Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os idosos são o grupo populacional de maior risco para o suicídio, que é 47% maior que no restante da população. Pessoas acima de 60 anos morrem a cada ano em decorrência de suicídio, aproximadamente 1.200 no Brasil.
Apesar dessa informação, este fenômeno ainda recebe pouca atenção das autoridades da área de saúde pública. A prioridade são os grupos mais jovens tanto nas ações preventivas, como nas ações informativas e de comunicações.
Setembro é o mês da campanha SETEMBRO AMARELO (que visa conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento) e não poderíamos deixar de tocar nesse assunto dentro da série ENVELHECER.
Foi realizado “um estudo (Os dados são do artigo “Suicídio em idosos: um estudo epidemiológico”, de pesquisadoras da Escola de Enfermagem (EE) da USP, publicado em 2021) que analisou a incidência de suicídio dos brasileiros com 60 anos ou mais e os meios utilizados entre 2012 e 2016, buscando olhar para a saúde mental do idoso para além dos problemas orgânicos mais conhecidos que atingem essa população, como o Alzheimer e a demência.”
Mas por que os idosos se suicidam?
Na maior parte das vezes está associado a falta de uma rede de apoio para lidar com a depressão, adoecimentos físicos, mentais, fatores sociais como perdas, aposentadoria e queda no padrão de vida, e ainda, luto pela perda progressiva de companheiros, filhos e amigos e as limitações físicas características dessa fase da vida, tudo isso são fatores de risco que levam ao suícidio.
Uma das “medidas de prevenção ao suicídio recomendadas pelo estudo é a capacitação e o treinamento dos profissionais de saúde, em especial os não especialistas em saúde mental, e também dos professores e profissionais da mídia para a divulgação segura de informações e a conscientização do público.“
Vale ressaltar que a qualidade dos afetos e a rede de apoio são fundamentais para que o idoso não seja isolado, abandonado e pouco cuidado. Amar é a chave para esse cuidar, estar próximo, interagir e trazer as alegrias do tempo presente para a vida do idoso, fazendo com que ele sinta que é parte e não que está a margem.
Como já disse Drummond: “amar se aprende amando”. Todo ser humano que sente amado com mais alegrias que dores quer VIVER.
Fonte de informação: aun.webhostusp.sti.usp.br
OBS.: Os texto entre aspas e na letra itálicas foram tirados na integralidade do artigo original.