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A vida!

57 anos de vida !
20 anos de estudos !
37 anos de trabalho !
20 anos que sou pai !
30 anos fui casado !

Vivi todos estes dias como se fossem os últimos.
Amei a primeira vez como se fosse o único.
Aprendi todos estes dias como se fossem os últimos.
Compartilhei todos estes dias como se fossem os últimos.
Me Relacionei todos estes dias como se fossem eternos.

O que faz o tempo passar e você acreditar na vida são os relacionamentos que você construiu e a intensidade com que você viveu tudo.

Através deles você tem as alegrias, as tristezas, o crescimento e, principalmente, o seu tempo dedicado às pessoas.

Relacionar-se e viver intensamente é sentir que a sua vida valeu cada minuto.

Antônio Pompílio Junior – Belo Urbano. Graduado em Análise de sistemas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas . Pós-graduado em Gestão de Empresas pela UNICAMP e MBA Gerenciamento de Projetos E-Business pela FGV-RJ . Adora esportes, viagens e luta pela liberdade da vida e pelo amor das pessoas.
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Feliz dia novo!

O dia começa a clarear e eu vou amanhecendo com ele.

Na casa pequena onde me acomodo agora, os pássaros acordam a mesma hora e os cachorros vêm para junto da porta aos primeiros movimentos da casa.

Água com vinagre de maçã, hábito antigo, mingau de aveia com leites vegetais, hábito recente. Varro as folhas caídas à noite, troco de roupa e sigo para caminhada quase sempre a mesma hora.

Quando a lama não me deixa andar pelas ruas que me levam às matas, me dirijo à praia.

Primeira caminhada, recolho o lixo deixado nas areias; abaixo e levanto várias vezes, mesmo sabendo que o exercício não está tão correto assim. Mergulho. A segunda, volto a caminhar por areias limpas.

Olhares de espanto, admiração, estranhamento. Sim, sou essa mulher de 60 anos, cabelos brancos, corpo marcado e muita vontade que me impulsiona.

Às vezes me parabenizam, mas pouco dou atenção, faço por mim, não preciso de aplausos.

Viajo algumas vezes, países ricos, outras culturas, mas em todo lugar esse é meu movimento.

Hoje retornei às minhas origens, Brasil, quanta sujeira, quanto descaso, pobreza, consumismo, desigualdade, desordem, desgoverno. Gastei quase todos os adjetivos com D.

Todos se assustaram com um ano atípico, todos esperando uma solução para normalizar(?) a vida. Meses depois, o que encontro nas ruas é o reflexo desse povo que não entendeu ainda. O povo está a espera de um milagre.

Será que aprendemos alguma coisa?

Já faz tempo que sou ecochata, não mato bichos, cato lixo nas ruas, reformo móveis, compro em brechós. Faço muito pouco. Gostaria de contribuir mais.

Eduquei 3 filhos com esse pensamento minimalista, valorizar o simples. Eles me acham desapegada demais.

Queria ter mais crenças, admiro as pessoas que têm. Mas não está em mim.

Sempre fui assim, desde os 11 anos, onde descobri a morte.

Minha reza é minha atitude.

Meus mantras vão do Funk ao canto de Umbanda.

Acendo velas; acho-as lindas.

Acendo incensos; adoro o perfume.

Cultuo o som das águas do mar e dos rios, o canto dos pássaros, a voz dos animais.

Sigo a minha intuição, adoro fazer minha comida, arrumar uma mesa com capricho. Ouço todo tipo de música. Dou bom dia a todos que passam por mim. Falo com todos sem conhecer, sigo os meus passos hoje, que ainda posso seguir!

Feliz Dia Novo!

Maria Nazareth Dias Coelho – Bela Urbana. Jornalista de formação. Mãe e avó. É chef de cozinha e faz diários, escreve crônicas. Divide seu tempo morando um pouco no Brasil e na Escócia. Viaja pra outros lugares quando consigo e sempre com pouca grana e caminhar e limpar os lugares e uma das suas missões.
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Seja feliz em 2021!

2020 que ano de longas jornadas
Tempos estranhos e comemorações inusitadas…
Nesse Natal e Final de Ano, dores represadas…
Mas, muitas situações devem ser comemoradas.

Psicanalisando os dois eventos,
De fora para dentro tive acontecimentos…
E com todos eles fui assim reconhecendo:
Reconheço que estamos vivos, mas a morte existe….
Reconheço que nossos pais nos trouxeram a vida…
Reconheço que a gratidão a eles deve ser sentida…
Reconheço minha realidade e minhas verdades…
Reconheço propagandas “passando paninho”…
Reconheço minha existência e um difícil caminho.

Em 2021 um novo ano e novo destino…
Essa a única evidência desse destinatário…
Que muitos me fizeram parecer otário…
Mas, como disse Ele: “ em verdade…”
Aposto em ser feliz nas amizades.

Amizades existem diante de:
Interesses sinceros e comuns….
Comprometimento em realizar algo…
Responsabilidade em finalizar o que prometeu…
Respeito e confiança um nos outros…
Não há rima, apenas credibilidade.

E para finalizar, mais essa verdade:
É claro que de você sinto saudades…
Vivo com medos, mas sem “enganos”…
Em mar de desejos quero ir navegando….
Esse ano não será para qualquer um,
Assim, seja feliz em dois mil e vinte e um!

L.C. Bocatto– Belo Urbano. Diretor do Instituto IFEM – Instituto da Família Empresária
Criador da Ferramenta de Análise Científica Individual e Familiar. Formações – Mestre em Comunicação e Mercado, MBA em Controladoria, Contador, Psicanalista Terapeuta com foco em famílias e indivíduo com problemas Econômicos (perda de riquezas) e Financeiros (saldos negativos de caixa)
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Por que esperamos tanto por 2021?

2020 chegou em sua reta final e o sentimento que paira no ar dessa última semana é um misto de alívio e esperança. Alívio por terminar um ano tão intenso e esperança de que 2021 seja melhor (ou menos pior).

Mas por que esperamos tanto por 2021?

Bom, 2020 realmente foi um ano atípico. A nova década que começou com o possível estopim da Terceira Guerra Mundial termina com a conjunção de Júpiter e Saturno e a aproximação da Era de Aquário. Ninguém entende ao certo o que isso significa, mas não deixa de ser uma boa recompensa. É como ser criança e ganhar um brinquedo de presente de Natal do Papai Noel por ter se comportado bem durante o ano. Você não sabe exatamente o quê fez pra ganhar aquilo, mas sabe que merece.

A verdade é que tá todo mundo exausto. Exausto não, exaurido. 2020 definitivamente não foi um ano comum. Quem poderia imaginar que passaríamos 2/3 do ano em quarentena? Parece que finalmente conseguimos emendar o Carnaval com o Natal, mas não da forma como gostaríamos.

Esses 366 dias foram meio arrastados mesmo e parece uma grande ironia justo esse ano ter sido bissexto. Pelo menos o dia a mais foi em fevereiro, que teve Carnaval.

Mas é como diz o ditado: não há mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe. 2020 já está acabando. Só falta aquele último fôlego que tomamos para dar algumas braçadas até chegar do outro lado do rio.

E do outro lado do rio está 2021, desconhecido e misterioso. São mais 365 dias de esperança. Há quem diga que são mais 365 oportunidades de fazer tudo diferente e mudar o rumo da sua vida, mas isso no fundo não importa.

O que importa é que o sentimento é de renovação. Parece que quando o relógio vira de 23h59 para 00h00 uma magia acontece e todos os problemas ficam para trás, dando espaço para novos sentimentos. Jogamos fora um caderno velho todo rabiscado e pegamos uma nova folha em branco.

Mas a verdade é que sempre levamos os escritos do antigo caderno com a gente, mesmo sem querer. Afinal, tudo nessa vida é cumulativo.

Chegou a hora de (re)começar e dessa vez temos muitos aprendizados para pôr em prática. O tal do “novo normal” pode ser tudo, menos normal. É por isso que esse termo incomoda tanto. Assim como tudo na vida, leva muito tempo para naturalizar novos hábitos, ainda mais quando não temos opção de escolha.

Mas se tem uma característica que devemos valorizar da espécie humana é a nossa capacidade de adaptação. Isso ninguém tira de nós. Arrisco dizer que se nos adaptamos é porque temos fé de que as coisas vão melhorar.

E talvez esse seja meu principal e singelo pedido para 2021: que tenhamos fé para nos adaptar a toda e qualquer adversidade.

Amanda Souza – Belas Urbana. Formada em Letras pela Unicamp, amante da sétima arte e apaixonada por música. Feminista convicta, não dispensa uma boa conversa (de preferência com uma boa cerveja) e viajar. Já deu aula, fez estágio em bibliotecas, trabalhou com vendas e atualmente atua como analista de atendimento ao cliente.
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O que realmente importa

O Natal é uma época de se valorizar o que se tem. E de sonhar por mais.
É uma época de amar, de se inspirar, de se amar. De ajudar uns aos outros.
É uma época de rever valores e de perceber o que realmente importa.

Então mesmo que estejamos no meio do maior caos, do medo, da indecisão, da incerteza. Mesmo com tanta tragédia acontecendo.
Mesmo que não possamos passar o tempo com quem a gente gostaria.
Ou que não possamos viajar pro destino que sonhamos o ano todo.
O Natal é mais que tradições.
É hora de relembrar essas coisas que importam, mesmo que sozinhos e confusos.

Temos que perceber que se estamos em casa.
Com saúde, com uma pessoa com quem nos importamos.
Com comida na mesa.
Mesmo que pareça o momento menos propício do mundo de se comemorar qualquer coisa.
É aí que sabemos o quanto a gente, na verdade, precisa comemorar, sim.

Giulia Giacomello Pompilio – Bela Urbana, estudante de engenharia mecânica da UNICAMP, participa de grupos ativistas e feministas da faculdade, como o Engenheiras que Resistem. Fluente em 4 idiomas. Gosta de escrever poemas, contos e textos curtos, jogar tênis, aprender novos instrumentos e dançar sapateado. Foi premiada em olimpíadas e concursos nacionais e internacionais de matemática, programação, astronomia e física, além de ter um prêmio em uma simulação oficial da ONU.
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2020 Com vida e com muitas mudanças

“Então é Natal, e o que você fez? O ano termina e nasce outra vez”; quem não conhece essa famosa canção que segue sendo hit até hoje? Um clássico atemporal frequentemente tocado em festas de final de ano, para muitos remete a um balanço do ano, a fechamento de ciclos a planos elaborados e conquistados, a outros postergados e aqueles que não se realizaram, ao mesmo tempo pode trazer um sentimento de urgência para o próximo ciclo, se não foi em 2020 então será em 2021, muitos questionamentos surgem: O que mudarei? O que eu quero de verdade? Vou tomar quais decisões? Certamente os finais de ciclo tradicionalmente são marcados pela dualidade do que foi e do que será, de tristezas e alegrias, independentemente das religiões e seus rituais e símbolos, as festas que encerram esse ano para muitos seguramente serão atípicas, desnecessário mencionar a razão.

Que seja esse o texto das saudades que sentimos de nos aglomerar sem máscara e sem receio, de sentir o cheirinho de nossos queridos bem de perto, de abraçá-los e beijá-los bem apertado como antes, de viajar para ver o mar em dezembro, de quando sentíamos medo de algumas coisas mas agora temos muito mais, de ter que controlar essa ansiedade desenfreada que as vezes sufoca o peito com pensamentos inconvenientes, que seja o texto também dos pequenos e grandes agradecimentos, em 2020 tantos tiveram perdas, muitas  irreparáveis e outras milhares de ínfimas perdas: pequenos confortos ,hábitos, agradáveis passatempos, em pouco tempo o mundo mudou e pouco se pôde fazer para conter essa cascata de desagradáveis novidades, conviver com a sensação de impotência, máscara, distanciamento e álcool gel viraram rotina obrigatória.

2020 têm sido um ano com muitos desafios, muitas perguntas sem respostas disponíveis e lógicas, muito sofrimento, ao mesmo tempo vimos generosidade, solidariedade, amor, esforço contínuo de profissionais de saúde extremamente dedicados, cientistas se superando em sua busca por conhecimento na luta contra o vírus, vimos o mundo lutando por um ideal comum e isso de alguma maneira faz com que apesar dos reveses tenha-se fé e esperança na humanidade e na vida, foi um ano de intensivo aprendizado.

Que nesse período que antecede o próximo ano, possamos escolher agradecer mais do que nos queixar, focar no que se tem e não na falta, agradecer cada minuto de vida com as nossas pessoas preferidas, respirar profundamente e seguir com fé independentemente da religião, buscar uma maneira mais tranquila de lidar com as incertezas e o caos ao redor, quer seja aromaterapia, meditação, yoga, leitura, cozinhar, terapia, ouvir música, voluntariar, escrita, observação de pássaros, flores, do mar, da lua e do sol, assistir séries e filmes favoritos, jardinagem e uma infinidade de opções, acima de tudo que possamos querer ter menos razão e mais ação, parar de achar que a esperança está apenas em uma vacina e abrir os olhos para a realidade e nosso comportamento do dia de hoje, da vida que acontece nesse minuto e fazer a nossa parte com responsabilidade, amar com intensidade, se possível doar, buscar a humildade em nossas interações com outros seres humanos, perdoar depressa, olhar mais nos olhos e menos nas telas e mais do que apenas querer ser feliz que possamos também querer que outros sejam felizes, que não nos esqueçamos que todos somos irmãos em nossas dores e falhas e que não importa quão diferente sejamos, estamos unidos em nossa humanidade, de acordo a pesquisadores da Universidade da Califórnia através da análise de DNA todos os seres humanos vivos na atualidade são descendentes da Eva mitocondrial que viveu na África a cerca de 200 mil anos, se tivermos essa consciência podemos assim tocar com delicadeza a vida do outro e assim quiçá o mundo se cure, se aprimore um pouquinho a cada dia no nosso microcosmo e assim reverbere no universo. Mais do que todos meus objetivos e planos para o próximo ano essa é a minha prece. Amém!

Um 2021 com muita vida e esperança para todos!

Eliane Ibrahim – Bela Urbana, administradora, professora de Inglês, mãe de duas, esposa, feminista, ama cozinhar, ler, viajar e conversar longamente e profundamente sobre a vida com os amigos do peito, apaixonada pela “Disciplina Positiva” na educação das crianças, praticante e entusiasta da Comunicação não-violenta (CNV) e do perdão.
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Esperança para a vida severina

No texto poético “Morte e vida severina”, o escritor João Cabral de Melo Neto narra a história de um sertanejo, retratado como “Severino”, que deixa sua terra natal por causa da seca. O retirante sai em busca de vida, sai em busca de algo que lhe dê esperança. 

Na caminhada encontra um lugar de boa vegetação e trabalho. Por um momento, o cidadão pensa ter encontrado o que tanto buscava. No entanto, ele se depara com a morte de um dos trabalhadores e as marcas registradas no sofrimento de quem lá vive se aflora de tal forma que o retirante percebe que aquele não é o lugar que ele tanto buscava. Então, ele decidi continuar sua jornada em busca de esperança.

O sertanejo desejoso por vida chega até a capital e se choca com as mazelas do centro urbano. A condição de sobrevivência sub-humana continua e com isso o Severino fica totalmente desesperançado. Todavia, algo promissor acontece: o nascimento de uma criança. 

No final do texto, o Severino conversa com um carpinteiro sobre a descrença na vida. Sabiamente, o carpinteiro respondeu que “defender a vida em palavras é difícil, pra não dizer impossível”. O Severino pergunta: “Vale a pena viver?”. O carpinteiro diz que resposta para essa pergunta é dada pelo próprio espetáculo da vida, não importando se o espetáculo será o nascimento de mais um ser para viver essa vida severina. E “não há melhor resposta que o espetáculo da vida”. 

O poema “Morte e vida severina” foi escrito em 1950. 

Vida severina – vida sofrida.

O ano de 2020 apresentou um sofrimento a todos nós e escancarou a fragilidade da existência humana. Não saímos de casa, literalmente. Em compensação, figuradamente, saímos em busca de algo interior. Vasculhamos memórias. Rememoramos muitos momentos e nos questionamos como o Severino.

A minha resposta para 2020 é:

O movimento da vida faz a gente incessantemente buscar “vida” e não apenas “existência”. 

O nascimento renova a esperança e anuncia uma boa-nova.

Que não nos falte a esperança … porque um menino nasceu. É natal!

 Feliz Natal!

Miriam Camelo de Assis – Bela Urbana, alguém sendo constantemente reformada pelas palavras. Formada em administração e letras. É professora de língua portuguesa por profissão e paixão. Ama artesanato e uma boa conversa.
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Natal um encontro com a esperança

Natal uma festa cristã carregada de significados. Nesta data somos convidados a experimentar, na intimidade de nossos lares, um momento especial entre familiares e amigos. E assim compartilhar afetos e gestos que nos remeta a vivências como a comunhão, fraternidade e pertencimento.

O Natal promove a oportunidade de rever valores, relevar divergências e
construir pontes que nos unam. É quando pisamos no chão da humildade que, podemos reconhecer que somos seres humanos limitados, buscando evoluir de alguma forma. Às vezes escolhemos caminhos tortuosos, a fim de chegar em algum lugar de paz e encontro. No entanto de modo equivocado nos ferimos, bem como a outros, com quem poderíamos fazer trocas significativas.

O Natal em sua origem carrega a mensagem de boas novas, ou seja, o
menino, Jesus, nasce como resposta de Deus ao sofrimento humano. Jesus, o Deus encarnado experimenta em sua trajetória, as dores humanas, identifica- se com aqueles, cuja, a dignidade fora violada.

É interessante observar que, Jesus, se oferece como sacrifício vivo e de amor na cruz por todos os seres humanos inclusive seus malfeitores. Sendo assim como Deus, escolhe o caminho do amor em sua potência máxima.
Torna-se um grande farol a nos guiar e através de sua imensa compaixão com as misérias humanas, nos deixa um caminho aberto para reconciliação entre realidades diversas e aparentemente contraditórias.

Ele é uma síntese perfeita na qual a vida sempre recomeça. A ressureição
acontece a cada dia. Basta observarmos os ciclos da natureza, onde uma
estação termina para dar lugar a outra, a noite gentilmente recebe o
amanhecer e, a tempestade cessa para que o dia brilhe ainda mais.

E assim em um movimento de expansão da vida acontece. Neste ano de 2020, diferentemente de outros, vivenciamos uma tempestade provocada pela presença do coronavírus; tão pequeno, porém tão ameaçador a manutenção vida.

A princípio nos recolhemos dentro de nossas casas. O sentimento de
impotência nos atingiu e, nos sentimos como que, arrastados por uma
tempestade. Desequilibramos, caímos e levantamos. Um caos instalou se e
percebemos que estruturas as quais, nos apegávamos se fragilizaram.

Fomos forçados a nos distanciar uns dos outros, limitando assim em muito o nosso convívio social. Em geral o nosso tempo com familiares tornou-se maior e as relações se intensificaram. A vida pareceu ter encolhido, nos sentimos sufocados e, mais do que nunca a nossa alma clamou por liberdade e expansão.

Não imaginávamos que bem precioso que experimentávamos ao exercer a
liberdade de nossas escolhas, cair nossos próprios tombos e nos reerguer construindo o nosso próprio caminho. Sentimos falta de gestos
simples como abraçar, beijar, sorrir, gargalhar etc…. A satisfação de nos
encontrar com amigos e familiares para, trocar confidências ou mesmo jogar conversa fora. Respirar ar puro, contemplar a natureza que tanto nos ensina sobre a vida.

Apesar de tantas privações descobrimos que há um mundo vastos a ser
explorado tanto para fora como para dentro de nós. Tivemos que enfrentar
muitos fantasmas externos e internos. Nos esforçamos para que o nosso
desejo pela vida prevalecesse e ressignificamos a nossa dor a transformando em força a favor da continuidade da vida.

Descobrimos que não estamos sozinhos e que, podemos contar com
instrumentos tecnológicos e redes de apoio para nos manter próximos mesmo que a distância. A humanidade mais do que nunca se percebeu interligada.

Nos unimos para cuidar dos feridos e, estamos utilizando as adversidades
como matéria prima para a criação de novos caminhos e assim a vida vai
retomando seu seu fluxo.

Faltam poucos dias para o Natal e diferentemente de outros anos, pessoas queridas podem não estar presentes. No entanto aprendemos algo novo, ou seja, a presença também se faz na ausência, pois para o amor não há distância. E a vida sempre acontece para aqueles para que sonham com dias melhores. E reconhecem que os intervalos e as pausas da vida, apenas fazem com que o reencontro, seja, um momento de intensa alegria, de modo que tudo tenha valido a pena.

Podemos então concluir que, o nascimento e a vida de Jesus, sacrificada na cruz, nos disponibilizou uma fonte de amor acessível a todos. A cruz simboliza na sua forma horizontal e vertical um lugar onde a nossa humanidade pode se encontrar e, quando isso acontece somos remetidos a lugares mais elevados.

E assim podemos perceber que os processos da vida, se organizam de modo
a cooperarem na direção do aperfeiçoamento do amor. Pontes são estendidas fora e dentro de nós e a vida se faz novamente.

Não conseguimos controlar o que nos acontece, mas conseguimos ter a
liberdade de escolher como vivenciar a experiência.

Feliz Natal a todos os amantes pela vida.

Maria das Graças Guedes de Carvalho – Bela Urbana. Psicologa clinica. Ama a vida e suas dádivas como ser mãe, cuidar de pessoas e visitar o Mar.
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Conselhos da Madame Zoraide – 20 – Peru de Natal

Natal é dia de comer peru.

Hum que coisa boa um peru! Bonito, forte para você se deliciar, coma bem devagar, saboreando, apreciando…

Mas…. e quem é vegano? E quem não tem peru?

Consulentes, Consulentes…. é verdade que o peru não dá para todos, o peru não é para todos, o peru não agrada a todos e as perguntas não param de chegar para eu responder para vocês.

Ficam me perguntando o que fazer sem peru? O que pode substituí-lo? Por que tem que ser peru? O que fazer se não gostam? E tantas outras perguntas, mas a resposta é só uma.

Saboreie o que tiver na mesa, não é só o peru que existe e não diga que nada tem, você tem sim, até a falta do ter. O que pode fazer? Ah, Consulentes aí é com vocês, sempre existe dois caminhos a seguir.

Feliz Natal! Lanço aqui a campanha, “Pelo direito de comer um peru, vegano ou não!”

Até a próxima.

Madame Zoraide – Bela Urbana, nascida no início da década de 80, vinda de Vênus. Começou  atendendo pelo telefone, atingiu o sucesso absoluto, mas foi reprimida por forças maiores, tempos depois começou a fazer mapas astrais e estudar signos e numerologias, sempre soube tudo do presente, do passado, do futuro e dos cantos de qualquer lugar. É irônica,
é sabida e é loira. Seu slogan é:
” Madame Zoraide sabe tudo”. Atende pela sua página no facebook @madamezoraide. Se é um personagem? Só a criadora sabe 

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E o que é o Natal?

Ela nunca gostou de Natal. O que todo mundo sempre achou feliz e cheio de esperança, para ela era deprimente e sem sentido.

Andando pela rua, ela começou a pensar qual o verdadeiro valor e significado de tudo aquilo…

Para quem é religioso simboliza o nascimento de Jesus. Para quem tem esperança é o começo de algo novo. Para quem gosta de festa é mais um motivo para juntar a família e os amigos e comemorar.

Mas o que era o Natal pra ela?

Por muitas vezes foi festa, casa cheia de gente, todo mundo dançando e dando risada. Por muitas vezes foi dor, passando no hospital e sem saber se ia ficar tudo bem. Mas uma certeza ela tinha, sempre foi família.

Se as coisas estavam boas ou não, se era uma data de choro ou de risada, sempre foi família. E por mais que essa data até hoje não seja sua favorita do ano, ela sabe que se sentirá em casa, porque passará mais esse momento em família.

Ela olha ao redor e vê as luzes piscando pela cidade e não consegue colocar em ordem a bagunça de sentimentos que se passa dentro dela.

Inspira, expira o ar e segue caminhando, tendo a certeza de que mesmo não importando o motivo, Natal é amor!

Juliana Manfrinatti Bittar – Bela Urbana. Bióloga. Gestora empresarial em formação. Apaixonada por livros, se arrisca às vezes na escrita. Tem como um dos objetivos de vida conhecer todas as maiores e mais bonitas bibliotecas e livrarias do mundo.