Parece não ter nada, mas pra quem trabalha com criação na verdade é aí, no canvas branco que temos tudo. O paradoxo diário entre o nada aparente e o tudo de possibilidades, ideias, objetivos, esforço, dedicação, inspiração, transpiração, exposição, alegria, medo, erros e acertos. Nasci querendo ser artista, e entre tintas e canetinhas fui parar em agência, webcompany, produtora, agência de novo… e o canvas branco sempre, sempre esteve e está por aí. Tem dias que esse tudo do nada dá uma ansiedade, outros momentos uma euforia, e as vezes dá medo também… seja pra fazer algo pessoal ou uma campanha… transformar as ideias que estão no ar ou em você em algo palpável e que se comunique com os outros é todo dia um desafio diferente… precisamos pegar um pouquinho de alma pra dar a liga e fazer a coisa aparecer nesse canvas… Portanto trabalhar com criação é estar sujeito a se sentir pessoalmente rejeitado a cada tudo não aceito… Mas o estranho mesmo, é que quem nasceu pra isso, não sabe viver de outra maneira, entre aceitações e rejeições, entre glórias e outras nem tanto, entre o amor e o ódio… entre o tudo e o nada nós nos tornamos o próprio canvas… e nele vamos desenhando nossa história.