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Conceitos e pré-conceitos sobre atividade física

Gostaria de começar minha participação neste blog convidando as leitoras a deixarem de lado seus conceitos e pré-conceitos sobre atividade física e se lançarem em uma nova abordagem sobre o tema. Não falaremos simplesmente sobre os benefícios de sua prática na prevenção de inúmeras doenças, na melhora da autoestima e mobilidade de seus praticantes. Desnecessário, ainda, seria enaltecer a influência direta, que as atividades físicas exercem nas mais variadas formas, sobre os assuntos “Estética” e “Corpo Ideal”.

Tenho a firme convicção de que se exercitar faz parte da natureza humana. Desde o útero de nossas mães, já ensaiamos nossos primeiros chutes e reviravoltas! Ao sairmos de lá, iniciamos a complexa e genial orquestração de variados músculos para atenderem nossas mais prementes necessidades – que vão desde o ato de se alimentar até a fazer aquele escândalo quando somos contrariados, esperneando, chorando, batendo o pé firmemente no chão. Passamos nossos primeiros tenros anos tomando consciência de nossos corpos e de tudo que podemos fazer com ele. O mundo ao nosso redor fornece estímulos tão desconhecidos e intrigantes que nossa motivação para correr, pular, agachar, lançar, dançar, lutar e brincar é imensa. Nem nos damos conta de todo o volume, intensidade e esforço empregados em nossas ações! Já um pouco mais crescidos, somos engajados em atividades físicas estruturadas, enquadradas dentro de regras e formatos pré-definidos. Aprendemos os movimentos básicos de alguns esportes, danças e diversas brincadeiras universais, como o “pega-pega” e o “esconde-esconde”. Às vezes, já nos sentimos capazes para participarmos de competições e iniciarmos um período de especialização motora dentro de alguma atividade esportiva.

Quando chegamos à vida adulta, “perdemos” a memória de como era divertido e estimulante nos mexermos. Estamos com nossas energias e preocupações voltadas completamente para nosso desenvolvimento profissional ou familiar. Deixamos de lado nosso corpo que agora, praticamente, mais nos atrapalha que nos ajuda. É aquela calça que não serve mais, a blusa que deixa o braço gordo ou aquela distância enorme entre a vaga do estacionamento e a entrada do shopping. Por que ficou tão difícil usarmos mais do que nossa mente? Tornamo-nos dependentes de máquinas e comodidades, as quais em um primeiro olhar nos trazem mais facilidade e rapidez, mas que, no fundo e guardada a devida proporção, fazem-nos esquecer de como é revigorante e prazeroso usarmos nossos músculos e impor-nos desafios!

Convido as leitoras a voltarem a suas infâncias e juventudes e fazerem um exercício de memória cinestésica, recordando “fisicamente” alguns de seus momentos bem alegres, onde brincavam, corriam ou descobriam sensações novas através de rodopios, cambalhotas, saltos ou travessuras!

É totalmente possível e factível – mesmo em nossa fase adulta – sentirmos alegria na prática de atividades físicas e, assim, desfrutarmos dos mais variados benefícios delas advindos. Sejamos felizes nos movimentado!!

 

 paula
Paula Regina Cerdá Soares – Bacharel em Educação (Unicamp/SP). Especialização em Treinamento Esportivo e Personal Training. Atuo na área de treinamento e atividade física há mais de 15 anos, sempre objetivando a melhora da saúde e inteligência corporal de meus alunos. Adoro os esportes e a interação com o meio-ambiente que eles nos proporcionam. Música, línguas e cinema fazem parte das atividades que me divertem.
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