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Só por DEUS

Que chuva é essa? Esqueci esses óculos, ah, minha mãe vai me dar a maior bronca. Sim, ela sempre me dá essa bronca, mesmo com essa minha idade nada infantil. Eu sei, isso é coisa infantil e irresponsável esquecer os óculos para dirigir, ainda mais sendo míope, mas está tudo sob controle, eu juro, juro, mas Deus por favor, me proteja e me faça chegar logo. Podia ao menos ter um posto por aqui, um posto e paro.

Ah, quero chorar, mas se chorar a vista embaça mais. Vista embaçada só gosto quando tomo vinho. Sim, vinho com você, isso sim é uma delícia. Mas vinho e depois dirigir não. Vinho, dirigir sem óculos e com chuva, nunca. Hoje, só a chuva e sem óculos, isso aqui ta perigoso. Meu Deus, não me deixa na mão. Eu sei que você sempre olha com carinho para mim, sei que me da esses sustos, esses “presta atenção”, mas sei que me olha com doçura que cuida bem de mim. É,  sei que somos parceiros, somos amigos.

Desligo a música, não consigo dirigir com música e chuva, ainda mais essa chuva. E você onde está agora? Se eu te contar que to nessa fria, vai brigar comigo, mais bronca não. Não quero bronca, quero outra coisa.

Talvez isso seja a liberdade do caminho? Só eu para pensar nisso agora, me lembrei de uma outra estrada, me lembrei de um outro óculos que tinha, aros pretos e eu com cara de professora, cara de inteligente, servia bem para algumas reuniões que eu queria me esconder atrás daqueles óculos para aquele chato do Luizão não me incomodar com suas cantadas baratas, como era chato aquele cara. Mas onde estará Luizão? Só rindo pra eu pensar nisso, Deus me livre sempre do Luizão, o sem noção, aquele que só olhava para meus peitos em todas as reuniões. Cada vez eu aparecia mais feia e me escondia nessas reuniões, literalmente me enfeiava. Isso não é liberdade do caminho? Graças a Deus ele foi mandado embora e mudou para bem longe, ufa. É Deus, por essas e por outras sei que somos parceiros.

Agora a chuva, chove, chega, chove, chega. Preciso mesmo achar meus óculos e essa meu Deus, fica só entre eu e você.

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas nesse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre suas agências Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, 3bis Promoções e Eventos e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa :)

 

 

 

 

 

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Queres conhecer a Deus?

Queres conhecer a Deus?

Entre o mais fundo no teu coração.

Se quiseres entende-lo, saia e viaje com tua mente no maior dos

espaços que conseguires, e entenderas a criação.

Olhe o universo como um todo e entenderás Deus,

Não peça, agradeça pelo tudo que foi criado,

e pegue o que lhe tem como necessidade.

Não colha mais do que precisa para viver.

Não traia a Natureza,

Ela não se defende quando atacada,

Mas quando revida á sua insensatez,

Sua força é tão forte

E tu homem tão ínfimo perto dela

Que não poderá sequer esboçar reações.

Tenha fé na criação,

Quem criou o universo tem

Uma visão muito maior

E mais perfeita que a tua.

JA kuringa – Belo Urbano, é um viajante, fotógrafo e escritor, publicou em diversas revistas de aventuras e turismo alternativo. Formou-se em Exatas mas sempre foi um filósofo, misturar os conceitos e tirar dai experiências da vida. Relata seu aprendizado como romancista sobre as experiencias e pensamentos adquiridos nas caminhadas pelas matas.

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Um conto de Páscoa

Ela estendeu o seu tapetinho de yoga cor de rosa no chão se sentou, ouviu o bater do metal. Três sinais… silêncio total. “Feche os olhos, se concentre na respiração”, era o que dizia uma voz suave que conduzia o trabalho naquela tarde. “Deixe a emoção fluir, não pense, não resista às emoções.”

E ela, em uma tentativa quase que desesperada, tentava se aquietar. Cabeça a milhão, pensamentos distintos. 1,2,3 inspira… tenho que fazer o material do trabalho de segunda… 1,2,3 expira… o que será que terá na janta? 1,2,3 faz a posição da cobra… 1,2,3 vai desligando, musiquinha ao fundo… 1,2,3 desligando… 1,2,3 desligou!

Ela escorregou por um túnel colorido e circular… Deu de cara com uma lagarta, que um dia iria morrer naquela forma e se transformar na borboleta mais linda, de preferência amarela… As amarelas sempre as fascinaram. Ouviu ao fundo o “cri cri” do grilo. Enquanto a descida acontecia, ela fechou os olhos novamente, sem medo de cair. Eram ela, a música e o movimento de seu corpo.

Até que aquela voz, mansa e suave, a colocou em cheque. “Vamos falar de amor, amor no seu sentido mais amplo. Se você pudesse voltar ao passado a quem pediria perdão e quem perdoaria? E hoje, seu perdão vai para quem e quem precisa te perdoar? E no futuro? Você terá se perdoado suficiente para reaprender a amar?” Uma, duas, três lágrimas escorreram pelo seu rosto. E o tal “autocontrole” que ela teima em fingir que tem, desapareceu… Movendo o corpo, no ritmo da música e da voz suave. “Hoje falar de amor virou banal. Todo mundo ama todo mundo, mas poucos sabem o que significa amar. Então, quando você estiver naquela euforia gostosa, achando que é amor, se faça quatro perguntas básicas: Eu quero conhecer o outro todo dia? Eu aceito as decisões do outro? Eu protejo o outro para ele não se ferir? Eu quero que ele seja feliz e cresça, independente da minha presença? E se você conseguir responder sim a todas as perguntas, você pode estar amando. Mas a relação com o outro é de amor? Refaça, então, as quatro perguntas, mas dessa vez coloque você no lugar do outro. Ele quer me conhecer diariamente? Ele aceita minhas decisões? Ele me protege para que eu não me machuque? Ele me quer feliz e crescendo, independente da sua presença? E se novamente as respostas forem sim, definitivamente é amor…”

Respira fundo, expira, cresce o pulmão, chora… posição do cachorro… Ela esquece a respiração de novo e se prende àquelas palavras… Teria amado plenamente, seus amigos, familiares, amantes? Será? Teria se disposto a tal libertação e liberdade? Posse, controle, autocontrole, mania de querer ser bruxa e prever o futuro e os sentimentos dos outros.

Mais lágrimas… era Semana Santa… semana da ressureição de Cristo, para quem acredita. Semana de ressureição dela. Esse era o propósito daquele tapete… 1, 2, 3… inspira…. 1, 2, 3 expira… Mais lágrimas… 1,2,3 posição da árvore… 1,2 ,3 meia lua… 1,2,3 deitada novamente de barriga para cima em seu tapete rosa… Ela abriu os olhos ao ouvir novamente as três batidas no metal… Foi voltando aos poucos, enxugou os olhos, sentou de coluna ereta, na posição do sup, fez seu mudra… ganhou um abraço apertado de uma total desconhecida, junto com um lenço de papel.

Naquela noite, ela não dormiu muito e o pouco que conseguiu, teve pesadelos. Acordada de madrugada, ouvindo apenas os grilos e o vento na janela, refletiu: “amei, amei sim… e fui amada. Isso não significa que não doa ver as pessoas que amo, crescerem longe de mim… Amigos, família, amantes…”

Marina Prado – Bela Urbana, jornalista por formação, inquieta por natureza. 30 e poucos anos de risada e drama, como boa gemiana. Sobre ela só uma certeza: ou frio ou quente. Nunca morno!

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Essa bagunça me consome

Essa bagunça me consome

Ver os sapatos espalhados

Os papeis acumulando no meio da agenda

As contas que chegam e ficam jogadas

As coisas velhas que ficam entulhando o caminho

Precisam ser dadas, doadas

Mas como isso é demorado…

Essa bagunça das fotos

Essas milhares de fotos digitais

Esses milhares de selfies

Onde guardar tudo isso?

Sem ordem

É tudo uma bagunça

E as fotos antigas então

Algumas em papeis,

Algumas nos álbuns

Algumas soltas e já digitalizadas

E depois onde guardar tudo isso no mundo digital?

Organizar, datar, guardar, compartilhar

E os e-mails?

Disseram que iriam acabar,

mas não paro de recebê-los

As cartas físicas, sim, essas eu parei de receber

No físico só recebo as contas para pagar

No digital o que  mais recebo são os spans

De golpes que querem ser dados

De golpes em formas de prêmios

De golpes em forma de curiosidade

De golpes em forma de amor.

O que mais recebo são esses spans

Que me fazem perder minutos, vários deles

durante todo meu dia

E muitas cópias de e-mails que fico sendo copiada

Sei lá pra que

E os antigos que ficam arquivados

E os antigos de outros que também tenho que guardar

Me consome, esse tanto de inutilidades

Esse peso dessas coisas

Que eu não sei o que fazer.

Sei que de verdade, os sapatos, no meio da sala

São os mais simples de resolver.

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas nesse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre suas agências Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, 3bis Promoções e Eventos e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa :)

 

 

 

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O divórcio e a auto estima

Existem palavras das quais ninguém gosta, uma delas é “divórcio”. Falar sobre divórcio é, ainda, quase um tabu. Pasmem! O divórcio é como a morte! Mas, existe vida após o divórcio? Bem, quantas belas divorciadas conheço? Muitas. No meu caso, não escolhi ser uma delas, mas aconteceu. Na melhor das hipóteses, posso dizer que o homem em quem confiei por vinte anos me traiu, e resolveu me deixar para viver um novo romance (sejamos românticas!). Como diz uma amiga, a gente se sente o resto da marmita de ontem. Mas, resolvi encarar de outra forma. Minha vida, minhas escolhas! Resolvi ser feliz, resolvi ser linda, resolvi me amar.

A primeira coisa que fiz, como uma transgressão aos costumes impostos pelo ex, foi comer biscoito de polvilho e encher o carro de migalhas! Sim, o meu carro, agora só meu!

Frequentei bares, baladas, me senti, aos quase 40, novamente com 25 anos.

Mas, senti que pairava sempre no ar um certo preconceito ao termo “divorciada”. Perdi amigas. Ganhei outras. As mulheres se aprisionam dentro dos próprios julgamentos. Creiam, há muitas mulheres preconceituosas e machistas que tomam partido dos homens! Acham que quem “levou o pé na bunda” mereceu… Não! Ninguém merece! Ninguém pediu!

Mas, resolvi ser feliz. Resolvi que não valia a pena me martirizar por uma escolha alheia. Não tinha perdido metade. Estava completa. E, por isso, atraí olhares. E descobri que a auto estima é mais atraente que a beleza e a juventude juntas.

Me redescobri. Me reinventei. E, sabem de uma coisa, o furacão que fez meu teto desabar sobre a minha cabeça, mostrou-me que havia uma bela paisagem lá fora que eu havia deixado de ver. Senti a liberdade de ser eu mesma, de fazer minhas escolhas. Percebi que não precisava ser a metade da laranja.

Aprendi dança de salão. Me diverti muito. E, então, um dia, minha auto estima atraiu um novo amor. Mas essa é uma outra história…

Filipa Mourato de Jesus –  Bela Urbana, 43 anos, a espera do terceiro filho, ex bancária concursada, atual mãe em tempo integral, larguei tudo em busca de fazer o que amo, quero ser confeiteira!

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É ou não é?

Este texto, assim como vários outros, não é para te dar uma conclusão fechada. É simplesmente para expor um assunto tão em voga e que nesta semana fez parte da discussão com os amigos nesta semana. Somos todos bem instruídos (pelo menos é isso que se espera de uma faculdade), leitores ávidos, cheios de opinião… por natureza e por profissão (jornalista costuma querer saber de tudo, entender tudo e “pitacar” sobre tudo). Vamos lá: a palavra da vez é ASSÉDIO SEXUAL!!!

Nada muito inédito, mas sempre comentado, principalmente quando é escancarado pela mídia pelo assediador (a) e vítima serem “famosos”. Mas quantos não famosos sofrem isso diariamente em casa, na rua, no trabalho até mesmo em seus relacionamentos. A gente tem a falsa impressão de que o assédio ocorre apenas em casos de maior hierarquia e que o assediador é sempre um homem. ERRADO. Tudo bem que acredito que nós mulheres somos muito mais assediadas do que os homens, mas mulheres têm assediado cada vez mais (conheço pelo menos três casos e um deles foi cometido por uma subalterna).

Mas voltando à discussão com os amigos: como definir e caracterizar o que é ou não assédio. Eu sou muito brincalhona, cumprimento todos com beijos e abraços. Um beijo e um abraço podem ser assédio? A resposta veio com exatidão de um dos meninos: Depende de quem recebe. Se gostar, não é. Se não gostar, é. Mas como assim? Outra resposta básica: se o cara ou a mulher te cantam e você tem pré-disposição, você jamais veria isso como assédio, e sim como flerte. Agora, se você não tem interesse por qualquer motivo, você vê como assédio e denuncia (se tiver coragem).

Tenho certeza de que a linha de divisão entre um flerte, uma brincadeira e assédio é muito tênue e fácil de ultrapassar. E ainda estamos aqui, pensando, sem ter uma opinião clara de um código de condutas que defina o que é ou não assédio sexual. É claro que excluímos dessas dúvidas ações explícitas como toques inapropriados, em partes íntimas por exemplo, ou abuso de poder mesmo, com palavras, na lei do toma lá, dá cá. A dúvida é mesmo nas ações mais sutis: olhares, abraços mais demorados, carinhos no cabelo, brincadeiras…

Segundo o Aurélio, assédio é “pôr assédio, cerco a; perseguir com insistência, e/ou importunar com tentativas de contato ou relacionamento sexual”. Ok, nós aqui estamos no caminho certo… Mas por que é tão difícil discriminar as ações quando elas não são explícitas? Seria tudo uma questão de percepção?

Essa discussão é sem fim. A única certeza que tenho é que, mais uma vez, como quase todos os problemas do país, a solução está no respeito ao próximo e na educação social. Muitos de nós, enquanto sociedade, temos que parar cultuar assediadores. Não são raros os casos de famosos ou pseudos famosos nacionais e internacionais que são acusados de agredir suas companheiras e que continuam a ser admirados pelo público.

Sonhadora que sou, espero que não tenhamos mais que nos deparar com outras Su Tonanis e Zé Mayers num futuro bem próximo. Mas essa é a parte do sonho e dos meus eternos óculos cor de rosa.

Marina Prado – Bela Urbana, jornalista por formação, inquieta por natureza. 30 e poucos anos de risada e drama, como boa gemiana. Sobre ela só uma certeza: ou frio ou quente. Nunca morno!

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Conselhos da Madame Zoraide – 3

Olá consulentes, dizem que “se conselho fosse bom, não se dava, vendia”, pois é, hoje muitos conselhos são vendidos. São tantos livros de auto ajuda, tantas palestras, tantos vídeos na internet, e-books para tudo. Diga-me seu problema que indico um coach especialista.

O seu problema é se sentir o xixi da mosca do cavalo do bandido? Bom, você deve estar se sentido péssimo mesmo, afinal nem o cocô você é… não fique pior, mas é que a frase conhecida é o cocô e não o xixi. Então, o xixi nessa ótica é mais insignificante.

Hoje, milhares vivaram coach. Tem coach para tudo, relacionamentos, trabalho, espiritual, para te tornar macho alpha, para te ensinar a arrumar a casa, fazer comida, molhar as plantas e mais, ter sucesso, ganhar muito dinheiro, ter muitas férias com viagens internacionais, para trabalhar somente poucas horas do seu dia e ter tempo livre para não fazer nada, sozinho ou acompanhado, como você quiser.

Vamos ser sinceros, que vidão heim!!! Quer saber a fórmula para esse sucesso mágico que apenas poucas pessoas tem? Não vou contar, afinal, conselho bom não se dá, se vende.

Quer comprar? Vou pensar se vendo.

Até a próxima. Logo, logo tem mais.

Madame Zoraide – Bela Urbana, nascida no início da década de 80, vinda de Vênus. Começou  atendendo pelo telefone, atingiu o sucesso absoluto, mas foi reprimida por forças maiores, tempos depois começou a fazer mapas astrais e estudar signos e numerologias, sempre soube tudo do presente, do passado, do futuro e dos cantos de qualquer lugar. É irônica, é sabida e é loira. Seu slogan é ” Madame Zoraide sabe tudo”. Tem um canal no Youtube: Madame Zoraide dicas e conselhos www.youtube.com/channel/UCxrDqIToNwKB_eHRMrJLN-Q.  Também atende pela sua página no facebook @madamezoraide. Se é um personagem? Só a criadora sabe 😉

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Febre amarela

O último boletim de Ministério da Saúde, publicado no dia 31 de março, confirmou 574 casos de febre amarela no Brasil (Rede de notícias).

O número de casos vem aumentando a cada dia. E o que tem sido feito para que essa situação não se agrave ainda mais?

Sem contar no grande número de animais (primatas) que estão morrendo nas matas brasileiras.  E, o que exatamente o Ministério de meio ambiente está fazendo para evitar que ocorra um “desastre ecológico”?

A cena parece se repetir há menos de um ano, com a Dengue, Zika e Chikungunya, onde inúmeros casos foram relatados em várias cidades brasileiras.

Importante entender as diferenças: Febre amarela silvestre x Urbana

Na verdade a doença é a mesma. O vírus que causa a febre amarela urbana ou a silvestre é exatamente o mesmo. Os sintomas, os sinais, e a evolução da doença no pacientes são exatamente iguais. A diferença entre uma e a outra está apenas nos mosquitos transmissores e na forma de contagio.

Ou seja, a febre amarela silvestre é transmitida por dois gêneros de mosquitos (Haemagogus e o Sabethes) que vivem nas matas e na beira dos rios. Enquanto a febre amarela urbana pode ser transmitida por um mosquito urbano, o Aedes aegypti. No entanto, a transmissão da doença nas zonas urbanas pelo Aedes só sai ocorrer na seguinte situação: Os mosquitos silvestres (Haemagogus e Sabethes) picam macacos contaminados e depois picam a pessoa transmitindo o vírus, deixando-a doente. Quando a mosquito urbano Aedes aegypti, pica essa pessoa doente e depois pica outra pessoa susceptível, acaba transmitindo o vírus e consequentemente a doença.

Como ocorre e que podemos fazer para evitar disseminação?

Por isso é importante que todas as pessoas em regiões de ocorrência de febre amarela silvestre sejam vacinadas, para evitar que o vírus se espalhe. Pois se uma pessoa contaminada vier para uma região urbana, na presença do mosquito Aedes, pode-se reiniciar o ciclo urbano da febre amarela.

E, lembrando que, esse mesmo mosquito urbano (Aedes aegypti) ainda transmite outras três doenças de grande importância para a saúde pública, a Dengue, a Zika e a Chikungunya.

As campanhas para o combate aos mosquitos devem ser intensivas e contínuas, utilizando-se diversos meios de comunicação, para poder atingir o maior número de público possível.

Muito mais que a campanha de conscientização da população para evitar a criação do mosquito, é importante que se faça programas “Efetivos de controle” por parte de prefeituras e órgãos Federais.

Hoje temos disponível no mercado um número considerável de marcas de produtos para o controle de mosquitos. Esses produtos incluem tanto produtos químicos como produtos biológicos. A maior parte dos inseticidas é oriunda do composto químico Piretróide.

Ao passo que, os inseticidas biológicos, também conhecidos como larvicidas biológicos, são a base de um microrganismo existente na natureza, o Bacillus thuringiensis var. israelenses (Bti). Esse microrganismo já é utilizado em diversos países no combate à proliferação de mosquitos.

Além disso, o Bti não é tóxico ao homem a ao ambiente, podendo ser utilizado com maior segurança.

A VectorControl produz duas marcas de larvicidas biológicos, THEBAS ® e THURIMAX. Ambas já disponíveis no mercado com alta eficiência no controle de larvas de mosquitos (Aedes spp, Culex spp, e Simulium spp), mas só podem ser aplicadas por empresas e órgão públicos. Estamos trabalhando no desenvolvimento do produto para ser aplicado pelos próprios consumidores em suas moradias.

A melhor forma do combate ao mosquito é a conscientização.

Eliane Gonçalves da Silva – Bela Urbana, graduada em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2001), mestrado pela mesma Universidade e doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade de São Paulo (2008). Participou de projetos de pesquisa no Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB II /USP), no programa de Pósdoutorado, com bolsa de Desenvolvimento Tecnológico (Cnpq), até 2016. Desde 2012 trabalha na Empresa VectorControl, atuando em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, controle de qualidade de processos biotecnológicos e assuntos regulatórios.  Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em microbiologia e biotecnologia, atuando principalmente nos seguintes temas: bacteriologia, biologia molecular, biocontrole e bioinseticidas.

 

 

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Uma vez vomitei no mundo

Uma vez eu vomitei um mundo. O mundo era meu e de mais ninguém. Eu que o fiz e não tinha vergonha. Do fundo de meu amago, a minha garganta, minha boca e então posto para fora. E que sujeira esse mundo fez. Ele fedia. Ele era estranho. Ele era feito de mim e por mim, a minha imagem e semelhança. Assim como eu era feito dele. Olhei para baixo e vi meu mundo se espalhando pelo azulejo do chão do banheiro. Era tão lindo e tão meu. Quantos podem dizer o mesmo de seus mundos? Eu o olhava e o invejava pois meu mundo era o que eu não conseguia ser. Livre. Pois enquanto meu mundo estava ali, se espalhando e se misturando ao pano de chão e as frestas entre o chão, eu estava preso ao que eu era e a o que eu havia feito para minha vida. Eu que construí essa prisão particular em que estava preso. Mas quantos de nós não fazem ou não fizeram o mesmo em suas vidas? Eu olhei para meu mundo e imaginei o que eles pensavam sobre mim. Será que no meu mundo haviam “Eles” há quem pudessem pensar? Ou meu mundo era vazio? Será que no meu mundo eles pensavam em mim? Será que sabiam da onde vinham? As vezes podiam não fazer ideia de que o mundo deles iria acabar em instantes indo pelo ralo. Eu não tapei o ralo. Será que sequer chegaram a pensar que toda sua existência nada mais era do que o resto que meu corpo não quis mais? Ou seriam como nós, arrogantes como somos de que tudo o que existe é por nós e para nós? Senti raiva de meu mundo. Quem eram eles para se achar tão bons ao ponto de se achar melhor que eu!? Desgraçados! Eu gritei e joguei água e limpei tudo! O mundo deles acabou. Se não era mais meu mundo ao sair de mim, não seria de mais ninguém! Mas será que eu havia sido injusto com eles? Será que eles não mereciam uma segunda chance? Talvez. Melhor pensar melhor na próxima. Irei vomitar outro mundo amanhã e colocarei eles em um balde dessa vez. E se o mundo for pelo ralo dessa vez, será culpa deles e não minha.

Igor Mota – Belo Urbano, um garoto nascido em 1995, aluno de Filosofia na Puc Campinas do segundo ano. Jovem de corpo, mas velho na alma, gasta grande parte de seu tempo mais lendo do que qualquer outra coisa. Do signo de Gêmeos e ascendente em Aquário, uma péssima combinação (se é que isso importa).

 

 

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O outro lado da plataforma

 

Vida de médico não é fácil. Vida de enfermeira também. Principalmente quando se tem mais de um emprego e se trabalha doze horas em cada um deles. Faço 24 horas direto, dia sim dia não, sete dias por semana. Minha rotina é cansativa, mas adoro o que faço. São dois hospitais, duas UTIs, muitas vidas e uma quantidade considerável de mortes. Algumas doloridas. Esse é o meu trabalho e ainda consigo sorrir no fim do dia. Mas esse não é o caso. Só fiz essa breve introdução para que vocês entendam um pouco o meu estado físico e emocional depois de uma jornada dupla de trabalho. Era quinta-feira e voltava pra casa com um nó no peito. Naquele dia havíamos perdido uma paciente muito querida. É assim que falamos quando não conseguidos salvar os pacientes.

Desci as escadas da estação Clínicas. A plataforma, quase sempre vazia naquela hora, era ocupada apenas por algumas pessoas, na maioria, vestidas de branco como eu. Tomada pelo cansaço e um pouco angustiada, sentei-me. Abaixei a cabeça e quase cochilei. Quando senti aquele vento morno nas pernas, que sempre precede a chegada do trem, levantei a cabeça. Algo me chamou a atenção do outro lado da plataforma. Parada, em pé, olhando fixamente pra mim, estava uma mulher toda vestida de preto dos pés a cabeça. Ela usava um chapéu preto também. Aparentava ter uns 20 e poucos anos e era muito branca. Um tanto quanto pálida. Foi isso o que pude perceber no curto espaço de tempo entre a chegada do trem na plataforma e o sumiço imediato dela após a parada da composição.

Fiquei intrigada com aquela mulher, mas resolvi não pensar muito. Na verdade não tinha forças nem pra pensar. No dia seguinte, não sei porque, a imagem me veio à cabeça mais de uma vez. Não o suficiente pra que eu perdesse meu precioso tempo em tentar entender o que fazia aquela mulher olhando pra mim daquele jeito. Mal sabia eu que aquela história só estava começando.

Ao final da minha jornada seguinte, como fazia habitualmente, desci as escadas da estação Clínica. Igualmente cansada, só que dessa vez  sem nó no peito. Fui pro meu banco, sentei-me e abaixei a cabeça. Quando veio o ventinho do trem, levantei-me e tomei um susto. Lá estava ela. Olhando pra mim de novo. Resolvi olhar nos seus olhos. A distância que nos separava era de uns três metros. Vi uma tristeza serena como nunca vi antes. Gelei. O trem chegou e ela sumiu novamente. Na vez seguinte a mesma coisa. E na outra também. A imagem daquela mulher parada olhando com tristeza pra mim estava me atormentando. Perguntei pra todo mundo que eu conhecia se alguma vez a tinham visto na estação ou por ali. Nada. Ninguém nunca tinha visto uma mulher com aquelas características. Senti medo de estar vendo coisas.  O cansaço, a dupla jornada, o trabalho pesado de uma UTI, poderia estar desviando a minha consciência para o plano do imaginário. Em outras palavras, ou estava com um nível absurdo de estresse ou estava ficando louca mesma. Mas não era possível. A mulher era real demais. A única coisa esquisita era ela sempre estar com a mesma roupa preta e de chapéu. O que faria uma mulher de chapéu naquela hora da noite numa estação de metrô? Quanto mais eu pensava menos entendia o que estava acontecendo. Não me restava outra opção. Na próxima vez eu iria tentar falar com ela ou iria ao seu encontro. Me enchi de coragem. Estava com medo. Ela poderia ser real e poderia querer me assaltar ou me fazer algum mal. A gente nunca conhece as pessoas que cruzam nosso caminho. E se talvez ela não fosse real, fosse um fantasma. O que um fantasma poderia querer comigo? Tinha decidido. Iria enfrentar a situação. Não queria viver atormentada com aquela dúvida.

Meu coração quase pulava do peito quando desci as escadas. Tinha chegado a hora de descobrir a verdade. Ao chegar na plataforma nem pensei em ir pro meu banco habitual. Meu olhar se projetou para o outro lado da plataforma. Lá estava ela. Do mesmo jeito. Devolvi o olhar em sua direção. Ela me abriu um sorriso, ao qual retribui um tanto quanto sem jeito. Num impulso, virei-me e subi correndo as escadas. A única coisa que eu queria era chegar do outro lado antes da chegada do trem e do seu desaparecimento instantâneo. Quase sem fôlego e parecendo uma doida entrei na plataforma. Olhei de um lado a outro e não vi nada. Nenhuma alma viva ou morta. Eu a havia perdido mais uma vez. Nessa hora senti um cheiro forte de rosas misturado a um perfume doce. Olhei pro outro lado, onde eu deveria estar, e vi um homem sentado no meu banco. Aproximou-se uma senhora e sentou-se ao seu lado. Ele anunciou o assalto. A mulher reagiu. O homem tirou a pistola do bolso, deu dois tiros na mulher e subiu as escadas correndo. Senti uma forte tontura e caí. Ao acordar, no ambulatório do hospital que eu trabalhava e que fica em frente à estação do metrô, fui informada de que o homem que atirou estava drogado e foi capturado na porta da estação. E que a mulher, infelizmente havia morrido.

Tomei um táxi e fui pra casa. Era tarde demais e já tinha perdido o último trem. Não consegui pregar os olhos. Aquilo tudo não saía da minha cabeça. A mulher, o assassinato e o cheiro de rosas. Fiz mil suposições, todas racionais e não encontrava respostas. Parti então para o outro lado dos fatos. Fiz um esforço danado pra aceitar a suposição que me invadiu a cabeça, instantes antes de eu desmaiar na estação: a mulher que eu havia visto até então era um espírito que veio ali só pra me salvar. Era claro. Se eu não a tivesse visto, ficada intrigada e tentado ir ao encontro dela do outro lado, estaria sentada no mesmo banco de sempre e seria eu a vítima do homem drogado. Tentei resistir o quanto pude, mas nada, absolutamente nada fazia sentido. A única história que encaixava parte por parte era essa. Definitivamente, uma coisa do outro mundo. É claro que não disse isso a ninguém. Poderiam rir de mim. Eu mesma iria rir de alguém que me contasse uma coisa dessas.

Em silêncio comecei a fazer conjecturas. Logo de cara veio a inevitável pergunta: Por que eu? E quem era essa mulher?

Eu já tinha ouvido muitas histórias da estação Clínicas. Não sei se todos sabem, mas essa estação fica ao lado do cemitério do Araçá. Dizem que na época da construção, durante as escavações, muitos operários tinham visões assustadoras lá embaixo. Falavam que os espíritos apareciam frequentemente e que continuam aparecendo até hoje, principalmente depois do pôr do sol. Um homem disse uma vez que os espíritos não conseguiam descansar com o vai e vem dos trens.

Quero deixar uma coisa bem clara aqui: sou atéia e não acredito em nada disso. Nunca vi nada também. Pelo menos não até esse momento.

Contudo, o que tinha visto era real e tudo levava a crer que poderia ser um espírito. Foi nisso ao que me agarrei pra tentar desvendar esse mistério e acreditar que eu ainda estava lúcida, apesar de tudo. Se fui ajudada por um espírito, deveria ao menos saber quem era e agradecer o que tinha feito por mim.

Reservei meu sábado de folga para começar a minha busca. Não sabia quem eu procurava. Tinha uma imagem na cabeça e um roteiro a seguir. A primeira etapa era o cemitério do Araçá. Era uma manhã quente de primavera. Fiquei abismada com a beleza e paz daquele lugar. Muitas árvores e verdadeiras construções em homenagem aos mortos. Muitas delas adornadas com esculturas magistrais de Victor Brecheret. Não que passasse a freqüentar cemitérios dalí pra frente. Não era meu estilo, mas era um lugar bonito de se ver. Deve ser por isso que os góticos adoram cemitérios.

Depois da minha entrada triunfal pela alameda principal e das minhas descobertas iniciais, comecei a olhar túmulo por túmulo, nome por nome, foto por foto. A busca poderia durar um dia inteiro. Um dia não, semanas. Até meses lá dentro. E se ela não tivesse enterrada ali? Se tivesse em outro cemitério?

Parei por um instante e respirei fundo. Estava me achando uma doida varrida e morrendo de medo de algum conhecido me ver. Tudo bem que estava toda vestida de preto e de óculos escuros. Pensei nesse disfarce e numa boa explicação caso um amigo me encontrasse ali.

Já passava do meio dia e nada. Não sabia mais por onde tinha passado e a fome começou a apertar. Saí do cemitério e fui até um bar que fica do outro lado da Avenida Dr Arnaldo. Poderia encontrar alguém do hospital, mas estava cansada e com fome e não queria andar dois quarteirões abaixo na Teodoro Sampaio. Comi um queijo quente, tomei um suco de laranja e retomei novamente minhas buscas.

A tarde começava a despedir-se do dia e eu estava exausta. Mesmo assim resolvi parar embaixo de uma árvore e assistir ao pôr do sol que se deitava pelos lados do Sumaré. Acendi um cigarro. Não costumo fumar sempre, apenas em situações especiais. E essa situação, convenhamos, era mais do que especial. Valeria aquele cigarro e aquele breve descanso para minhas pernas. Dei algumas tragadas. Meu olhar vagava perdido, sem achar um ponto fixo. Assim como minhas convicções sobre tudo naquele momento, inclusive sobre minha sanidade. Puxei fundo e dei a última tragada no cigarro. Como se atraída por uma força olhei pra frente. Ela estava ali, olhando pra mim. Não como das outras vezes. Era a sua foto estampada numa sepultura de mármore preta. O mesmo olhar triste e o sorriso enigmático. Fui chegando perto, quase que tropeçando nas minhas próprias lágrimas. Mais uma vez ela me ajudou. Agora a encontrar ela mesma.

Tirei uma caneta da bolsa e anotei seu nome, data de nascimento e data de morte. Chaamava-se Maria Georgete Gomes. Tinha nascido em 06 de junho de 1933 e morta em 29 de outubro de 1957. Corri até a administração do cemitério e lá fui informada, que a pedido da família, nenhuma informação poderia ser dada. Diante da minha cara de decepção, o funcionário me disse: “Minha senhora, não posso entrar em detalhes, mas essa moça teve um fim trágico”.

Fui para casa atordoada, cansada, cada vez mais confusa e com uma certeza absoluta: vi um espírito e ele se comunicou comigo.

Passei o fim de semana juntando mais peças do meu quebra-cabeças e cheguei a mais uma conclusão. Ela talvez tenha me ajudado para que eu também não tivesse tido um fim trágico como ela. Mas com isso aquela senhora teve um fim trágico. Por que ela me escolheu? Será que não era a minha hora e sempre dão um jeitinho de nos avisar? E que ela era apenas uma mensageira disso?

É claro que não me contentei com esse desfecho. Eu precisava saber mais.

Na segunda-feira pedi licença de uma semana dos dois hospitais. Aleguei estresse. Aceitaram rapidamente. A minha cara não deveria ser das melhores depois de ter passado o fim de semana praticamente em claro.

Três dias de pesquisas e nada. Internet, arquivo público, biblioteca, cartório e mais uma dezena de lugares que se possa imaginar. Cheguei a voltar no cemitério e implorar na administração, mas é claro, saí e lá sem nada. De repente, numa dessas idas e vindas entre um lugar e outro, me deu um estalo. Se ela teve um fim trágico, ela pode ter sido assassinada. Não tive dúvidas. Fui direto ao museu do crime da polícia civil. Lá chegando foi relativamente fácil. Expliquei a situação, o que estava procurando e dei o nome dela. Em menos de dois minutos o atendente simpático voltou com uma pasta e colocou na minha frente. Estava tudo ali. A mulher era uma jovem enfermeira que foi brutalmente assassinada ao sair do hospital depois de um dia de trabalho. O hospital que ela trabalhava era um antigo hospital que deu lugar ao que é hoje o maior complexo hospitalar da cidade e onde, por acaso, eu trabalho. E a rua onde foi assassinada é a rua onde passo todos os dias quando vou para a estação do metrô Clínicas.

Um calor aqueceu meu coração. Meu choro se misturava a um riso tímido e orgulhoso. Minha busca havia chegado ao fim e algo de muito diferente estava se processando dentro de mim.

Nunca contei essa história a ninguém, nunca mais a vi e também nunca vi nenhum outro espírito. Aquele encontro foi único e agradeço todos os dias por tê-lo tido. Minha vida voltou ao normal. Tudo continua como antes, a não ser por um detalhe: todo dia 12 de maio, dia da enfermeira, vou até o cemitério e coloco flores em seu túmulo. É como se eu dissesse: “Parabéns pelo dia de hoje minha amiga”.

Gil Guzzo – Belo Urbano, é autor, ator, diretor e fotógrafo. Em teatro, participou de diversos festivais, entre eles, o Theater der Welt na Alemanha. Como diretor, foi premiado com o espetáculo Viandeiros, no 7º Fetacam. Vencedor do prêmio para produção de curta metragem do edital da Cinemateca Catarinense, por dois anos consecutivos (2011 e 2012), com os filmes Água Mornas e Taí…ó. Uma aventura na Lagoa, respectivamente. Em 15 anos como profissional, atuou em 16 peças, 3 longas-metragens, 6 novelas e mais de 70 filmes publicitários. Em 2014 finalizou seu quinto texto teatral e o primeiro livro de contos. É fundador e diretor artístico do Teatro do Desequilíbrio – Núcleo de Pesquisa e Produção Teatral Contemporânea. E o melhor de tudo: é o pai da Bia e do Antônio.