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AQUELA ESTRADA – CAPÍTULO 3

Olhou novamente o seu dedo, a marca do anel ainda forte e parecendo permanente, como a marca que havia em seu coração, mesmo distante, todas as lembranças ainda eram muito vivas em sua mente.

Entrou no restaurante, ofegante e contente, pensando que poderia realmente fazer diferente, brilhar diferente, sentir diferente tudo que se pode ter. O cheiro de mar nas suas narinas e o vento em seus cabelos a fez sorrir como nunca.

De frente, o dono do restaurante não conseguiu esconder o brilho em seu olhar, ficou simplesmente ali, parado olhando-a entrar, como em um filme, o tempo também ousou parar, sorridente e sem graça ela perguntou sobre a placa.

-Sim, estamos contratando, adoraria tê-la! Desculpe, adoraria tê-la trabalhando aqui conosco! Mais um sorriso, mais um olhar! – Os detalhes podemos conversar, você gostaria de jantar?

Ela pensou, não acreditando no que acontecia, havia por tanto tempo se sentido feia, e agora era notada, era bonita, era querida! Sim, gostaria de jantar! Ele, homem forte, cabelos ondulados e uma voz que fazia o seu corpo tremer, como não querer.

Foi então naquela tarde, onde o sol se punha como uma poesia sem fim, que ela conhecia quem gostaria, sentiu seu sangue ferver, sentiu a felicidade da vida renascer.

-Muito prazer! Disse ele sorrindo no jantar.

– Já nos conhecemos no restaurante. Sorridente respondeu sem pensar!

– Mas é diferente, não pude deixar de notar a sua beleza ao entrar!

– Fico encabulada, você quer parar, por favor.

Risos e vinho fizeram aquele momento ser único, lindo, perfeito, sem nenhuma dor ou nó no peito, era tudo que ela queria ter! Depois de algum tempo, o vinho, o mar, o novo e um calor gigantesco, ele ousou sentar-se ao lado dela!

O que ele está fazendo, pensou tremula! Será que estou pronta, não sou ingênua! Eu quero e ele quer, Meu Deus que dilema!

O que devo fazer?

VEJA AMANHÃ NO CAPÍTULO 4

A história AQUELA ESTRADA é uma história escrita por 07 autores – Liliane Messias, Macarena Lobos, André Araújo, Crido Santos, Gil Guzzo, Maria Nazareth Dias Coelho e Adriana Chebabi. O capítulo de hoje foi escrito por André Araújo.

André Araújo – Belo Urbano. Homem em construção. Romântico por natureza e apaixonado por Belas Urbanas. Formado em Sistemas, mas que tem a poesia no coração. Sorriso de menino. Sempre irá encher os olhos de água ao ver uma Bela Mulher sorrindo.
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AQUELA ESTRADA – CAPÍTULO 2

O escuro da estrada lhe trazia medo, os faróis contrários, a realidade. A vida foi passando como num filme, suspirava se enchendo de AR e de coragem.

Vieram lágrimas, palavras desconexas foram ditas em voz alta… assim como músicas cantadas aos berros.

Horas de estrada lhe trouxeram o cansaço e a realidade lhe bateu forte. Agora dona dos seus passos, se sentia livre e indecisa. Escolher um lugar para dormir, escolher o que comer, para onde ir, agora em suas mãos.

Um hotelzinho de beira de estrada com jeito simples de casa do interior, foi sua escolha.

Luz fraca, cheiro de mato. Cama limpa, água fresca. Era tudo o que precisava, amanhã pensaria o que fazer.

Acordou no susto, era real.

Sentia agora o cheiro pouco familiar de um quarto estranho, barulhos lá fora traziam algo que não queria lidar. Neste momento, nem bom dia queria dar.

Era isso então, banho gelado, roupas limpas e seguir caminho.

Resolveu no café traçar um plano, assustada que estava com suas últimas atitudes.

Teria que olhar com cuidado as novas possibilidades e o mais sensato, seria alugar um quarto e se estabelecer, talvez.

A outra possibilidade hotel em hotel, nada lhe agradava.

A busca foi cansativa, mais uma vez o medo, mas também veio junto a ousadia.

Resolvido, quarto na praia. Traçou a rota, chegou a noite.

Foi recebida pela dona da casa, senhora arrastando chinelos.

Manhã seguinte, tentou logo se inteirar do que se fazia naquela Vila.

Arriscou e perguntou a senhora dona da casa, se seria fácil arranjar algum trabalho.

Resolveu contar quase nada de sua vida.

De pronto a resposta, o restaurante da esquina precisava de gente pra trabalhar.

Então é isso que lhe espera?

VEJA AMANHÃ NO CAPÍTULO 3

A história AQUELA ESTRADA é uma história escrita por 07 autores – Liliane Messias, Macarena Lobos, André Araújo, Crido Santos, Gil Guzzo, Maria Nazareth Dias Coelho e Adriana Chebabi. O capítulo de hoje foi escrito por Maria Nazareth Dias Coelho.

Maria Nazareth Dias Coelho – Bela Urbana. Jornalista de formação. Mãe e avó. É chef de cozinha e faz diários, escreve crônicas. Divide seu tempo morando um pouco no Brasil e na Escócia. Viaja pra outros lugares quando consigo e sempre com pouca grana e caminhar e limpar os lugares e uma das suas missões.
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AQUELA ESTRADA – CAPÍTULO 1

Naquele dia ela tirou o anel. Olhou no espelho, respirou fundo e puxou o anel com força do dedo. Não precisou de água nem sabão, saiu de uma vez só em uma puxada forte, mas deixou uma marca ali… uma hora essa marca sai, pensou.

Se fez bonita, bem bonita, como há muito não ousava. Tem uma música do Chico que fala isso… ” então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar…”. A música vinha na sua mente. Resolveu colocar também um vestido que estava guardado fazia tempo, lhe caia muito bem, fez isso, se sentiu bonita.

Cabelo solto, maquiagem no rosto, pele clara, sentiu falta do banho de sol que também há muito não tomava, mas mesmo assim estava bonita. Regou suas plantas, conversou com elas, falou que estava ansiosa… ela sempre fazia isso de conversar com as plantas, deu boa noite para todas, trancou a porta da sala e desceu o elevador, que antes de descer, subiu até o décimo primeiro, só porque estava ansiosa o tempo estava em descompasso com o seu tempo e sua ansiedade aumentava.

A chamada do décimo primeiro foi em vão, ninguém desceu junto, ufa, não precisava de ninguém naquele momento com ela, apesar de ser sempre simpática e receptiva com as pessoas, naquele momento, não estava dando conta dos macaquinhos no seu sótão, é assim que a expressão diz, não é?

Ufa, novamente, térreo. Acelerou o passo antes que desistisse. Nunca tinha feito aquilo. Em outros momentos chegou a julgar e condenar, mas a lição dos últimos 14 meses era justamente essa, não julgue, não condene, não seja a rainha da verdade absoluta. Essa lição já tinha vindo em sua vida em outros tempos, em vários outros tempos… mas ela, até agora, não tinha ainda aprendido, apesar de tentar todas as vezes.

Lições são assim quando não são aprendidas, voltam e voltam em um grau maior para ver se desta vez entram na alma.

E por falar em alma, naquele momento a sua flutuava, mas os pés firmes seguiram para seu carro, dirigir era uma liberdade, gostava de dirigir sozinha, gostava de dirigir a noite, gostava de dirigir em estradas e foi o que fez, pegou aquela estrada de novo.

Pra onde ía?

VEJA AMANHÃ NO CAPÍTULO 2

A história AQUELA ESTRADA é uma história escrita por 07 autores – Liliane Messias, Macarena Lobos, André Araújo, Crido Santos, Gil Guzzo, Maria Nazareth Dias Coelho e Adriana Chebabi. O capítulo de hoje foi escrito por Adriana Chebabi.

Adriana Chebabi  – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa.
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Fragmentos de um diário – 33 – Poeira ao vento

20 de julho, 14h27, inverno. Hoje resolvi abrir as janelas.

Deixei fechada para não entrar poeiras, para o vento não bagunçar meus enfeites, para não ser surpreendida pelas folhas da árvore na minha sala que chegam com a janela aberta.

Me disseram que janelas fechadas dão menos trabalho. Nunca questionei se eu queria mesmo menos trabalho. Só aceitei e fechei as janelas.

Hoje, precisamente agora, olhei todas fechadas. Me senti além de confinada na casa, na alma. Olhei para frente e vi janela fechada. Olhei para dentro da alma e me dei conta de que a poeira é vida, que as folhas brincam com meu humor e que o vento se faz vivo ao derrubar meus enfeites.

Abri as janelas com pressa para que vento entrasse bem rápido e bagunçasse além dos enfeites, meus cabelos. Para que eu movimentasse e aquecesse meu corpo com a entrada do sol, sem o filtro do vidro. Para que eu percebesse as folhas secas, que assim como a vida, voam com o vento.

Janela aberta. Alma escancarada.

Giza Luiza – 51 anos – dia 20 de julho

Adriana Chebabi  – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa . 

A personagem Giza Luiza do “Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza
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Uma carta de amor

Mudanças são engraçadas, olhando um pouco para traz, teve momentos na minha vida que tudo estava de pernas para o ar, como se eu tivesse me perdido no caminho, muitas vezes!

Mas, agora, parece tão legal o momento que estou vivendo, não digo politicamente e nem sobre a economia do país, mas por algum motivo as coisas estão no lugar, como um passeio de final de tarde, na feirinha da praia , com picolé na mão, legal!

Eu vivi uma busca por alguém, ou talvez por mim, sem entender o porque não encontrava, aí me dedicava ao trabalho, que por algum motivo também não ia, risos, eu acho que estava bem “Tabajara” mesmo!

Mas agora não, parece que a busca acabou, parece que “você” me encontrou e estou feliz, estou planejando e curtindo planejar, estou tentando aprender ser leve, e curtindo também ser leve, estou aprendendo a escrever, com muitos medos de não conseguir, mas já entendendo que errar é parte do aprendizado e tudo bem.

Me sinto no final de uma comédia romântica, onde tudo está se colocando no lugar.

Você me faz feliz, com 47 anos, me sinto com 13, como se estivesse com a primeira namorada, sei que temos muitos desafios pela frente, coisas de adulto, que não dá para fugir, mas agora, como garoto, só penso em ser feliz e fazer você feliz, é bom pra caramba amar você!

E depois de amanhã, quando tudo já estiver no lugar, mudança pronta, café na mesa, quero olhar para você e falar “Que delícia o processo”, estes são os nossos primeiros sonhos, conquistados com carinho e amor !

Amo muito você !

André Araújo – Belo Urbano. Homem em construção. Romântico por natureza e apaixonado por Belas Urbanas. Formado em Sistemas, mas que tem a poesia no coração. 46 anos de idade, com um sorriso de menino. Sempre irá encher os olhos de água ao ver uma Bela Mulher sorrindo
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Saudades…

Saudades de quando o tempo era leve
Os amores breves
Os sorrisos fáceis

Saudades do que fui
Do que planejei ser
Do que me tornei, mas não sou mais

Saudades…

sem idades

sem liberdades

sem cidades

Saudades de não ter saudades…

Adriana Chebabi e Adriana Rebouças – Belas Urbanas. De colegas na época da faculdade a amigas na fase atual da vida. As afinidades vão além do mesmo nome, estão nos pensamentos, na percepção e colocação nesse mundo, as conversas voam longe e se traduzem em lindas expressões artísticas, seja nos versos ou nos sabores. A vida é um presente e reconhecer pessoas com a mesma sintonia é algo melhor ainda.

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Vamos jogar?

Sem querer e de forma engraçada fui convidado a brincar;

Não foi jogo de bola, nem jogo de esconde-esconde, foi jogo de escrever;

Ela disse que eu jogasse, para ela ler, depois ela devolvia e eu tinha que entender;

Eita, como gosta de brincar, me lembra a minha infância, sei que vou amar!

Esse jogo de escrever é fácil jogar sozinha como jogo de paciência, mas ele topou o desafio…

Jogar junto com as palavras é como jogos de time, não é esconde-esconde ou polícia e ladrão.

Tem que ser time, pra ganhar junto, pra chegar no fim e o resultado ser o melhor.

E o melhor resultado é sempre aquele que toca seu coração.

Adriana Chebabi e André Araújo – Bela e Belo Urbano. Se encontraram no mundo dos textos, através de uma resposta do André ao texto de uma amiga em comum publicado aqui no Belas Urbanas, Adriana gostou tanto daquela resposta que convidou ele para publicar e de lá para cá já foram muitos outros publicados. Escrever é uma grande paixão de ambos, onde se identificam nesse mundo das letras que abre as portas da alma e da mente.

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O tempo…

Há quanto tempo!

Pois é… mas ando sem tempo!

Entendo, mas o tempo voa né?

Sim, mas parece uma eternidade que não te vejo…

Não te vejo ou não me vejo?

Na loja assustei, quando me vi no espelho do caixa

Pensei, por que essa mulher me olha assim?

Eu me olhava e não me reconhecia… Você não era mais eu e o tempo foi desculpa.

Simara M. Bittar e Adriana Chebabi Belas Urbanas. Amigas. Estudaram juntas por mais de 10 anos, da infância até terminarem o ginásio, atual fundamental 2. Se reencontraram nos 40 anos pelas mídias sociais, depois nos encontros presenciais com os amigos da escola. A amizade só cresceu, se encontram nos versos, nos textos, nos sonhos, nas opiniões, nem sempre iguais, mas com os corações abertos e com muito respeito e bem querer para aprenderem uma com a outra. Adoram as velhas e boas conversas por telefone, onde nunca falta deliciosas gargalhadas.

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Estranhos…

Os estranhos se encontram onde tudo pode. Me deseje sorte!

Os estranhos enlouquecem as mentes certas. Talvez erradas.

O que é certo? E o errado… apenas diferente.

Afinal… nas diferenças somos todos iguais.

Mas buscamos espelhos.

Narcisistas que só acham belo o igual.

Fora de moda, fora do tempo, fora da caixa, são o fora do fora do fora.

E estando tão fora, não percebem que estão dentro. Estranhos…

Macarena Lobos e Adriana Chebabi – Belas Urbanas, amigas desde a faculdade, uma mora em Niterói (RJ), a outra em Campinas (SP), publicitárias, a arte mora nas duas em diversas formas, e pra quem diz que não tem tempo para os amigos, elas dão um belo exemplo, se falam quase todos os dias tomando juntas virtualmente café da manhã e assunto não falta, das gargalhadas as lágrimas.
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Menopausa

Meno pausa

Menos pausa

Menos

Pausa

Meno male

Menopausa

Mulher não pausa

Pulsa

Daniella Andreoli e Adriana Chebabi – Belas Urbanas, amigas desde os primeiros anos da adolescência, fizeram esse poema em uma troca de mensagens brincando, sem pretensão, mas trazendo uma reflexão sobre o tema Menopausa e quebrando o receio de falar sobre o assunto, ainda existe tabu e preconceito contra o envelhecimento, principalmente o da mulher, mas envelher é viver e é a melhor opção que existe :). Que sejamos por hoje eternas adolescentes cinquentonas.