanta poder colaborar com o desenvolvimento delas. Me encanta a pureza. Me encanta a alegria. A energia que vem delas me encanta.
Fazendo as contas são mais de 40 anos junto a elas…. Me encantando a cada dia. São filhos, alunos, sobrinhos, primos e netos. Crianças.
Me encanta saber que em algum lugar vou encontrar com elas. Mesmo que eu não as conheça, me encantam.
Me encantam quando nossos olhos se cruzam de dentro do carro, no ônibus, na rua. Me encanta o abraço quando chego ao trabalho. Me encanta receber a florzinha colhida na calçada. Me encanta o desenho caricaturado, sem perna, nem braço…E sou eu!
Me encanta a espontaneidade ao dizer que me amam ou que me acham linda. Para elas eu sou a princesa do castelo. Me encantam quando após um limite ou uma bronca, elas vem com o sorriso do agradecimento.
Criança sabe, sem saber falar. Criança sente, sem saber dizer. Criança sofre sem demonstrar. Quando estou com elas, não há problemas, nem medos. Há vida, latente…. Há vida fresca e pronta para vibrar. Há energia no ar. Há brilho no olhar.
O que me encanta também é a criança que existe dentro de cada ser humano.
Me encanta quando uma mãe faz um post no face assim: pode soltar suas cabras que meu carneiro é educado para respeitar sua filha…
Me encanta quando acho no banheiro um bilhete da minha filha que diz: Mãe, comprei este bombom pra você com o troco do meu almoço. Te amo….
Me encanta quando uma mulher pergunta: porque ter um sapo ao invés de um cachorro se ele não te protege e te defende? E aí a criança responde: Não tenho amizades por interesse….
Me encanta quando encontro em minhas fotos antigas o meu pai fazendo a barba no irmão dele que já está bem velhinho e não consegue mais….
Me encanta quando tenho pelo menos um grupo de whatsapp onde TODOS podem opinar livremente, inclusive sobre assuntos de política….
Me encanta quando toda a quinta e domingo à noitinha, ainda consigo fazer nosso “momento família” e perceber o verdadeiro valor do que mais me importa…
Me encanta começar o dia vendo o nascer do sol e viver intensamente como se fosse meu último dia… …e terminar vendo o pôr do sol, grata por ter recebido mais um chance de amar e ser amado!
Obrigada pela oportunidade de pensar nisso, avaliar e mais uma vez, agradecer a Deus por tudo!
Como és tu? Tu és o significado exato do admirável És a plenitude que canta e encanta teu regozijo sem fim Tu és caminho, és vida em mim És sabedoria, és guarida És fortaleza de se ter em mãos o amanhecer És riqueza de se enxergar, por ti, o alvorecer És o olhar que busca o céu aberto Para que fique perto do esplendor divino, Sem dúvida, ínsito, implantado na sociedade Difusa, confusa, malfazeja Sem ponto de partida ou chegada Tu és a pessoa amada que o mundo todo almeja Tu és sonho, és leveza És referencial do que é certo És alguém que se queira por perto, Pois teu mundo é vitalício Nada teu é fictício Tu és crença, és poesia Sinfonia, maestria Concretude e talento. És menestrel do tempo, E do amor atemporal.
Outro dia me perguntaram: O que faz um professor se sentir valorizado?
Perguntinha estranha essa, né?
Pensei por segundos… eu poderia responder melhores salários, melhores
condições de trabalho, mais segurança, apoio da família, e blá blá blá que no
fundo não é nada blá blá blá.
Ferrou… afinal de contas, tudo o que eu disser poderá ser entendido de
forma rasa e poderá ser compartilhado de maneira inadequada.
Mais alguns segundos e me arrisquei a responder:
No meu caso, me sinto valorizada quando revejo um ex-aluno e nesse
encontro há respeito, há amor, há memórias, há relatos do que juntos fizemos!
Tem risadas, tem conquistas, tem desafios, tem perdas, mas não há
desistências.
Neste dia do professor, de 2019,
minha homenagem vai para milhares de alunos que passaram pelos meus olhos e
ficaram no meu coração. Agradecimentos a muitos que receberam, pouco ou muito
de minha influência. Gratidão tanto aos que se lembram de mim como aos que nem
sabem mais quem eu sou.
Afinal, tenho sempre em mente que
ensinar é, muito mais, aprender. Como se sabe, em francês o verbo é o mesmo:
“apprendre” (aprender e instruir, cf. Dicionário Michaelis).
Realmente, ao longo da vida fui
entendendo que quanto mais ensinava, mas aprendia. Portanto, o professor é um
aluno ao quadrado, capaz de potencializar o conhecimento.
Muito tenho a agradecer por tudo
a todos meus alunos e alunas, sem exceção.
Vocês, talvez, não saibam; vou
contar. Sempre senti na minha direção, nesse papel, um fluxo contínuo e vibrante
de boas energias, fazendo-me muito bem à pele e ao coração. Isso injeta em mim
sua juventude em doses colossais. É inexplicável com palavras, é algo entusiasmante,
um sentimento sutil fornecedor de doses enormes de disposição e força para
todos os momentos.
Isso, antecipadamente, já serve
de resposta para muitas questões que me fazem pessoas que não entendem bem o
que é ser professor por vocação.
Desde o início perguntavam: “-
como é que você suporta as atitudes dos alunos, sua rebeldia, alguns petulantes
ou prepotentes, como donos da verdade, outros desafiantes quanto ao seu poder e
seu conhecimento?”
Ultimamente, as questões têm sido
do tipo: – “como você aguenta ainda, depois de 35 anos de magistério, ter
paciência para ‘enfrentá-los’ em sala de aula, em vez de ir pra piscina,
tomando uma cervejinha, ir passear, morar numa praia ou viajar pelo mundo?”
“Por que você não deixa as preocupações
da sala de aula e vai curtir os prazeres da vida?”
Para essas perguntas posso
acrescentar sinceramente.
O que me dá imenso prazer, tanto
quanto as sugestões prazerosas mencionadas, é conhecer pessoas novas a cada
ano. Lembrando que, a cada período, mais de 100 alunos entram para seguir os mesmos
passos que nós percorremos ao longo de tantos anos.
Com outras perguntas, retorno às
questões do amigo preocupado, julgando infelicidade e chateação do mestre em
sua jornada.
– O que dá mais prazer a alguém do
que conhecer e conviver, ao longo de tantos anos, com pessoas alegres,
curiosas, animadas, cheias de sonhos, mas também de angústias?
– O que pode dar mais satisfação
do que acompanhar as gerações que se sucedem diante dos olhos e poder
acompanhar tão de perto o amadurecimento da moçada que chega com 18 anos e após
oito semestres segue seu caminho?
– O que pode dar mais alegria do
que sentir que você é importante na condução de pessoas em sua vida e em suas
carreiras num mundo cheio de incertezas?
Posso garantir, são centenas de
vantagens a serem expostas aqui, mas não quero falar demais.
Em minha bagagem de vida, tenho
milhares de histórias pra contar sobre a experiência maravilhosa de minha
carreira.
Sempre me empolguei pensando em
ensinar, desde o primeiro quadrinho negro com giz que ganhei de presente, um
dia lá com meus 7 aninhos, já sabendo escrever, e querendo brincar de
professora, em que eu assumia sempre o papel de mestra, colocando os amiguinhos
sentados pra aprender o que eu achava que devia ensinar a eles.
Se pudesse renascer, sem dúvida
nenhuma, escolheria seguir a mesma profissão, tendo pensado, na fase da minha
juventude, que não aceitaria ensinar nada a ninguém. Entretanto, tendo passado
por outros tipos de trabalho e amadurecimento, tudo acabou me reconduzindo à
minha vocação primeira.
Quem não está neste barco do
ensino por vocação e amor, não pode ter ideia de quanto é incrível ver o
resultado de seu trabalho. Não apenas ao longo e ao final dos quatro anos,
período que passa, a meu ver, num piscar de olhos.
Mais interessante, ainda, é poder
acompanhar de perto, ou mesmo de longe, os resultados de muitos que mantêm
contato virtual, graças à internet, além de algumas amizades presenciais sinceras
e despretensiosas.
Ninguém pode imaginar como tudo isso
é gostoso, uma felicidade difícil de explicar. Sem contar, visitas a agências
de publicidade ou participação de eventos da área, encontrando centenas de
ex-alunos, ocupando inúmeros postos de trabalho do setor ligados ao marketing
ou à comunicação.
Só pra citar um exemplo, recebi
de um aluno um livro indicado no tempo da faculdade (1995), ele hoje um diretor
de uma agência do interior de São Paulo com a seguinte mensagem:
-“Este é o meu exemplar do
‘Relatório Popcorn’ – adquirido ainda quando seu aluno – e que vem sendo utilizado
como a primeira leitura recomendada para todos que chegam à ‘Full Hand’, desde
o nosso primeiro dia de atividade. Gostaria que ficasse com você, em sinal de
gratidão à sua paciência, dedicação e estímulo. Denis. (obs. Temos outros aqui)”.
Aos Denis e a todos os Andrés e
Andréias, Adrianos e Adrianas, Carlos e Carlas, Caios, Lucas, Danilos,
Danielas, Fernandos, Gustavos, Rodrigos, Marcos, Enios, Enzos, Marias, Joões,
Pedros, Paulos e Paulas, Rebecas, Manuelas, Fábios, Fabianos e Fabianas,
Giovannis e Giovanas, Julianos e Julianas, Carolinas, Tiagos, Vitors e Vitórias…
e centenas de nomes, repetidos, ou inusitados (como o meu) gostaria de falar. Queria
dizer, pessoalmente, com muitos abraços e beijos, quanta gratidão eu sinto por
tudo de maravilhoso que me fizeram sentir durante tantos anos dessa minha vida,
realizando meu sonho infantil de instruir e ajudar pessoas a encontrarem seus
caminhos.
Vejo o tempo passar por meio
deles, em revezamento a cada quatro anos, como belas nuvens passando no céu
azul, jovens, belos e cheios de sonhos.
Pra concluir, devo agradecer a
Deus, pela emoção das recordações de tanta gente. Quanta responsabilidade ter a
incumbência de instruir e falar com tantas personalidades e, agora, poder
declarar meu grande amor por todos ou meus, eternamente, alunos e alunas do
coração.
Desculpem, se, o que afirmo a
seguir, possa parecer politicamente incorreto, deixo de lado esses melindres,
viver é se apaixonar, é fazer por paixão o que o universo nos designou como
missão. Mas me apaixono pelo que faço e, muito, pelos meus alunos e alunas, não
posso deixar de dizer isso e, também, que acho difícil esquecê-los.
Reencontrar ex-alunos, por aí, é
muito bom, é como retornar no tempo e sentir de novo e acrescentar novas
emoções, uma nova parte da nossa história. Sem exceção, todos se tornam nossos
filhos, “nossas crias”, como dizem outros professores felizes nesta profissão.
Precisa mais pra justificar a alegria imensa que é ser professor?
Trilhas para aprendizagem são apresentadas de muitas formas e, isto causa grandes mudanças durante a caminhada, entre as causas pessoais e sociais tanto do educando quanto do educador.
O espaço em que trabalhamos com educação deve ser considerado um templo de oração, e não um campo de concentração como temos visto já há algum tempo, nos transformando em agitadores de causas próprias e não comunicadores envolvidos com o outro que é o educando em questão.
Para o contato social dentro de um encontro aluno e professor, o valor da vivência prática e diária intenciona e proporciona trilhas variadas e isto só depende da cond (i) (u) ção em que percorremos a trilha. Por isso, todo o processo de uma Educação onde os interessados Educadores conhecem pensamentos Holísticos e, se estende aos confins configurados gerados pelo hábil Pensamento Antroposófico faz-se questionar, o quanto si mesmo se dá em interesse pelas suas vivências diante de si e do outro.
Toda dificuldade encontrada durante o processo de conhecimento do ser humano sabemos ser um quebra cabeça, que pode trilhar por variadas vertentes de acesso ao seu “EU” diante do outro que se espelha e, que nem se percebe espelhado.
O inimigo dentro do convívio educador e o educando pode estar em qualquer estação trilhada, e podemos chamá-lo narcisicamente de “Eg’ódio” um vírus que destrói os trilhos e corrói as plantas de nossos pés, num impedimento viral sem toques de afeto, sem harmonia, sem interesse, sem cuidados, mas, com tamanha obesidade virtual onde a Gula faz neste século XXI a maior das profecias:
“O TER VAI ETERNIZAR O SILÊNCIO DA ESSÊNCIA DE NOSSO SER”.
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