Um?! Difícil escolha… são tantos “amigos”, “amores”, tantas “viagens”, mundos explorados… tantas descobertas, sonhos sonhados numa página.
Sempre o mais atual é o que me marca porque quando estou com um livro que me prende é como se um portal se abrisse e eu passo a fazer parte daquela narrativa… respiro junto em traços de tinta e as palavras fluem pelas minhas veias… mergulho nas páginas, as letras se movem….
Desde Proust à Paulo Coelho… de clássicos à comerciais… o que me encanta são os personagens, a linguagem fluída, a possibilidade de conhecer mil mundos sem ao menos sair do lugar.
Um livro que me marcou foi “A menina que roubava livros”… numa realidade de guerra, onde a dor e caos estavam por todos os lados (qualquer semelhança não é mera coincidência) os livros proporcionavam a fuga necessária para se manter a sanidade… Mas não foi isso que me marcou…
Me apaixonei pela Morte nessa bela narrativa.
Não, não é necessário que se preocupem, pois essa paixão não é daquelas que me fizeram flertar com ela ou colocar minha vida em risco… muito pelo contrário.
Me apaixonei pela figura representada da Morte que não tinha prazer nenhum em levar àqueles que os vivos tinham feito chegar até ela… apenas realizava seu trabalho. Uma figura simples e ao mesmo tempo complexa que se permitiu ter compaixão num determinado momento, mesmo contra toda a sua essência.
Em meio ao caos, que a gente continue tendo refúgios e, que a gente consiga ser mais flexível mesmo que uma vez na vida.