Temos uma grande contradição,
o problema nunca foi a causa pequena,
focamos nas causas de maior dimensão,
mas o pequeno nos levou à quarentena.
Quase perdemos o nosso rumo,
igual barco à deriva,
como fica o consumo,
na restrição à nossa vida?
Como tudo tem várias perspectivas,
começam logo as iniciativas,
mãe, pai, filho e filha,
juntos no almoço de família.
Que boa chance para nos unir,
mas sempre tem a diferença,
vi que a briga não compensa,
pois não tem para onde fugir.
A casa em ordem é rotina,
se lava até poltrona e cortina,
mas dá vontade de bater “asa”,
com todo esse trabalho de uma casa.
Quem já morou num apartamento,
conhece a brisa do vento,
mas como alivia o “stress”,
um palmo de terra para os pés.
Na casa se vê mais defeitos,
pedreiros deram aqueles jeitos,
até casais apontam (entre si) manias,
que antes sumiam na dinâmica dos dias.
Olhando todos os dias pela janela,
vemos que a natureza está mais bela,
mas ainda não vamos pra galera,
assim nos conformamos sozinhos,
pois assim também vivem os vizinhos.
Acostumados a pisar fundo,
agora o limite é a esquina,
diferencial será a disciplina,
para continuarmos bem neste mundo.