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Conectada

A internet, um lugar perigoso, mas ao mesmo tempo vasto e misterioso. Não conseguimos falar ou descobrir tudo que a internet e as redes sociais nos proporcionam mas nem sempre são coisas boas, tanto o vício como as pessoas mal intencionadas são bons exemplos de fatores que a própria internet não consegue controlar, depende de você, suas ações e da comunidade ao seu redor.

As redes sociais são grande parte da vida de milhões de pessoas, não importa a idade, idosos, adolescentes, adultos ou crianças estão mais conectados a cada dia. Se você entrar em qualquer rede social todas as faixas etárias são vistas fazendo seus interesses e expressando seus pensamentos, e eu não sou diferente, como com milhões de pessoas a internet faz parte do meu dia a dia, minhas redes sociais estão abertas 24h por dia, mas como não estariam? Tudo que acontece no mundo vai para a internet, não tem como ficar de fora.

Eu consigo admitir que sou um pouco viciada com as redes sociais. Não ao extremo, mas muitas coisas da minha vida estão na internet, eu gosto de falar minha opinião e dividir o que eu faço com quem estiver disposto a ver ou escutar. Consigo ficar sem meu celular por um bom tempo, consigo me desconectar, mas chega uma hora que vem um sentimento de saudade e curiosidade com o que está acontecendo com o mundo.

Minha geração é mais conectada e a dependência a internet é inevitável e eu não acho que isso vai mudar futuramente, mas o nosso papel é não esquecer que o contato físico é tão importante e a internet nunca irá substituir.

Ana Beatriz Qualha De Paula Bela Urbana. Estudante do primeiro ano do ensino médio. Modelo. Ama dançar, já fez mais de 10 anos de ballet.

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Digitando…

Bom, o tema é o impacto dos App em nossa vida…

Impossível falar disso sem comentar o recém lançado documentário da Netflix “Dilema das redes”.

Fiquei assustada! São depoimentos reais de pessoas que criaram as mais famosas tecnologias que usamos no dia a dia, incluindo os Apps.

É maravilhoso como eles explicam como criaram, o porque e como está sendo usado hoje.

Até o nosso e-mail… você tem Gmail? Quem não tem? Usa Instagram, Facebook, Google? E sua família? Ah, usa Linkedin?

Não quero dar spoiler, mas a melhor universidade do mundo, Harward, também aparece e se você não assistir…

… digitando

… digitando

… digitando

… não vai aprender que os 3 pontinhos que fica aparecendo quando a outra pessoa está digitando foi criado para te prender na tela… e você ficar esperando (e tem gente que demora muito…).

Mas o melhor é depois que termina. Não desligue. Os testemunhais de como podemos fazer algo, estão lá!

Quanto aos Apps…

… digitando

… digitando

Sou mais natureba e “abraça árvore” como alguns me dizem, mas claro que quero facilitar minha vida… afinal, acho que todo mundo pensa em facilitar a vida para que? Sobrar mais tempo! E aí, a gente quase nunca faz o que gostaria com esta “sobra de tempo”…. mas isso já é outra história.

Tive 3 fases:

1) Fui avessa a eles no início. Não achava que eram importantes e ocupavam muito espaço no meu celular. Como não conhecia, não sentia necessidade.

2) Me apaixonei! O namoro foi um app de dieta. Sabia a caloria de tudo! No supermercado eu não desgrudava do celular e daí para frente… baixei vários! Alguns muito bons e outros que nem valiam a pena… mas mesmo assim eu baixava. Era como se eu me sentisse mais atualizada.

3) Hoje, eu tenho e gosto muito, mas já sei avaliar a real importância. Uso um para corrida, caminhada, ver distância etc. Uso outro para localização em tempo real de todos da minha família, uso outro para meu supermercado favorito etc.

Conclusão:
Acho fantástico os Apps, mas temos que baixar, utilizar e se não gostar, desinstalar… prático e simples! Está é a vantagem da tecnologia.

Aff! Falei demais!

Roberta Corsi – Bela Urbana.
Coordenadora do Movimento Gentileza Sim que tem como objetivo “unir pessoas que acreditam na gentileza” e incansavelmente positiva, para conhecer o movimento, acesse: facebook.com/movimentogentilezasim

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A vida baseada nos apps – desde quando passamos a viver em uma tela?

É fato que a tecnologia nos proporciona vantagens surreais. Graças a ela que temos acesso a todo tipo de informações e notícias, podemos aprender sobre milhares de temas e nos conectar com pessoas ao redor do globo. A tecnologia é uma ferramenta que serve a diversos propósitos: da educação ao entretenimento, do trabalho ao lazer, da utilidade a ociosidade.

Há 20 anos, quem imaginaria que teríamos ao alcance da mão uma infinidade de apps para inúmeros propósitos? Se eu não lembro de beber água (quer coisa mais básica que isso?) é só fazer o download de um app que vai se certificar de que estou me hidratando corretamente. Posso até ter um app pro meu app, como os que registram as séries e filmes consumidas no aplicativo da Netflix.

E isso sem falar nas trocentas redes sociais que surgem diariamente e que precisamos entrar para conferir o que nossos amigos e conhecidos estão fazendo. O Instagram é o novo Snapchat, o TikTok é o novo Instagram, e toda essa ladainha até os nossos celulares não terem mais espaço para app nenhum. E aí, o que fazer? Como pedir comida, chamar um táxi (Ops! Uber, por favor), como lembrar de beber água?

Essa nossa dependência dos apps é assustadoramente perigosa. As pessoas vivem em função de ferramentas que foram feitas para auxiliá-las, mas que em verdade ocuparam todo o espaço do nosso cotidiano. Para acordar precisamos que o app de alarme toque (já que ninguém tem despertador analógico em pleno 2020), para fazer nossas tarefas temos que checar nossos calendários digitais, para dormir lá vem outro app de meditação e sons relaxantes.

A vida segue então regulada por uma máquina, por porcentagens de bateria, por atualizações de software. Mergulhamos tão profundamente em um mundo virtual que deixamos de viver o mundo real. Estamos nos tornando pessoas menos focadas, menos contemplativas, mais influenciáveis. Os apps monopolizam nossa interação com o meio, as notificações constantes nos puxam para bem longe do aqui e agora.

E vamos buscando a solução dentro do próprio problema: apps de saúde mental, apps de relaxamento, apps para focar nos estudos. Não me entenda mal, também sou fã desse mar de caminhos a seguir que a tecnologia nos oferece. Mas estamos em uma encruzilhada que nos pede que façamos algumas mudanças. Está na hora de buscar um ponto de equilíbrio entre o que é saudável e o que não é.

O impulso inconsciente que temos de “passear” entre um aplicativo e outro, dando refresh continuamente na esperança de que algo novo apareça, isso definitivamente precisa mudar. A tela deve estar à nossa disposição, mas não o contrário. E eu acredito que se fomos capazes de inventar coisas tão grandiosas como o mundo virtual, somos igualmente capazes de encontrar o balanço perfeito para esse nosso relacionamento com as telas.

Letícia Chieppe – Bela Urbana, estudante de Direito, apaixonada pela escrita e por tudo que ela proporciona. Encontrou nas palavras um refúgio para suas reflexões. 

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ESSE TAL DE QR CODE

Eu confesso que estava me sentindo toda toda, igual à letra da música do Lucas Lucco.

Mesmo sendo da década de “tralalá”, estava me achando super moderna por estar dominando todos os filtros do insta que me deixam, digamos, mais novinha. Bom, pelo menos era o que eu achava até a semana passada.

Depois de 10 meses enraizada em casa por causa da Pandemia, finalmente uma escapada do lockdown.

Combinei com uma amiga de infância de nos encontrarmos em um restaurante-balada aberto com quarenta por cento da ocupação, em área aberta e uma gastronomia russa maravilhosa.

Lá fui eu com meu pretinho predileto que uso em todas as minhas fotos do insta. A manchinha de “cândida” na barra ninguém vai perceber, afinal, caprichei na maquiagem dos olhos esverdeados para serem destacados pelo uso da máscara black.

E lá fui eu, pronta para chegar chegando com meu perfume Givanchy e fazer muitas fotos da minha mini balada. Afinal, de app’s eu entendo, apesar de ser de… tralalá.

Mas a história virou com a chegada do garçom. A pergunta foi simples, difícil foi a minha resposta:

_ Vocês já sabem o que vão pedir?
_ Não. Podemos ver o cardápio?
_ Basta clicar no QR Code do cartão sobre a mesa!
_ Oi?????
_ QR Code, senhora. Aqui o cardápio é por QR Code no celular.
_ Ahhh! (risos). Moço, é o seguinte, preciso de um cardápio de papel. Passo álcool gel. Eu sou da década de tralalá, não sei nem mexer nesse tal de QR Code.

Bom, relacionamento virtual eu já sei que tá na moda, mas cardápio também? Isso já é anormal.

E nada do cardápio. Então resolvi pedir um sanduba que já tinha visto no instagram do restaurante. Minha amiga já tinha o prato predileto dela da casa: um vegano feito de quibe de abóbora cabotia.

Mas, nada estava tão resolvido assim pois para completar pedi meia “CARACU”, aquela cervejinha adocicada preta. Mas aí foi o garçom quem respondeu:

– Oi?????

Eis a dobradinha entre gerações: QR Code x Caracu.

História verídica. Na semana que vem volto lá. Não sossego até conseguir abrir o cardápio naquele tal de…como é mesmo?

QR Code.

Angela Carolina Pace – Bela Urbana, publicitária, mãe, apaixonada por Direito. Tem como hobby e necessidade estudar as Leis. Sonha que um dia as Leis realmente sejam iguais para todos.
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Sócrates, Platão e Aristóteles como os grandes Influencers midiáticos

Desde a Antiguidade, os últimos dois anos foram os anos com a maior produção e volume de  conteúdo que se tem notícia na Humanidade. Parte desse conteúdo graças aos grandes influenciadores existentes no mundo digital. Jovens ou não tão jovens, mas, com mente e espírito voltados para redes sociais. Ah! suas ações estão “bombando”. Esses influenciadores ganharam em menos de cinco anos “zilhões” de seguidores. Com suas pautas voltadas para  agradar ou desagradar em emoções seus expectadores, os quais, via digital estão presentes em todo Planeta.  A primeira pergunta socrática: esses influenciadores têm capacidade e conhecimentos científicos para modificarem o pensamento da pessoa que o segue, da família dessa pessoa e da empresa empregadora que serve todos eles no longo prazo?

Desde Sócrates e Aristóteles  e outras centenas de famosos, se tornaram influenciadores equidistantes da grande e filosófica Grécia. Existem também  “zilhões” de outros influenciadores que não fazem parte das redes sociais. Suas influências estão baseadas em conhecimentos científicos a partir de experiência própria, bacharelados, mestrados e doutorados e suas frequentes publicações e atualizações complementares. A veracidade desses “zilhões” se comprovam em suas comunicações e informações cientificas. Esses influenciadores estão sempre ao lado desses fabulosos jovens ou não tão jovem, porém, infelizmente,  não são seguidos.  Talvez, esses influenciadores não tenham tanto “glamour”, beleza, brilhos nos olhos, nos lábios e cabelos coloridos e sequer tenham tempo de utilizar seus celulares para serem vistos, idealizados e adorados por seguidores. A culpa é deles mesmo. O problema está nos nomes que adotaram, nomes surrados, sem graça, sem fama, que existem em toda parte. São chamados de pai, mãe, professor, empregador, entregador, limpador, carregador de lixo, empregada doméstica, enfim, seres comuns que passam o dia inteiro preocupados em servir seguidores de “famosos”.

Essas pessoas que adotaram esses nomes sem graça, vivem lutando para que sua MARCA que é pública, sobreviva diariamente seus cinco mundos diferentes: pessoal, social, conjugal, familiar e profissional. Tomam decisões observando  cinco variedades humanas, entendendo que cada uma é possuidora e seus SFFR (sinais fracos fora da realidade). Assim, basta que algum  seguidor de famosos dê um “leve” espirro, para que  seus pais fiquem alertas por um tempo, observando se o “espirro” vai se transformar em gripe, febre ou alguma doença mais grave.

Diante de notas absolutamente baixas depois de uma prova, um outro não famoso cognominado de professor, se preocupa em mudar seu método de ensino para que os seguidores de famosos se desenvolvam cognitivamente. Seguidores de famosos se desempregados, buscam no mercado uma oportunidade. Assim, todo final de mês terá um salário para sobreviver. Compram com esse salário um celular, com câmara poderosa para postarem reuniões entre amigos. Todos se divertindo e aproveitando essas reuniões para falar mal daquele ser desprezível com nome quase demoníaco: o empregador.

Aristóteles citado no título, não foi seguido pelos seus pares. Dessa forma não pode ser o escolhido de Platão para ser seu sucessor na Academia Ateniense. Alegaram seus não seguidores que Aristóteles por não ter nascido em Atenas (mesmo sendo grego) não era digno de suceder a Platão. O grande mestre filósofo ficou desempregado. Uma dessas de nome surrado chamada de “mãe” empregou Aristóteles para educar seu filho Alexandre. Esse professor fez daquele filho, daquela mãe, um famoso que o mundo o nominou de Alexandre o Grande. Os ensinamento todos os quatro citados nesse texto, tem seguidores desde 400 a.C. Espero que aconteça o mesmo com os “famosos” do aqui agora. Ah! A mídia daquela época está totalmente fora de moda nos dias de hoje: a escrita. Que se transformou em outro “absurdo” denominado de livro. Ops, lapso meu: e-book!

L.C. Bocatto– Belo Urbano. Diretor do Instituto IFEM – Instituto da Família Empresária
Criador da Ferramenta de Análise Científica Individual e Familiar. Formações – Mestre em Comunicação e Mercado, MBA em Controladoria, Contador, Psicanalista Terapeuta com foco em famílias e indivíduo com problemas Econômicos (perda de riquezas) e Financeiros (saldos negativos de caixa)
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Meus momentos para relaxar

Hoje o número de amigos da minha idade que usam as redes sociais é
quase absoluto, raro é conhecer alguém que não possua nem que seja apenas uma delas. Nos dias atuais tudo é muito virtual e as vezes me pergunto até que ponto isso é bom ou até saudável para nós, já que ao mesmo tempo que une amizades e familiares de diversos cantos a qualquer momento mas também afasta pessoas que estão na mesma mesa de um restaurante, cada um em seu celular vendo vidas alheias. A mídia que eu mais utilizo acho que é o Instagram, uma rede social que é cheia de conteúdos como vídeos, fotos e os “stories” que são publicações que ficam disponíveis por apenas 24 horas, possui chat pra conversar com seus
seguidores, porém, é um aplicativo que apesar de gostar muito tenho que estar me policiando sempre sobre alguns tópicos.

O primeiro deles é a questão do tempo que eu fico nesse App. Diversas
vezes eu estava fazendo algo e peguei o celular apenas pra espairecer um pouco, mas entrava no Instagram, começava a ver as fotos que tinham postado, via o feed de alguma celebridade, acabava conhecendo outra através desse perfil e passando a seguir também, depois começava a assistir o stories só das pessoas que eu mais conhecia, e logo, percebia que a rápida espairecida na mente tinha se tornado uma longo uso de 3 horas, e falando assim parece absurdo,eu sei!”. Como assim ela ficava 3 horas? Isso é muito tempo”, mas ao contar aos meus amigos e amigas sobre isso e como eu não percebia o tempo que gastava, vi que vários deles disseram que passam pela mesma coisa, o que se formos observar é um gasto absurdo de tempo se comparado ao tanto de coisas que podem ser feitas nesse tanto de horas.

A segunda questão é a comparação que eu fazia em relação a vida dos
outros. Nessas tantas horas rolando o feed eu só via vidas extremamente felizes e animadas, amigos inseparáveis, pessoas que pareciam viajar o ano todo, ”corpos do verão” e relacionamentos perfeitos, e vendo vidas resumidas a isso eu acabava me sentindo mal por não ter aquele corpo, aquele dinheiro, aqueles amigos ou aquele relacionamento, e a realidade é que ninguém vive ou é só aquilo que posta, não há corpo totalmente sarado, é ângulo, todo mundo tem seus desentendimentos em relacionamentos, não são só flores e ninguém é todo tempo feliz, as pessoas possuem seus problemas, inseguranças e questões, no entanto elas só querem mostrar suas melhores versões e uma vida perfeita, onde só é mostrado bom e o que lhe convém.

Com isso, eu percebi que os meus momentos para relaxar usando o celular
não estavam sendo nada relaxantes, e então, hoje eu tento diminuir o tempo de uso do Instagram e sempre que começo a me comparar ou ficar chateada procuro pensar que a vida de ninguém é só o que ela posta para não se tornar algo tóxico, e sim, relaxante e bom.

Martina Lobos – Bela Urbana, estudante do terceiro ano do Ensino Médio,sonho em cursar Relações Internacionais e trabalhar com comércio exterior,gosto de estar em contato com a natureza,amo fazer trilhas e me aventurar,não vivo sem uma sobremesa após o almoço,odeio injustiça e apoio a causa do meio ambiente e da sustentabilidade.

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Sinal de Alerta

Outro dia a CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz – fez manutenção no meu bairro e precisou desligar a energia. No comunicado enviado, o prazo para esse desligamento era das 13h30 às 17h30, porém dizia que poderiam ocorrer atrasos.

Apesar de ter recebido a comunicação impressa uns dia antes, me esqueci completamente e também não avisei meus filhos. Todos ficaram irritados, mas eu fui calma e ajudei a achar saídas. O meu filho mais velho, que tinha programado para fazer uma entrevista on-line para uma trabalho da faculdade, ficou tenso, porque já estava marcado com o profissional e precisava gravar, como somente o laptop tinha um pouco de bateria, disse para ele falar a verdade e marcar para outro dia. Deu certo.

Bom, a falta de energia foi até 20h30, três horas a mais que o programado e tudo foi descarregando…. Nos vimos sem nada de conexões, sem computadores, sem celulares, sem TV, sem luz. Começou a dar uma certa angústia. Ficamos no escuro, acendemos uma vela, resolvi esperar e ficar quieta. Os filhos perguntavam: – Quando vai voltar? Como se eu tivesse a resposta para tudo. Aliás, por que será que os filhos sempre acham que as mães sabem tudo?

Resolvi ir para a varanda, peguei meu violão, que não pegava há muito tempo. Fiquei com ele, tocando, brincando, tirando um sonzinho, enquanto sentia o vento gostoso dar uma aliviada no dia que tinha sido tão quente, olhando o entardecer até escurecer.

Continuei na varanda, no escuro, com o violão… Foi bom, comecei a prestar atenção no que estava sentindo. Estava gostando daquele momento diferente, bem diferente do meu dia a dia. Exerci a paciência. Apreciei a natureza mais do que o meu habitual, senti o vento e me deliciei com isso. Nem as horas eu sabia… não tenho aqui nenhum relógio de ponteiros.

Por fim, percebi que estava gostando daquilo, mas queria muito compartilhar o que estava sentindo naquele momento nas minhas redes sociais. Uma certa ansiedade me batia por querer comunicar e uma certa agonia de não ter como fazê-lo.

LARANJA: Sinal de alerta

Adriana Chebabi  – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa. 

Foto Adriana: @gilguzzo_photography

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Meu melhor/ pior amigo

Quando tenho dúvida na matéria
Ele me dá as respostas
Quando não sei o clima
Ele me mostra
Quando tenho saudades da minha amiga
Ele me leva até ela
Quando escrevo um texto novo
Ele o transporta a todos os meus conhecidos

Quando tenho outras coisas a fazer
Ele me prende
Quando quero dormir
Ele não me deixa
Quando quero privacidade
Ele não me dá
Até quando quero ficar sozinha
Ele está lá comigo

Quando olho para os lados
Mesmo sozinhos
Estão todos acompanhados
Quando saio de casa sem ele
Volto buscar
Ou fico sozinha de verdade
Me sinto ansiosa
E parece que falta uma parte de mim
Parece que deixei
Meu pai meu namorado todos os meus amigos
Em casa
Que não me importo com eles

Eu posso reportar cada segundo do meu dia
E mesmo que ninguém me cobre disso
Sinto que o dia não é completo se não o faço
Como se esse dia nem tivesse sido
Porque não foi divido com ninguém

Não sei como faziam antes dele
Como se combinava de sair juntos?
Como se conhecia gente nova?
Como se sabia o número de todo mundo?
Como se pedia para o pai ir buscar?
Como se guardavam as memórias?
Como se trazia comida?
Como se mostrava aos outros?
Como se fazia para alguém se interessar?

Não sei se preciso
Mas também não posso dizer que não
Não sei
Só sei
Que não vivo sem

Giulia Giacomello Pompilio – Bela Urbana, estudante de engenharia mecânica da UNICAMP, participa de grupos ativistas e feministas da faculdade, como o Engenheiras que Resistem. Fluente em 4 idiomas. Gosta de escrever poemas, contos e textos curtos, jogar tênis, aprender novos instrumentos e dançar sapateado. Foi premiada em olimpíadas e concursos nacionais e internacionais de matemática, programação, astronomia e física, além de ter um prêmio em uma simulação oficial da ONU.
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UM CAUSO ENTRE AS TECLAS E EU

Por mais incrível que pareça, eu não sou muito moderna. Por menos notável que pareço, eu sou adepta de certos universos.

E como não me aborreço com tatuagens, fui seguindo num aprender, sobre o que uma máquina pode nos fazer. E claro que foi por ensaio e erro. Quando resolvi enfrentar uma máquina fria, diante de meu olhar afim de não teclar ali, a minha poesia sustentada pelas minhas emoções, sensações e quiçá sentimentos, que a nobreza de uma sociedade regada aos píncaros por necessitar conversar, dialogar e até monologar os seus devaneios sensualizando a arritmia dos fonemas, metendo a linguagem na máquina para mim, posta’mente fria!!

Fui desafiada a grafitar um Romance, os mais afoitos ao carisma prazeroso, defensores das Salas de Bate papo, abusadamente de tecla em tecla deixando sair do anonimato, suas regras quentes de tato a tato, ops!!! De toque em toque… Um fato, nada exato!! Factual’ idade!!

E, quando eu ouvia histórias sobre encontros virtuais, e encontros por causa deste teclar frio entre os dedos a o prazer de estar em cio relutava, mas, no fundo queria sim, ver-me num tempo de modernidade onde a crença era bater nas teclas e se virtualizar. E, o meu causo com a máquina fria delegou-me postar com um desconhecido, arranjado por amigos, um Escritor poeta que tinha pela máquina uma fissura carnal, de deleite teclado e nada fóbico, apenas quente sob as emoções e sensações eloquentes para o momento, a hora e a disposição do teclar sensível aos vãos abertos pelo sistema de criação. E, por e-mails trocamos poesias que iriam nutrir, meu Primeiro Romance, com um parceiro ambulante e já bem acostumado, com a navegação constante da modernidade!!

E aquela máquina sem vida, foi me atentando ao saborear que o toque de cada um de nós, se faz compreender ao outro de uma forma in… de… vida, e in… calculável!!

Pois, eu viajei entre os vãos durante a troca de prosa em versos quentes e muitas vezes em explosão in… decente!!

E de poesia em poesia, senti na pele, na derme e na epiderme, que o toque nas teclas frias, só depende de nossa mente quente em hotelaria nada vegana, mas sim, carnal e coerente, com os hologramas que visualizamos dentro de nossa capacitação em enlaçar os dedos, com os domínios de nossa sensação de transpirar, o aluvião prazeroso de gozar em palavras o que sentimos, durante esse encontro de teclas suadas com AnJô, em sua casa (leia-se corpo) deflagrando palavras com o seu parceiro Amotinado, que saem de suas mentes fissuradas pelas sensações, entre os vãos do teclado e a picante imaginação.

E após uns dois meses de toques em poesias, o meu primeiro Romance saiu, e no dia do Lançamento nos conhecemos…

Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.
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Os aplicativos em nossa vida

Atualmente em nossos celulares temos muitas opções de aplicativos, diferentes formas de entretenimento, serviços de entrega, redes sociais e muitos outros.

Em muitos aspectos esses aplicativos nos ajudam, como exemplo quando estamos com amigos e queremos comprar cerveja ou lanche e não temos carro, nem um mercado próximo, ligamos aplicativos como Rappy e I-Food e rapidamente os pedidos chegam onde estamos.

Porém, temos muitos problemas que alguns aplicativos nos trazem, como fakenews (muitas) e o fato das pessoas passarem muitas horas nos aplicativos, perdendo a noção do tempo e muitas vezes também perdendo um belo dia de sol.

Com a internet, as redes sociais, pessoas que antes não tinham voz, agora podem também ter seu destaque na mídia e mostrar aos outros o que pensam, que fazem, que gostam e muito mais, mas o grande problema é se elas estão mesmo sendo verdadeiras ou apenas usando essas redes como uma fachada para esconder problemas e frustrações.

Enfim, a internet mudou muito o estilo de vida da população, e a questão que deixo aqui é: Como seria a vida sem ela?

Bruno de Andrade Nogueira – Belo Urbano. Estudante de jornalismo. Curte fazer acadêmia e tem como lema a frase “nós não somos iluminados, nós iluminamos”