Entro num aplicativo. Esse aplicativo me abre portas, conquistas, afetos, sentimentos. Consigo conversar com pessoas que ao vivo não tenho capacidade. Até tenho. Mas não gosto. Até gosto, mas não sei bem como fazer.
Confuso? Não sei. Na realidade, dizem que sou um cara legal, agradável, simpático. Mas tenho outro lado que ninguém sabe. Poucos sabem. E os que sabem, se arrependem de saber.
Os que sabem, quando descobrem tem medo. Elas se acovardam, sentem culpa, sentem vergonha, sentem nojo. Algumas até se interessam por essa sombra, esse fetiche. Mas sempre há desconforto, peso. Elas se calam, e por se calarem, fui vivendo. Não me controlei, não me controlo. Por isso o universo virtual me atrai. Esse mar anônimo de ilhas isoladas que se encontram. Muitas naus sem controle como eu. Mas naquele dia foi diferente…
Ela não se calou. Ela falou, denunciou, chamou a família, se expôs para além do medo, da culpa, da vergonha e do nojo. Para além de tudo que a freasse, ela pediu ajuda. Ela foi ajudada e eu naufraguei.
Minha sombra viu a luz nascer quadrada. Viu holofotes. Talvez senti medo, vergonha, culpa, nojo de minha covardia? Não sei. Mas dessa vez, minha sobra perdeu. Uma sombra a menos no mundo, por enquanto…
Obs.: Cara leitora, se por ventura tenha vivido algo parecido ou saiba de algum caso próximo, denuncie, encoraje a denuncia. Ilumine uma sombra com a luz da lei e ajude a combater esse comportamento nefasto que é a violência contra a mulher. Não é fácil, eu sei. Coragem e força!
Crido Santos – Belo urbano, designer e professor. Acredita que o saber e o sorriso são como um mel mágico que se multiplica ao se dividir, que adoça os sentidos e a vida. Adora a liberdade, a amizade, a gentileza, as viagens, os sabores, a música e o novo. Autor do blog Os Piores Poemas do Mundo e co-autor do livro O Corrosivo Coletivo.
Faça uma boa leitura desta página citada, e depois inicie um processo de silêncio para assuntar seus empreendimentos sobre a sua guerra interior, antes de amarrar-se para atirar em seu opositor!
O qual muitas vezes está em seu dentro e sem perceber podes acionar sua mente e ela obediente vai explodir, e…
Empoderar é sentir-se num estado de poder latente!
E mesmo que este ato/atitude não estiver em respeitabilidade no conjunto da obra, o mistério se fará presente até o acontecer.
Estou com este vibrar a dois dias por ter ouvido uma frase cheia de verdade dentro de nossa história citada sobre a Mulher, e re… conhecida como um vácuo permanente a sobre(vi)… vida!
Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.
Me move a dinâmica do viver. As alegrias e as tristeza de SER.
Minha alma move.
O coração bate e o metabolismo acelera. E eu me movo…As vezes rápido ou devagar mas o mover é certo. O ritmo é incerto.
As crianças me movem e envolvem. Elas são alegria desejos e movimento.
Me movo de novo. Por algo novo!
Ao acordar me movo e acordo com o movimento do pensar, pensando no sonho da noite e no sonho do dia.
E assim em movimentos a vida vai vivendo. Vai sendo. Vai realizando. Vai passando…
E o movimento recomeça.
O que me move?
Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, 53 anos, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche: Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria“
E de uma droga que destrói, POIS ELA É FRIA, CALADA, MAS PENETRANTE…
Pra mim é a que leva aos momentos mais marcantes dentro da história de filhos e alunos!
Podem perguntar por que a Tia Jô está falando sobre isso?
ATÉ PENSEI EM ENVIAR UMA MÚSICA SOBRE CRIANÇAS,
NA VOZ DE CHICO, O BUARQUE DE HOLANDA!
Podem perguntar mais isso… por quê. Amigos, Pais e Educadores eu achei que a poesia dessa música toca os corações, são filhos de outros, outras razões sociais, outros momentos, outros dias, outras emoções… Mas, quando a INTERAÇÃO da droga se encontra dentro de sua casa, o momento é imediato, ali, aqui, acolá!
Pensem…
As drogas se avolumam e nada de enternecimento, nada de enlaçamento, e nada de entrosamento entre a família…
Ninguém fala com ninguém… A prosa fica detonada em versos banais, sem estrutura e sem marcas silábicas alguma…
Só acontece o endurecer, e as agressividades se encaixam num silêncio provocativo, e gritante ao mesmo tempo, é um grande movimento contra a benção de se ter uma família, e tudo vai por água abaixo!
E os vibra… dores de emoção dentro dessa casa, se espalham como se fossem um oxigênio feroz e indevido, e os filhos se vêem diante de situações comprometedoras entre os seus pais. Se ainda são pequenos, e achamos pequenos demais para entender… é melhor nos associarmos a outro pensamento, mais designado para se envolver a essa estrutura familiar para ajudá-los.
A escola se promove a ser ajudante da família, mas vocês pais precisam ir pelo menos até lá, e isso não acontece tão assiduamente…
Motivos? Todos!
Mas, nenhum tão mais significativo do que realmente o “desejo!”
Falo de todo tipo de droga, principalmente essa droga não/palavreada, sempre contida, em sua oralidade, e também nos movimentos…
NÃO HÁ LINGUAGEM!
OS PAIS PERDERAM A VOZ, DENTRO DE SUAS CASAS!
Trato-as de Linguagem corporal (postura) e a Linguagem oral (fala).
Essas são as maiores drogas, e utilizadas, por muitos Pais e Educadores nesse momento, EXATAMENTE nessa atualidade que estamos vivendo, num século diferenciado e aberto aos questionamentos, contanto que venha sem questões!
É assim que acontece, até os bebês demarcam o seu território, e enquanto estão abalizados sobre a poeira dos nãos. Correm atrás de seus próprios sins… Seus pensamentos coloquiais que nunca são em vão!
Muitos Pais já experimentaram a leveza da agressividade, corporal ou oral de seu filho, e os Educadores de seu aluno!
TENHO ASSISTIDO QUASE QUE DIARIAMENTE…
Sem contar a sua secretária do lar, do seu “lar”, e ainda o chama de lar?
Acho sim, que se não conversarmos com as nossas crianças, estaremos formando exércitos provavelmente de mudos na vivência diária, e de surdos na conivência…
Já acontece?
Na escola se posicionam os mais abnegados a esse diferencial:
DEFICIENTES da fala, aquele que não fala porque não ouve!
Entenderam errado:
AQUELE QUE NÃO FALA POR QUE NINGUEM FALA COM ELE!
Ele ouve, mas é tratado com desdém, como uma criatura que não precisa de alguém, para trocar, doar, aprender, ensinar, seu filho ou aluno é um grande sabotador, e você que o tem nas mãos, é um grande irrigador de plantas carnívoras, pois será isso que ele trocará… carne viva, ele vai direto para as famosas “mordidas”, pois ele deseja somente que alguém o devore e engula, e o vice versa é para a mesma criatura!
Calados mordem e calados voltam para casa…
Mordidos voltam com Pais obscenos na revolta que acionam os Educadores, e mesmo as Escolas:
RECLAMAM DIANTE DE SEUS FILHOS, QUE ATÉ ANTES DESSE ENGODO ELES ERAM SURDOS E MUDOS!
Uma droga, a quem chamo de DROGA DO SILÊNCIO, é a que mais rompe barreiras para um transtorno!
PENSEM… O SILÊNCIO COMO JÁ DISSE, PARA MIM, PODE SER “BIRRA”, E É A PIOR… O MUNDO POSSUI VIVÊNCIAS PARA DIZER ISSO!
“Droga é tudo que não se aproveita, sem rótulo, sem pré… conceito, sem bullyng!”
Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.
Minha mãe sempre teve medo do
pai dela, ele batia nela e em todos os irmãos, ela chegou a ser espancada
algumas vezes, minha mãe viu também uma tia ser chutada na barriga, grávida,
essa mesma tia viveu anos com esse homem e teve vários filhos dele, apanhou e
foi muito humilhada, ele teve várias mulheres fora do casamento e finalmente
quis se separar para ficar com outra, bem mais jovem, ela, mulher das antigas ficou
com ele e nunca tentou se separar, aguentou tudo calada. Apesar do meu avô ter
sido violento com minha mãe, ele nunca me bateu, acho que foi suavizando com o
tempo mas eu percebia o quanto minha avó o temia, o quanto minha mãe se sentia
tensa ainda adulta ao estar perto dele, ela carrega muitas feridas emocionais da
infância que a afetam até hoje aos seus quase 65 anos; se casou aos 16 anos, no
fundo acredito que quis fugir de casa; aos poucos na adolescência fui entendendo
o ciclo de violência que as famílias vão perpetuando, e o poder que os homens
exercem sobre as mulheres, ou querem exercer, vivemos ainda hoje na cultura do
patriarcado, a cultura do machismo que ainda impera e apesar de tantos direitos
adquiridos pelas mulheres ao longo dos anos, essa cultura segue impregnada nas
atitudes de homens e por vezes até das próprias mulheres, na relações das
crianças também, podemos ver os meninos ainda nos dias de hoje, passando a bola
somente para os colegas meninos e ignorando as meninas, essas atitudes são
ensinadas, observadas e copiadas, as famílias ainda perpetuam essa cultura
sexista e misógina, ajudando a disseminar essa visão da mulher como um ser
inferior, infelizmente ainda existe um preconceito muito grande em relação a
mulher e tudo isso leva ao feminicídio, uma realidade horrenda no Brasil, com
números alarmantes, em média 13 mulheres são assassinadas por dia, e o pior: uma
grande parte dessas mulheres é morta por parentes, maridos ou parceiros.
Talvez por ouvir as histórias
da minha mãe, me sentir muito tocada por seu sofrimento eu cresci muito atenta
às relações entre mulheres e homens, me lembro que minha mãe não trabalhava
fora e quando chegava próximo ao horário do meu pai chegar do trabalho ela me
pedia para pôr o par de chinelos dele e a toalha de banho no banheiro, eu fazia
isso sempre, aos quinze anos falei que não faria mais, achava um absurdo e
pensava que se um dia me casasse eu jamais faria isso, claro que eu era apenas
uma adolescente desenvolvendo minhas opiniões sobre o mundo porém me incomodava
também aquelas piadinhas antigas: “mulher esquenta a barriga no fogão e esfria
na geladeira”, eu nunca achei aquilo engraçado e ficava muito brava ao
ouvi-las, e o pior: me deixava boquiaberta a naturalidade das meninas com
respeito a isso, para mim nunca foi uma piada ou “brincadeira boba de homem”
era algo muito sério, o tempo passou e
hoje eu vejo com alegria que apesar da cultura machista as mudanças chegaram
para nós mulheres, a Constituição de 1988 assegura que os homens e as mulheres
são iguais em direitos e obrigações, a Lei Maria da Penha já existe há 12 anos
e essa lei trouxe apoio legal para milhões de vítimas de violência, a mulher
conquistou o direito do voto, no nossos dias as mulheres trabalham, são
independentes, chefes de família e as relações amorosas são igualitárias, porém
a cultura machista segue ainda poderosa, e com ela o feminicídio segue
frequente, o abuso, a falta de aceitação do homem de que ele não tem poder absoluto
sobre as mulheres, felizmente com o advento da internet as notícias chegam muito
rápido, as investigações também e assim pessoas como João de Deus, Sri Prem
Baba e tantos outros são desmascarados e detidos, no entanto me entristece ver
todos os dias uma notícia nova de uma mulher que foi morta, estuprada, atacada
e tantas outras situações que a colocam em risco de vida ou que perdeu sua casa
ou está foragida enquanto o homem segue sua vida normalmente, é tanta injustiça
que me angustia pensar que minhas duas filhas vivem nesse mundo aonde não somente
a rua mas a nossa própria casa pode se tornar um lugar perigoso; sei que leva
anos para que as mudanças sejam efetivas, para que os culpados sejam punidos
adequadamente, sonho com o dia em que as estatísticas sejam diferentes para
nosso país e que as mortes diminuam, por ora eu acredito nos grãos de areia das
nossas atitudes, em minha micro esfera tento plantar sementes de respeito e
amor na minha casa com as minhas meninas e nossa relação de família, meu marido
é um companheiro que respeita meu “não”, que divide as tarefas diárias, e faz
sua função de pai assim como eu faço a minha de mãe, ele cuida delas, ensino
minhas crianças a respeitar o “não” de qualquer outro ser humano, e também a
dizerem não se necessário, a respeitar seu espaço pessoal, seu corpo, a duvidar
de figuras de autoridade, que não batemos para conseguir respeito, com minha
família espero ter quebrado o ciclo de violência que tantas vezes vi com meus
avós e parentes próximos, ensino que
estudar e trabalhar é importante e necessário para todos, não sou uma
“feminazi”, e estou longe de ter uma vida de foto de rede social, radicalismos não são meu forte, gosto, pratico
e busco o caminho do meio: as pessoas precisam uma das outras, as relações
amorosas independente do gênero devem ser respeitosas e igualitárias, se alguém
acha que está em desvantagem então é problema, acredito nos bons combinados
entre os parceiros, no amor acima de tudo, quem ama não quer prender o outro
consigo, quem ama aceita que as coisas nem sempre são como gostaríamos que
fossem, quem ama quer a felicidade do outro e não a morte.
Eliane Ibrahim – Bela Urbana, administradora, professora de Inglês, mãe de duas, esposa, feminista, ama cozinhar, ler, viajar e conversar longamente e profundamente sobre a vida com os amigos do peito, apaixonada pela “Disciplina Positiva” na educação das crianças, praticante e entusiasta da Comunicação não-violenta (CNV) e do perdão.
Entre um silêncio e outro, a eternidade. Entre um olhar e outro, a interrogação. Entre uma palavra e outra, um novo jeito de olhar. Entre um canto e outro, o encanto. Entre um som do piano e outro, a harmonia. Entre um abraço e outro, a pureza do momento. Entre um adeus e outro, perfeito seria um “até breve”.
Sabe aquela gente que passa do seu lado no começo do dia, senta na mesa ao lado e não sabe dizer “bom dia”. Você conhece alguém assim?
Essa gente é chata. Chata e mal educada. Mas não se contamine com a grosseria alheia.
É difícil eu sei, gente assim gosta de minar os outros. No fundo, lá no fundo dessa pessoa, tem algo que dói, é como se estivesse vestindo uma roupa que aperta, como se tivesse com uma pedra dentro do sapato (ou uma barata)…
Não perca seu tempo tentando entender ou criando alguma expectativa positiva que esse SER possa ser melhor. Não será. Então, faça o seguinte, se a convivência é necessária pelo trabalho por exemplo, seja sempre muito profissional, haja com ética e seja educado.
Porém, se precisar liberar sua raiva, faça o seguinte: Solte um pum baixinho e fedido do lado dessa pessoa isso está permitido, saia rapidinho e deixe a pessoa ali com o odor dos gases, coma feijão, ajuda. Você sentirá um alívio imediato.
Combinado?
Então, a lição de hoje é saber que quem não sabe dar BOM DIA não sabe dar NADA.
Jorge enfim colocou a vida em ordem. Usou o ano para botar a saúde em dia, as finanças em dia, o trabalho e os estudos. Colocar a cabeça em dia, a alma.
Há muito deixava a vida levar de qualquer jeito, levando suas alegrias e sonhos pelo ralo. Mas nesse ano foi diferente. Largou tudo e mudou de casa, uma casa mais simples, menos móveis, menos coisas. Escolheu ter mais histórias e mais gente de verdade. Deletou as redes sociais, vendeu o smartphone caro, o tablet, os notebook, a câmera fotográfica que não usava senão para ostentar. Deu os quadros, os livros, alguns objetos. Ficou o essencial, mesmo que de improviso. E ficou bom!
Todo movimento que fez deu surpreendentemente certo. Fez o balanço do ano e, apesar de não ser perfeito (nenhum é), sentiu-se feliz, com domínio sobre a realidade e sobre si. Sonhou então fazer um novo ano ainda melhor, para ele mesmo e para os outros. Sabia a fórmula, bastava aplicar com coragem. E de alegria, escorreu uma lágrima…
Percebeu que aquele foi o primeiro natal verdadeiro em anos. Família reunida e em paz na ceia. Ceia feita por eles e não comprada pronta, como sempre fez. As coisas que deu aos amigos e parentes, até mesmo as que vendeu, serviram meio que de presente de natal, só que bem mais útil a quem recebeu que um presente comprado em loja, só para marcar a data. A decoração, simples e improvisada, tinha significado para além dos efeitos elaborados e pirotecnia.
Jorge viu verdade naquelas pessoas, naquelas coisas, nos momentos.
Quando fazemos o bem, com um simples gesto, um carinho ou mesmo uma ajuda ao próximo, uma energia boa vem ao nosso encontro.
É automático. Efeito imediato. Por isso: “colhemos o que plantamos” e “somos o que pensamos”. Atraímos tudo o que for bom e do bem.
Quem ainda não sabe disso, sofre à toa porque é muito simples e não custa caro.
Essa é a verdadeira felicidade. Não existe outra. A felicidade do amor! Tudo o mais é material e ilusório.
Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, 53 anos, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche: Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria “
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