Sinto-me lisonjeado ao ser convidado a relatar sobre um livro que me marcou, tarefa que me excita ao me lembrar de qual, visto que são inúmeros, no sentido do encantamento quanto a conteúdo, como também por ter contribuído no meu autoconhecimento, como todo excelente livro.
Leitura é um dos meus hobbies preferidos e eu a tenho como o nutriente da alma.
Vieram-me à mente vários livros, fiz uma viagem ao tempo, lembrando-me desde a coleção de Monteiro Lobato, o Sítio do Pica-Pau Amarelo, passando pelos técnicos da época da faculdade de Psicologia e da Pós-Graduação.
Poderia citar inúmeras obras, porém cito A Arte de Amar, de Erich Fromm, que, como o título sugere, amar é uma arte e como tal requer conhecimento e prática, desmistificando o conceito de amar como sinônimo de paixão, confusão esta aceita e reforçada pela nossa sociedade.
Coloca o amar como qualquer outra arte, mencionando os vários tipos de amor e diferenciando o amar dito saudável do neurótico.
É encantador, coloca o amor como resposta mais completa ao problema da existência humana, e sugerindo a maneira de obtê-lo e conservá-lo.
Na introdução já há um indicativo desta jornada quando menciona o Filósofo Grego Paracelso: quem nada conhece, nada ama. Quem nada pode fazer, nada compreende. Quem nada compreende, nada vale, mas quem compreende também ama, observa, vê. Quanto mais amor houver inerente em uma coisa, tanto maior o amor. Aquele que acredita que todos os frutos amadurecem ao mesmo tempo como as cerejas, nada sabe a respeito das uvas.
Em suma, ler é uma viagem, um passeio as profundezas do ser, do Self, permeado por uma infindável imaginação.