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A indústria pornô do lado de fora

Uma vez eu li sobre atrizes pornô que relataram uma série de cenas lamentáveis que passavam por de trás das câmeras nos filmes que atuavam. Não estou falando de clichê Emanuelle, estou falando desses filmes que você vê até o que não precisa. A indústria pornô tem crescido em  disparada pós pandemia. As pessoas buscam os sites de forma ativa e por isso eles têm crescido de forma gritante ao ponto de mudarem a forma de um ser humano se relacionar com o outro.

Ao longo de anos a busca por mulheres submissas é algo que predomina nas plataformas. A galera da ala masculina se interessa muito em saber o quanto você mulher aguenta para satisfazer ele, macho. Não é a toa que a maioria dos jovens transam e se decepcionam pois acham que vão encontrar a Mia Khalifa e se deparam com a Sandy. (brincadeiras à parte), atrizes como essa que citei no começo, são só algumas que tem tido a coragem de se expor e escancarar os bastidores. 

Não há tesão. Há dinheiro, há muitos hematomas e nada, nada mesmo de glamour. Mesmo assim o público sádico e masculino que alimenta essas empresas são os mesmos que riem de uma atriz quando ela está vestida e relatando algo sério. 

Lembram da vez em que a própria Mia disse ter gravado cenas em que precisava de muito preparo físico pois antes da transa fake já havia sentido muita dor para conseguir levar o take até o fim? Isso já foi o suficiente para ela ser alvo de chacota entre homens, porém para uma mulher isso é assustador pois se assemelha ao estupro. Isso é real e muito sério.

Mas vejo uma ponta de luz em um futuro melhor ao saber que essas mesmas mulheres inspiram e dão forças para que outras se levantem e se mostrem mulheres comuns e normais também. É preciso força, apoio e paciência. O movimento é lento mas nunca ineficaz. Parece que estamos no caminho.

Gi Gonçalves – Bela Urbana, mãe, mulher e profissional. Acredita na igualdade social e luta por um mundo onde as mulheres conheçam o seu próprio valor. 
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