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Os nossos super-heróis

Ontem, fui.

Amanhã, serei.

Mas quem eu sou?

Bom…. essa é a grande pergunta, aquele tipo que é impossível de responder, mas um bom lugar para começar é refletirmos em “como me tornei quem eu sou?” e assim entendendo a vida que vivemos até chegar aqui.

Nas amizades que formamos.

Nas escolhas que tomamos.

E acima de tudo, nas pessoas que estiveram do nosso lado desde o começo.

Nossos pais.

O ser extraordinário e único que nos esculpiu. Que nos dá a mão quando caímos e nos ensina a viver, amar, sonhar e acima de tudo a entender o mundo em nossa volta e tomar as escolhas certas no caminho duro e belo que é a vida.

É ele que nos vê nos altos e baixos, nas frustrações e satisfações, nas conquistas e derrotas.

Quando eu era menor, sempre pensava no meu pai como o melhor do mundo, o inalcançável e inatingível. Mas ao crescer, entendi que as coisas não são tão preto e branco como pareciam.

Agora eu percebi que quem eu via como super-humano é na verdade só humano, que acerta e erra, assim aprendendo com os erros. Mas o maior super poder do mundo não é estar acima nunca errando, mas sim ao lado, apoiando quando puder, corrigindo quando necessário e ajudando no possível e impossível. Nunca desistindo de você, mesmo quando até você desiste de si próprio. Isso sim é o o que faz pai ser pai.

Aquele que atende e ensina. E mesmo depois das brigas, das discussões, aceita as desculpas, as diferenças e singularidades e aceita enfrentar o mundo por você, com você.

O dia dos pais, não é um dia para um único tipo de pai, mas sim para todos que batalham duro para dar um futuro as suas crianças, os que estão ao lado, os que partiram, as mães que são pais, os pais que são mães pois todos nos fizeram ser como nós somos.

Assim eu respondo minha pergunta, descobrindo que eu me tornei quem sou pelo meu pai que me ensinou a me aceitar e aceitar o próximo, a expressar minhas ideias e a traçar meu próprio caminho para o destino de um sonho grande que é viver a vida!

Karen Rosas – Bela Urbana, garota estudante do ensino médio, 15 anos, simpática e curiosa, que adora uma boa discussão, expressar suas ideias e se envolver com o mundo e sua sociedade. Ama uma boa competição e jogar videogame, mas além de tudo cuidar de quem ama.
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Vejo muito de você em mim

Sobre as letras e os Livros, sobre a religião com uma forma muito peculiar de ser;
Nunca fomos muito amigos, tivemos nossas dificuldades em nos entender;
Mas quando olho no espelho, vejo muito de você em mim;
Talvez isso me alegre, afinal, será que aprendi alguma coisa?

São frequentes os críticos pensamentos para com você;
Em muitos momentos, entendi que talvez fosse melhor não ter;
Mas pensamentos não são definidos por nós, eles tendem a acontecer;
São muitas recordações, algumas boas outras ruins, complicado de se escolher;

Sempre vi você ali, talvez mais perto ou mais longe do que queria;
Estava lá, com Livros e Religião, um distúrbio, uma criança tentando acertar;
Nunca ri direito das suas piadas, nunca conseguimos harmonizar nossas conversas;
Ou eu me adequo, ou tudo se encerra.

Mas de um tempo para cá algo mudou, senti uma certa necessidade de me aproximar;
De ser um pouco mais tolerante, de talvez o aceitar ou me aceitar;
Ainda não somos melhores amigos, mas ainda acredito que isso irá mudar;
Já olho para você com outros olhos, sem me preocupar em enfrentar;

O tempo passou e me pego nos livros que vi você ler;
Nossas religiões são diferentes, mas da para comparar;
Somos mesmo pai e filho, isso não dá para negar;
Talvez um pouco na aparência ou na forma de falar;

Em fim, esta chegando o seu dia, dia de comemorar, dia dos pais, dia para se pensar;
Espero neste tempo de vida, que passei ao seu lado a caminhar, que tenha sentido orgulho de mim, isso faria eu me orgulhar;
Sei que não fui o melhor filho, mas nunca tentei me afastar;
Se brigamos algumas vezes, é porque sempre estou a me importar;

Pai espero que desculpe a minha forma grosseira de falar;
Te amo e desejo um lindo dia, destes para se lembrar;
Feliz dia dos pais meu velho, meu companheiro;
Espero ter conseguido te Honrar.

André Araújo – Belo Urbano. Homem em construção. Romântico por natureza e apaixonado por Belas Urbanas. Formado em Sistemas, mas que tem a poesia no coração. 46 anos de idade, com um sorriso de menino. Sempre irá encher os olhos de água ao ver uma Bela Mulher sorrindo.
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ERA UMA VEZ MEU PAI…

Uma história passa a ser um conto, quando se encontra repleta de causos constantes na vida de uma família, seja ela de qualquer tempo de vida.
Quando nascemos, já viramos a história da família que nos comporta. Então, lá vamos nós como uma máquina agindo naquele tempo.
Tempo leia-se Vida!
Meu pai João Firmino Neves nasceu em 1901, em 19 de outubro… e viajou para a Lua, assim como disse para a querida vizinha Clementina, antes de seu falecimento, de que só morreria pós a Chegada do Homem na Lua (acontecida em 20 julho 1969) … E meu pai, viu o Homem pisar na Lua… e no dia seguinte 21 julho 1969, faleceu! A conversa com Deus, foi positiva!
E a amiga dona Clementina, avó de minha afilhada Paulinha nos contou a prosa dele com ela no dia anterior. Um “causo” assim o declamo, esses causos ficam para um sempre!
Lembranças de meu Herói João Neves, assim foi conhecido…
Foi durante muitos anos Caminhoneiro, Benzedor/Rezador, Policial Civil (Investigador 1ªDelegacia Campinas/SP/Brasil).

CURIOSIDADES:
EDUCAÇÃO E CULTURA
Poliglota na percepção do entender e da fala – Inglês, francês, japonês, italiano, espanhol, um pouco de alemão e árabe, e o que mais orgulho tinha um PORTUGUÊS impecável.
Como? Sentia pela Vida o maior enlaço, e ele abraçava os seus AGORAS, e sempre dizia, que o aprender Joaninha (apelido carinhoso que ele me deu) só tem lógica, quando somos capacitados para vivenciá-la. E sendo meu Pai um Caminhoneiro viajou o Brasil todo, e foi aprendendo a se comunicar com as pessoas que tinha contato, para se entender e ser entendido. Eu o considerava um ABUSO! Ele se lambuzava em suas estradas pessoais e interpessoais! Gostava muito de ler… e me estimulava demais à leitura, e a compreensão de metáforas! Estudava muito sobre o Comportamento dos seres vivos, o que ajudou muito a ser um Investigador de Excelência.

AMIZADES

Foi muito querido pelas crianças e adultos, vizinhos ou não, e sempre era uma festa encontrá-lo!
Como fui filha única, meu pai abriu a nossa casa para primos e primas de longe, afim de morar em casa, para fazer-me companhia tendo uma vivência normal de estudo.
A Joaninha não podia crescer sem ter ninguém ao lado… Ele proferia:
– Nenhum homem é uma ilha.
Para ele meu pai, o mimo fazia mal e solidão também.
Ele tinha tantos amigos, que nem que pensem como isso se dava, não entenderão… As noites de final de semana, na casa da Vila Nova/Rua Carolina Florence/ o caminho para Barão Geraldo, nós éramos embalados pelo som de Guarânias, Amigos paraguaios, que até o instrumento Harpa levavam… Não jogávamos água não… saíamos de dentro da casa e ficávamos no jardim (Guarânia é um estilo musical de origem paraguaia, em andamento lento, geralmente em tom menor. Foi criada em Assunção pelo músico José Asunción Flores, em 1925).

SENSIBILIDADE E PERCEPÇÃO
De notável diferença a sua percepção da vida, dentro de si mesmo e ao arredor. Me confiava de que um Ser Humano precisa se acertar, antes de proclamar ser o Mestre Salvador da Pátria!
Me treinava com seu olhar, e podem começar a dar risada, eu sou ele…
Um adendo:
A minha mãe toda social, tímida, preocupada com o que somos e o que vêm, ficava uma fera quando saíamos juntos… Pois, eu e meu pai ríamos alto e sem parar, diante de qualquer coisinha, mesmo nossas, aliás eu aprendi com ele a rir de mim. A maior herança que me deixou foi o BOM HUMOR!
Ele amava carros antigos, quando faleceu tínhamos um modelo Oldsmobile (Oldsmobile foi uma marca de veículos descontinuada pela General Motors em 2004).
Ele usava chapéu “Panamá” e ternos de linho, gravatas e sapatos notadamente engraxados, pelos engraxates da cidade.
Ele nos levava, eu e mamãe ao Restaurante Rosário, toda semana.
E toda semana, eu e minha mãe esperávamos a sua volta do trabalho, que era árduo como Investigador da Polícia Civil, com sanduiches dos bares Giovannetti ou do Eden Bar.
Ele me presenteou com o Livro O Diário de Anne Frank/1958 quando me formei no primário e tinha 09 anos, para que eu conhecesse o’utro lado do meu mundo!
Vocês entendem o valor disso na educação?
Um detalhe, aos meus 06 anos de idade estava no primeiro ano do grupo escolar “Dona Castorina Cavalheiro” (morava na Rua Barata Ribeiro) quando a Diretora chamou meus pais logo na segunda semana de aulas.
Foi um ohhhhh!
Em casa, e meu pai disse:
-Joaninha o que está acontecendo?
E lá foram conversar, e eles ficaram exultantes, a filha pequenina deles, estava atrapalhando a sala, já estava alfabetizada, e não poderia ficar mais na sala. Meu pai teve um infarto…
Mentira… Estavam lá para credibilizar a minha ida direta ao segundo ano!
Meu pai disse, ao sairmos para a minha mãe:
-Zilda, não estamos errando.
Uma das metáforas mais importantes que ele me ensinou:
Joaninha, a Oportunidade só tem cabelo na frente, atrás ela é careca!
Nunca duvidei disso, pois hoje aos 7.3 anos de vivências, sei e sou muito ainda de meu Pai João Neves.
Viveu durante quase 68 anos… nasceu em 1901/outubro/19 e faleceu 1969/julho/21.
Eu tinha 21 anos de idade!
E EU ESTOU FELIZ PARA SEMPRE!
FIM

Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.
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Ser pai

Sempre ouvi durante minha vida, que ser pai era uma experiência transformadora, única e que a vida nunca mais seria a mesma. Todas essas palavras ao invés de me incentivar, acabaram me assustando.

Não queria toda essa responsabilidade nos meus ombros. Seria uma vida dependendo totalmente de mim. Queria viajar, sair, me divertir e não abrir mão da minha liberdade. E fiz isso. Viajei muito, aproveitei bastante os eventos, shows, festas e me diverti como nunca.

Então a pandemia chegou e nos deixou presos. Tivemos prioridades mudadas, insegurança sendo geradas e incertezas sobre o que aconteceria. Um momento que tirei para reflexões e uma delas foi sobre a paternidade. Apesar de toda a vontade de não perder minha liberdade, eu tinha curiosidade de saber como seria ter um filho nos meus braços. Eu amava estar com meus sobrinhos, brincar com eles, cuidar deles, por que seria diferente com um filho? Resolvi encarar o desafio.

Me preparei psicologicamente durante a gestação, busquei informações, curti a gravidez ao máximo e no dia do nascimento, dentro daquela sala de parto, algo mágico aconteceu. Um serzinho, com pouco mais de 45 centímetros, virou meu mundo de cabeça para baixo. Eu chorava junto com ele. Foi algo surreal. Senti uma conexão imediata com meu filho. Cortei umbigo, levei para pesar, fiquei com a marca do pé dele no meu braço, observei os exames e o trouxe para mamar pela primeira vez.

Hoje com 3 meses, participo de praticamente tudo no seu dia a dia. Vibro com cada som emitido quando converso com ele. Quase choro com cada sorriso e me apaixono cada vez mais quando ele me olha. Não imagino minha vida sem meu filho e não quero nada diferente para mim.

Bem, acho que hoje posso dizer que amo ser pai! Papai te ama, Benjamin. 

Rodrigo Gianni – Belo urbano, webdesigner e empreendedor. Viciado em videogame, jogos de tabuleiro, no Flamengo e na Disney. Pai do Benjamin, marido da Naila e dono do Bruce e do Bart.
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MEU PAI

Não posso dizer nada diferente do que se resume meu pai: AMOR, com tudo que de verdade isso significa, na sua amplitude, além de lhe atribuir todos os adjetivos incríveis que um ser humano pode carregar.

Quanto a nós…

Nossos momentos são únicos, nosso amor é só nosso, e até o nosso silêncio se completa. E assim seguimos, juntos, do nosso jeito, tomando nosso café da tarde, assistindo um filme, lendo um bom livro, trocando informações, conhecimentos, aprendizagens. Eu o levo ao médico, depois é a vez dele me levar; na cozinha, que ele comanda como ninguém, fico só admirando sua sagacidade ao elaborar alguma nova receita; nas obras aqui em casa, sempre juntos nos aventurando; em Assis e Alfenas, e outros tantos lugares, quantos momentos especiais!

O cuidado que sempre teve comigo é ímpar, e espero estar retribuindo da melhor maneira, mas acredito que temos essa troca, e quero seguir assim, de mãos dadas, com essa energia e força.

E ainda dizem que somos parecidos… Ah, que honra!

E quando imaginei ter desfrutado totalmente desse amor, especial em sua essência, eis que ele transbordou, e meu pai se tornou o melhor avô, provando ser capaz de ir além em sua entrega. Como é lindo vê-lo exercer esse papel!

O tempo passa e a gratidão é o que habita em mim numa crescente, por tê-lo junto comigo, com a nossa família, e ser esse exemplo de dignidade, honestidade, altruísmo, amor…

Que orgulho poder chamá-lo de MEU PAI!

Simara Bussiol Manfrinatti Bittar – Bela Urbana, pedagoga, revisora, escritora e conselheira de direitos humanos. Ama o universo da leitura e escrita. Comida japonesa faz parte dos seus melhores momentos gastronômicos. Aventuras nas alturas são as suas preferidas, mas o melhor são as boas risadas com os filhos, família e amigos.
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Dia da Visita

Eu vou louvar a vida de meu pai,
Numa canção assim bonita,
E tenho certeza que ela vai,
Trazer ao mundo mais amor.

Quando teve terra, era roceiro.
Foi jardineiro, beato e pedreiro
Ele já foi gerente sábio, padeiro,
Balconista, caixa e cacheiro.

Já alugou casa, vendeu carro,
Vendia Dollar, se virou investidor.
Patrão ou empregado assalariado,
Sem passar, fome sempre trabalhou.

Foi Motorista, camelô
Faxineiro e doutor
E agora aos setenta
Aposenta, por favor!

Crido Santos – Belo urbano, designer e professor. Acredita que o saber e o sorriso são como um mel mágico que se multiplica ao se dividir, que adoça os sentidos e a vida. Adora a liberdade, a amizade, a gentileza, as viagens, os sabores, a música e o novo. Autor do blog Os Piores Poemas do Mundo e co-autor do livro O Corrosivo Coletivo.
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Parle-vous français?

Bom, mês de julho sempre foi o mês das férias, e dessa vez eu decidi que faria algo de produtivo!

Tentei não pensar em como eu estaria enganando a mim mesma pois nós todas já passamos pela mesma promessa em vazio: “estudarei mais”, “farei dieta e academia”, “não vou me importar com a opnião dos outros!” e muitas outras. Mas dessa vez eu estava determinada, comprometida!

Coloquei minha bandana e comecei a imaginar tudo que eu poderia fazer e quando eu falo tudo, eu quero dizer tudo mesmo! Desde aprender a cozinhar até escalar uma montanha! Decidi então diminuir a lista que ficou com tocar piano, fazer uma fantasia, terminar aquele videogame que está meses parado e fazer aula de francês, língua obrigatória para quem quer seguir no curso de diplomacia e relações internacionais como é meu sonho!

No primeiro dia de férias eu estava no pique! Comecei o curso de francês online, fiz até uma apresentação de powerpoint e já estava com ideias para a fantasia. Acontece que os dias foram passando e a única coisa que continuou foi a bendita aula de francês, e o negócio de fazer aula de idioma estrangeiro é que é difícil não desistir porque em todas as etapas, desde querer começar até começar de fato e continuar estudando, tem aquela vozinha traiçoeira falando pra gente dormir e esquecer das responsabilidades. Não é fácil não!

No começo, eu acertava duas palavras pra errar dez. Ouvia uma, duas, três, cinco vezes os vídeos de cada aula e ainda não entendia – as frustrações eram grandes. Mas com ajuda de minha família que sempre estava do meu lado, eu não desisti e mantive em média quatro aulas por dia, cinco dias por semana.

E não é que o tempo passou?

E agora na última semana de férias, eu consigo ler, ouvir e até falar um pouco do bendito idioma!

E pensando nesse progresso eu percebi que ele foi resultado de todos os dias que eu acordava às oito da manhã e encarava o dia e seus desafios não como um fardo, mas sim, como uma oportunidade de fazer, tentar e imaginar.

Lembrei de meu coordenador da escola sempre falava sobre “a felicidade de um dever cumprido”, e eu como todos os meus colegas achava que isso era só papo de professor querendo que aluno estude. Mas com tempo passando eu refleti mais nessa frase e seus significados, pensei em todas as vezes que eu estudei até tarde pra depois tirar aquela nota dez almejada por todos, ou quando mesmo que você passe o dia inteiro ocupada, na cama, você pensa em tudo de produtivo que fez, todos os problemas que resolveu, todas as oportunidades que você tomou.  Vai me dizer que não é uma sensação maravilhosa?

Por isso eu não poderia estar mais feliz comigo mesma de ter continuado e não desistido.

Hoje foi a aula de francês, amanhã pode ser aquela amizade cultivada há anos, aquele pulo de confiança que você deu lá atrás, ou até mesmo aquela vez que você não ficou com medo e pediu desculpas para quem você ama. Isso sim que faz a vida valer a pena de viver!

N’abandonne jamais te rêves!

Karen Rosas – Bela Urbana, garota estudante do ensino médio, 15 anos, simpática e curiosa, que adora uma boa discussão, expressar suas ideias e se envolver com o mundo e sua sociedade. Ama uma boa competição e jogar videogame, mas além de tudo cuidar de quem ama.
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O Rei

Quando vem o sol…

Vem o dia.

Vem uma nova chance de fazer algo de bom. 

Ele chega e clareia tudo ao seu redor… até mesmo os pensamentos. 

Ajuda nas decisões.

Repõe as energias e mostra saídas. 

O sol é o REI.

Sou grata a ele. 

Aquece, cuida, salva vidas. 

O sol vira energia e é a sobrevivência humana.

Ele cura.

Fonte de vida.

Mas ele também é o símbolo da oportunidade.

Da nova chance. Do novo dia pra viver. 

Ah sol….Você é REI mas anjo também. 

Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche:  Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria “
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O romper da linha

O romper da linha de nylon que segura as miçangas causa de repente uma tremenda dor,
O barulho desumano de cada miçanga que cai no chão rasga meu coração, faz tremer meus sentidos,
Mesmo distante e sem ação pude sentir, ouvir e não acreditar no que estava acontecendo,
Sem entender pude tremer na responsabilidade do branco que pesa um tanto com o passar do tempo.

Ainda atordoado pude ouvir de longe a voz que me disse “o Recado Esta Dado”;
Ponderei acreditando fazer tudo correto, é fato que eu estava enganado.;
Olhei para luz acesa que fazia chorar a parafina que descia lentamente como minhas lágrimas;
Meu coração em pedaços, agora envolto ao pano branco me fez sentir ainda mais só;

Ao questionar minha dúvida, de dor, rancor, fraqueza e falta de entendimento, ouvi a voz suave que me disse de um recomeço;
Diante de tantos que já passei na minha vida, me pergunto se está é minha sina, sempre ter que recomeçar;
Perdido, distante, triste e quase invisível, estou novamente na beira da estrada que me consome e que não some, só consome cada pedaço meu;
Não estou só porque tenho uma multidão comigo, mas envergonhado, porque tenho uma multidão comigo;

Caíram junto com as miçangas, minha dignidade, parte do meu coração;
Tenho medo de que caia também minha coragem e eu desista dessa emoção;
Já sem esperança do amor, se perder este pedaço de fé, o que será de mim?;
Se perder o que me resta, não me resta mais nada além de tentar recomeçar, de novo.

Se no que digo sou sincero, se busco sempre a razão, se repudio a mentira, como consigo ser tão distante da verdade em meu coração?
A razão insiste em seguir em frente, movendo a mente, tentando ser o que não é.
A emoção me mostra que tão distante está o meu coração, que o que amo jamais poderá ser o que se quer;
Se insistir no coração vou destruir a razão, me perder na solidão e esquecer todo caminho do meu ser.

André Araújo – Belo Urbano. Homem em construção. Romântico por natureza e apaixonado por Belas Urbanas. Formado em Sistemas, mas que tem a poesia no coração. 46 anos de idade, com um sorriso de menino. Sempre irá encher os olhos de água ao ver uma Bela Mulher sorrindo.
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Devaneios pandêmicos

Já escrevo para o blog há um tempo, mas ultimamente ando meio sumida…

Minha cabeça anda a mil, meu corpo em velocidade negativa…pelo menos é assim que me sinto.

Todos os dias levanto com um monte de ideias, mas o foco, cadê?

Não é assim como se eu não estivesse sendo produtiva… faço todos meus deveres normalmente, não estou deixando de entregar nada daquilo que é necessário, mas é isso, o necessário e pronto.

Parece que entrei no modo sobrevivência e não consigo sair dele.

Está estranho, desconfortável e ao mesmo tempo como se não fosse eu… parece que estou vivendo num tempo apartado do tempo… Será que dá para entender?

Minhas emoções andam à flor da pele.

A paciência… ah, a paciência se esvaiu pelos dedos.

Ando travando uma guerra nem tão santa entre a vontade de tacar um foda-se e a consciência de que todos, ou quase, estão vivendo no limite e por tanto é necessário segurar minha onda.

Não sei você, caro leitor, mas tenho tido muito mais oscilações de humor que o normal… quero muito acreditar que vamos tirar uma lição disso tudo, mas no momento tá bem difícil.

O que me resta é viver um dia de cada vez na esperança que a tempestade que se fez dentro de mim passe e dê lugar a um belo arco-íris.

Adriana Rebouças – Bela Urbana, formada em Publicidade. Cursou gastronomia no IGA – São José dos Campos. Publicitária de formação e Chef por paixão. Sócia do restaurante EnRaizAr em São José do Campos – SP.

Foto Adriana: Taine Cardoso Fotografia