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Para que protesto?

Em 2013, os protestos surgem contra os 0,20 centavos. Em 2014, contra os gastos com a copa. Em 2015, contra Dilma e sua fraude eleitoral, as pedaladas etc. 

Até então, os protestos, que eram saudados e elogiados, passam a ganhar críticos que viam no discurso vazio e genérico contra a “corrupção” uma falha. Quando perguntados sobre o que era a tal da “corrupção”, os que ferozmente protestavam respondiam taxando a corrupção de “isso tudo que está aí”. Pois veremos que, protestar contra “tudo isso aí” envolve condenar também o bom senso.

(Naturalmente, os críticos foram automaticamente taxados de petistas…).
Em 2016 os protestos foram contra a corrupção nas olimpíadas, 2017 contra Temer e o acordão “com supremo e com tudo” e 2018 contra PT X Fascistas, diante das eleições. O discurso era o mesmo: “contra corrupção”. Agora, quando questionados, os manifestantes respondiam “conta tudo isso aí”, “para salvar o Brasil..”, “por Deus e pela pátria”…

2019 os protestos eram a FAVOR da precarização do trabalho, da previdência, da saúde e educação pública, a título de “salvar a economia e o Brasil”. Em 2020, os protestos são contra as instituições democráticas, sociais e de sanidade pública que “são corruptas e detonam a economia, os mercados…”.

Em pandemias como a que vivemos, os mercado certamente não morrerão. Quem morre são as pessoas e, até onde saiba, eu e você somos pessoas, certo? Penso que seja mais inteligente defender pessoas. 

Atualmente, muitos protestam para defender “O salvador do Brasil”, “defender Deus e a pátria”, “contra a quarentena que é culpa da china”… Portando armas, os 300 estão em Brasília, orando ao “Deus dos Cristão” para encontrar um petista disposto a tomar bala na cara. É sério isso? Sim, pior que é. E alguns dessa lista de amigos publicam em suas redes, em apoio a essas práticas, fazendo coro a essa insanidade.

Fica a dúvida: Será que estamos protestando direito? Será que estamos de fato salvando a nós mesmos ou a um abstrato discurso? Será que não queremos fazer parte de uma novela de quinta categoria que nos faz tornarmos vilões e vítimas de um enredo que não escrevemos? 

E quem será que ganha “com tudo isso aí” que você posta? Você sabe? Pense nisso.

Crido Santos – Belo urbano, designer e professor. Acredita que o saber e o sorriso são como um mel mágico que se multiplica ao se dividir, que adoça os sentidos e a vida. Adora a liberdade, a amizade, a gentileza, as viagens, os sabores, a música e o novo. Autor do blog Os Piores Poemas do Mundo e co-autor do livro O Corrosivo Coletivo.


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O Pouso

O verso livre me deixou ausente

De manifestos de pessoas

Estou sozinho e tão completamente

Que afundo a faca no meu peito

E numa rima decadente suspiro

Ensanguentado

O que escorre de mim não é sangue

É aguardente

O óbvio torna-se complexo

O que sinto não é amor

É ódio e sexo

O futuro me comete

Viajo mas não morro

Habito o outro lado da montanha

Pra subir nem Ícaro num cavalo alado

Pra descer tem que ser a pé e sozinho

Lá não existe bondinho

É a sombra do meu Cristo

Se é redentor não sei

Mas tem um Cristo no topo da montanha

Ao subir verá as luzes da cidade “anoitescente”

Gritará bem alto e estridente:

O verso livre me deixou ausente

Estou sozinho e tão completamente

Que numa rima decadente

Embriago de sangue e aguardente

Fernando Farah – Belo Urbano, graduado em Direito e Antropologia. Advogado apaixonado por todas as artes!
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Aparências só enganam quem…

Aparências só enganam quem

não vê de perto.

Com filtros, tudo é lindo.

Pareciam felizes.

Sorrisos de porcelana.

É difícil perder o poder da beleza.

A outra sempre foi cisco de pessoa.

Preconceitos era o normal.

Vidas fingidas de felizes

na família tradicional brasileira.

Todos passaram, só sobraram elas.

Fla e Flu

na memória e nas histórias.

Os ausentes.

O velho tarado.

O velório estranho.

Aquele bando de mulheres na sala.

O cheiro do perfume fedido.

A criança.

A bruxa mesquinha.

As fofocas.

A solidão.

Flu foi tomada por tudo isso.

Fluzinha a raiva herdou.

Além da nostalgia,

do culto doentio pelos mortos,

das bulas de remédios,

dos copos de requeijão na coleção,

dos carrinhos afanados.

Fla tinha brilho,

mas tinha dor e amargor.

Uma ferida que não cicatrizava

e que machucava como trator

quem a incomodava.

Arrogância.

Mentiras.

Espelho distorcido.

Peitos construídos pelo cirurgião.

Tudo justificava no seu mundo

de aparências.

Os antigos se foram.

A criança permanece.

O ciclo se rompe.

Fla e Flu se fu.

Como diz Gil: “aquele abraço”.

Adriana Chebabi  – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa . 

Foto Adriana: @gilguzzo @ofotografico

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“EM NOME DE DEUS”

A cada capítulo dessa Série Documental, quando a Inteligência Mental de um João prof’EUtizado de DEUS, corrompe a sua Inteligência Espiritual afim de sequelar sua história, e inflamar a Inteligência Emocional de suas seguidoras, usando o toque sexual em viés Santificado na Inteligência Física por vez em cada uma delas, e se servindo ao canto da Oração da Vida, a chamada “AVE MARIA”, durante a farra do boi mental que se fazia, dentro de um labirinto feudal!

A cada capítulo dessa Série, quando o fio da meada no tom vocal de cada seguidora, nos leva de forma pura para uma região perdida entre as mãos e a braguilha aberta de um enganador, dentro de suas calças sempre de linho branco, quando as faz se sentirem à Serviço do “deus” que não existe.

A cada capítulo dessa Série, quando a fala de cada uma dessas mulheres se junta, em asco e medo, em revolta e culpa, em sofrimento e depressão, em repúdio e alívio, em atuação e comprometimento, para que possam voltar a crer que aquele homem chamado de DEUS que reza em tons demoníacos dentro de sua sala pessoal, está hoje entre as grades, provocada por um “EU’inimigo” cruel e obcecado por mulheres ao seu serviço em nome de Maria Imaculada, chamado em seu batismo de João!

A dor é concreta ao assistirmos este Documentário, o olhar de cada uma delas nos consente gritar pela exclusão do planeta, desses homens que continuam de braguilha aberta e descaradamente de plantão.

180 – SOS

Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.






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CADÊ?

Cadê o anel que estava aqui?

O dedo comeu.

Cadê o dedo?

A porta prendeu.

Cadê a porta?

O elefante fechou.

Cadê o elefante?

O circo pegou.

Cadê o circo?

Estava aqui, aqui, aqui…

E agora o que faremos?

Elefantes são bichos sagrados,

São bichos supremos,

Então…

Prendê-los, nós não podemos!

Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.




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Fragmentos de um diário – 30 – Apaixonado por ela

… chegou o N, desceu do carro e foi falar com a gente. Ele estava uma gracinha de piratinha, uma calça branca e uma blusa amarela, tava demais!

Não sei quem falou que não precisava dar beijinho em mim e ele disse: –Eu to apaixonado por ela.

Eu sei que apaixonado é meio difícil, mas ele tava afim de mim, dando em cima.

Depois, outro dia, na terceira festa, disse que eu tava linda. Estávamos na frente da casa e N virou para o amigo dele e disse olhando para mim, que era por essa menina que eu tava apaixonado. Eu como sempre imbecil, fiquei quieta. Depois ele foi conversar comigo e me dar um piratinha que tinha na carteira, eu não aceitei, tava abobada. Não aconteceu nada porque eu sou uma idiota. A festa foi legal, mas poderia ter sido muito mais legal.

O N mexeu comigo, é gostoso a gente ficar afim de alguém, ainda mais quando essa pessoa tá afim da gente….

Férias de janeiro, na praia  – Gisa Luiza – 16 anos

Adriana Chebabi  – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa . 

A personagem Gisa Luiza do “Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza

Foto Adriana: @gilguzzo @ofotografico

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Pandemia (nem sentir, nem tocar)

Eu queria ser capaz de entender tudo

Aquilo que cabe nesse momento

Quanto mais tempo estudando o espaço, melhor

O fato é que sabia do percurso entre nós

Que São Paulo é bem mais perto que a tua ilha

Noções de espaço eu tenho

E o fuso, todavia, menos concreto que o tempo de vida

É só pular da janela para encurtar todo esse tempo, entre nós

Para diminuir a estrada, tentei te ligar

Não consegui

O interurbano não é caro.

A crise ta feia…

Além de não poder falar. Nem sentir. Nem tocar.

Fernando Farah – Belo Urbano, graduado em Direito e Antropologia. Advogado apaixonado por todas as artes!
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Sorte?

Eu e ele

Eu sou lua e ele é terra

Eu gosto de sal e ele de açúcar

Eu sinto o frio e ele calor

Eu gosto de comer vegetais e ele de comer animais

Ele metódico, eu livre

Ele é touro e eu áries

Ele mais preocupado com finanças, eu menos….diria…bem menos

Eu emoção, ele razão

Eu riso solto e ele preso

Ele exatas e eu humanas

Eu verão, ele inverno

Eu praia e ele montanha

Eu bagunça e ele organização 

Desafiamos todas as probabilidade e expecativas, dos inimigos  claro,  de que não daria certo…

Aqui estamos! 41 anos juntos

Uma vida vivida em companhia do diferente

Desafio? 

Aceitação?

Tolerância? 

Não, amor. Pra mim, o verdadeiro. 

Prova de que Amar só se define com veracidade quando para isso temos que: somar, respeitar e aceitar. 

Sorte?

Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, 54 anos, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche:  Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria “


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Antirracista acima de tudo

“OOOhhhh, ele usa um brinco de argola!”

A primeira vez em que vi uma pessoa preta, devia ter uns seis anos. Isso aconteceu em um restaurante de Helsinque, a capital da Finlândia. 

Como nasci e cresci em uma cidade pequena do país, nunca tinha visto alguém nem levemente morena. Olhos castanhos então, eram algo muito estranho.

Naquele restaurante de Helsinque, do que mais lembro é da reação da minha mãe, de olhos arregalados e falando baixinho, sobre aquele homem negro. Só que, maravilhada, os seus comentários eram sobre o exotismo do que ele estava usando: Um brinco de argola grande na orelha. Não lembro de mais nada sobre ele, de suas roupas, se falava alguma língua desconhecida, com quem estava, nada. Mas passei a associar pessoas que tinham a pele de cor tão diferente da minha com o exótico e maravilhoso.

Quando nos mudamos para o Brasil, pouco tempo depois, vivi em cidades pequenas, onde frequentava a mesma escola que as outras crianças, de todas as cores e classes sociais e brincava com elas. Era com a filha da costureira que aprendi as cantigas de roda, com a filha da lavadeira que brincava de pega-pega e com todas as outras crianças que brincava de esconde-esconde na praça da igreja. Nunca passou pela minha cabeça ou de sua mãe, criticar essas amizades por qualquer motivo.

Já adolescente, morando em uma cidade grande, descobri o preconceito. Primeiro contra mim mesma, por ser alienígena. Não havia muita tolerância ou acolhimento naqueles bons anos 70, numa Campinas provinciana. Mas tinha muita xenofobia e megalomania. Já na escola, só tinha branco. Até os funcionários. E assuntos polêmicos, como divórcio, aborto e racismo eram abordados raramente em alguma aula da área de humanas. À típica pergunta: “Você é racista?”, ela respondia que não, mas ninguém acreditava, o que, por sua vez, fazia com que ela passasse a ter dúvidas sobre suas afirmações. “Você tem amigos negros?” Não, mas qual era a minha oportunidade de encontrar negros para ter amizade?  Tolerava as piadinhas racistas, assim como as misóginas e outras preconceituosas, apenas para não ser a chata da turma, mas na verdade, nunca consegui ver graça nelas. Com o tempo, passou a contestar cada piada ridícula com outra pior, sobre alguma coisa muito sem graça. 

A pior que aconteceu, nos anos 1990, foi ir a uma festa da prima do marido, onde um dos convidados era negro e a tia dizer: “Desculpem, não tive como evitar.” Ao que eu respondi: “Desculpo não, tia! É um absurdo imaginar que a presença do colega de sua filha possa ser ofensiva!” Naquela época ela não entendeu, racismo ainda não era crime, mas eu queimei de raiva por dentro. Se eu teria amigos negros???

Eu tenho AMIGOS e nem mesmo sei a cor deles!

A maioria dos racistas brasileiros sofreria racismo na Europa, Estados Unidos e Japão! Nós somos um país de miscigenados e amo essa mistura maravilhosa que faz a pele mais morena ou não.

Passados os anos 70, 80, 90 e chegados os anos 2000, 2010, 2020. Hoje já não me calo mais, mas, por outro lado, não me isenoa também. Hoje Racismo É Crime e eu luto com meus papéis, desenhos e textos. Luto com as armas que tenho e não estou sozinha. Será que eu me considero racista? 

Eu, definitivamente, sou ANTIRRACISTA!

Synnöve Dahlström Hilkner – Bela Urbana, é artista visual, cartunista e ilustradora. Nasceu na Finlândia e mora no Brasil desde pequena. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCC. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês. Participa de exposições individuais e coletivas, como artista e curadora, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros. É do signo de Touro, no horóscopo chinês é do signo do Coelho e não acredita em horóscopo.




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NÃO DÁ PARA FALAR DE RACISMO

Não dá para falar de racismo porque minha pele é branca. O privilégio me encontrou antes que eu soubesse o que isso significa.

Não dá para falar, mas ele existe e é maior do que meus olhos alcançam, muito mais violento do que minha compaixão dá conta.

Não vou escrever com métrica, nem estética, nem cronologia. Vou deixar vir à tona minha lembrança do mundo, das misturas de dentro e fora de mim.

Quando eu era bem pequena, imaginava que um dia eu seria negra, que era só questão de tempo para minha pele colorir e brilhar, como a da Tereza, amiga da minha mãe, que chegava em nossa casa e preenchia a sala de cor, com sua risada escandalosa.

Eu olhava no espelho, mas o dia não chegava. O branco não saía de mim…

Ainda menina, eu escolhi minha madrinha, uma mulher negra, linda, de olhos grandes, sorriso rasgado que me deixava fascinada. Ainda hoje eu admiro a força da minha Alice.

Minhas bonecas preferidas eram pretas e isso parecia estranho, não era comum.

O mundo do negro tinha que parecer excêntrico, pequeno, oculto.

Aos poucos, fui me deparando com a realidade bruta.

Na cidade onde nasci e cresci, havia um clube para brancos e outro para negros. Mesmo sem entender, eu nunca contrariei, nem questionei, nem protestei. Obedeci e segui a ignorância.

Não posso falar em racismo sem me enxergar como alguém que o perpetuou por inércia.

Já adulta, num estágio da faculdade em Campinas, soube de um garoto de 10 anos, filho de uma professora, que perguntou para mãe por que pobres eram pretos. Só de ouvir a hipótese levantada por esse menino senti meu peito apertar. E, mesmo depois de todos os argumentos da mãe sobre igualdade e justiça social, ele concluiu que o discurso não correspondia, pois na escola ele não via crianças negras. Ele só as via no sinal, na rua. Por vários dias, esse diálogo que eu não presenciei, ficou na minha cabeça.

Eu estudei em escola pública e na minha sala havia diversidade de etnias e de classes. Talvez, na idade dele eu não tivesse essa preocupação. Mas, a realidade estava ali e eu não vi, não soube ver, não quis ver, não aprendi a ver… Só segui.

Por fim, me lembrei de um dia que eu estava no shopping com meu filho. Nessa época ele tinha pouco menos de 3 anos e uma espontaneidade que só as crianças têm. Ele apontou para um homem e disse em voz audível que ele parecia um brigadeiro. Eu gelei dos pés a cabeça e, antes que eu formulasse um pedido de desculpas, os dois já estavam abraçados. Nunca vou me esquecer de suas palavras: “foi a coisa mais gostosa que alguém disse sobre mim”. Já se passaram mais de 20 anos e eu ainda me emociono.

Fato é que reconhecer uma injustiça não me coloca em uma posição confortável, pelo contrário, exige a responsabilidade do posicionamento e da ação. Ter amizade e afeto por negros, tratá-los com educação e respeito, ainda é muito pouco diante dos séculos de crueldade que distorceram suas identidades, disseminando a discriminação, mantendo os maus tratos, a violência, a injúria e, com isso, dificultando suas vidas e atrasando suas
histórias.

O que vem acontecendo não é diferente do que já ocorria antes.

Por mais que eu não me sinta à vontade para tomar essa causa e falar como se eu pudesse sentir essa dor, pois seria ingênuo ou leviano, eu posso ouvir, quero aprender e devo sim levantar minha voz ao menor sinal de preconceito.

Posso ser antirracista – sou e serei. Minha pele não vai colorir, em sinal de transformação, mas minha consciência pode aprender a brilhar e o meu coração a agir.

Dany Cais – Bela Urbana, fonoaudióloga por formação, comunicóloga por vocação e gentóloga por paixão. Colecionadora de histórias, experimenta a vida cultivando hábitos simples, flores e amigos.