São horizontes diferentes…. uns feitos de promessas leves e fartos de figuras momentâneas… Outros são feitos de desejos pesados e com pouco molde, porém extremamente perenes.
Há quem viva com desejos inconstantes….ora quer…ora não… no risco da falta de prova, no fio das palavras sem revelação alguma…atravessam o nosso tempo na ponta dos pés, ocupam a mente e afligem os corações mais assertivos. Ser de carne o osso é relativamente simples nesses casos…mas pra quem é de sentimento, sobra o exercício contante do tato apurado… para aproveitar as oportunidades de estar sem pensar se o outro quer ou não.
Veremos horizontes diferentes… mas bebemos da mesma fonte. Olhar em poesia privada….arriscar-se por simplesmente permitir-se estar vivo através do arrepio dos poros….evoluções revolucionárias dos desejos e deveres.
Por própria conta e risco… feitos de pedaços soltos…. só lembramos do que nos faz completos nos momentos mais intoleráveis…buscamos novos horizontes…mesmo certos do nosso eterno porto seguro.
Renata Lavras Maruca – Mulher, mãe, publicitária e cronistas nas horas de desespero. Especialista em marketing de conteúdo digital. Observadora do universo humano e suas correlações” intermundos”(reais e virtuais). Viciada em doces, gordinha por opção e encantada pela sedução inteligente. Prefere sempre vestir em palavras escritas tudo aquilo que reflete ou carece de análise. Resumindo: Complicada e perfeitinha
…”Sinceramente acho que é delírio da minha cabeça, mas com uma vontade que não fosse (aí minha carência).
Que necessidade de terminar aquela conversa, talvez até mais por mim (egoísta). Que vontade de sonhar só um pouco e deixar de ser tão racional, agir diferente do que penso e prego, e cometer erros, pois já os tenho como erros, sem sentir culpa alguma.
Não é nada fácil, principalmente para quem sempre é tão de acordo com seus atos e palavras, pessoas assim como eu, esquecem ou apagam determinados sentimentos só pra não ir contra o que pregam e não magoar ninguém.
“Eu não posso fazer mal nenhum a não ser a mim mesmo” já diz a música do Lobão.
Gostaria de falar das entrelinhas, daquilo que a gente sabe sem nunca ser dito, de sentimentos. Pode-se nunca ser dito, mas a gente sabe, sente, sem erro algum. O problema é acreditarmos nesse nosso instinto, acreditarmos que sabemos sem ouvir.
1, 2, 3 caminhos. Sempre tão lógica…
Sinto que precisava ouvir e talvez viver.”
04 de novembro – Gisa Luiza – 31 anos.
Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de contos e poesias, mas também e atreve a escrever no divã desse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. A personagem Gisa Luiza do “Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza.
Adolescência é um período de descobertas, experiências e muitas expectativas, né? A minha não foi diferente. E pensando naquela época me lembrei de um episódio que poderia ter mudado o que faço hoje.
Eu devia ter uns 17 anos mais ou menos . Minha mãe e minha irmã iam viajar e eu ia ficar por minha conta. Coisa que eu adorava! Bom, eu estava namorando um cara mais velho e logo pensei em algo para impressioná-lo.
Pedi para minha mãe se podia fazer um almoço para ele e ela não só concordou, como comprou os ingredientes.
O cardápio: estrogonofe ( de carne) com arroz e batatas fritas.
Chegado o dia comecei a trabalhar bem cedo…separa ingredientes, pica, põe na panela, mas como era mesmo? Tempera a carne com limão, mas esse tem que ficar especial, mais um pouquinho de limão para ficar melhor.
Tudo lindo, eu linda (era o que eu achava aos 17 anos…rs), a mesa posta, até um vinho arrumei. O gato chega (era assim que chamávamos) eu faço seu prato e ansiosa espero a primeira garfada. Percebo um certo desconforto em suas feições, mas acho que é meu nervosismo, afinal não tinha como dar errado.
Me armo de meu melhor sorriso e pergunto: e aí, como está? Ele mal consegue respirar, mas gentilmente me responde: – É tá bom. Nesse momento me lembro de meu próprio prato e coloco uma porção generosa na boca, hummmm….ecaaaa! Só tem gosto de limão! Começamos a rir e resolvemos sair para comer um delicioso pastel feito pelo japonês da esquina.
O almoço foi um fiasco total e o namoro não ficou atrás, mas por incrível que pareça, apesar da primeira incursão na cozinha ter dado nisso, hoje cozinho profissionalmente. Os talentos nem sempre aparecem na hora que precisamos, mas muita vontade e estudo nos fazem capazes de tudo. Nunca desistam no primeiro tropeço, vocês podem se surpreender com o que são capazes de realizar.
Agora faço comida saudável!!! rs.
Adriana Rebouças – Formada em Publicidade. Cursou gastronomia no IGA – São José dos Campos Publicitária de formação e Chef por paixão. Sócia do restaurante chama EnRaizAr e fica dentro de um espaço de yoga e terapias que se chama Manipura em São José do Campos – SP.
Se as coisas por alguns instantes parassem, como se não existissem
Apenas o nada faria sentido
Se todos os sentidos tivessem sentido
Do que valeria o não ter e a dúvida para resolver?
Seria tudo resolvido
Sem graça, sem um doce ar de reclamação.
Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de contos e poesias, mas também e atreve a escrever no divã desse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. Como o tema dessa semana é adolescentes, essa poesia foi escrita quando ela tinha 18 anos.
A academia de karatê ficava no centro da cidade. Todos os dias o treino da noite começava pontualmente às 19 horas e teminava às 20h30.
Um dia, quatro meninas, adolescentes, subiram a escadaria que levava à secretaria e ao único salão de treino existente.
Era o ano de 1975, karatê era esporte para homens, mas naquela academia isso estava para mudar. As irmãs D se inscreveram naquele dia e aumentou consideravelmente a porcentagem feminina nos treinos… Minha mãe era da opinião de que deveríamos ser fortes e disciplinadas, mental e fisicamente, e a arte marcial nos oferecia o caminho perfeito.
Em dois anos, nós quatro tínhamos nos superado e chegado à faixa marrom. Eu adorava os treinos, não de levar chutes ardidos e ficar com manchas roxas, mas da dinâmica geral, da hora de meditar, da performance dos exercícios…
Mas havia um probleminha… A cobrança começava a crescer, deveríamos treinar em São Paulo todos os fins-de-semana, pois em Campinas já não tinha espaço para nós. Além disso, éramos uma atração à parte, as meninas Karatecas. Então, na véspera do dia em que eu faria exame para a faixa preta, eu me rebelei e simplesmente desisti, de forma definitiva. Eu gostava da informalidade dos treinos, não do que eu estava vivenciando naqueles tempos.
Também tinha a escola, eu era e sempre serei o que hoje podemos chamar, sem preconceito, de Nerd. Então optei pelos estudos e deixei de fazer algo que se impunha sobre mim. Minhas irmãs me seguiram, foi uma decisão conjunta. As meninas D deixaram o karatê.
Até hoje sou apaixonada pela arte marcial e nunca consegui me dedicar a outra atividade com o mesmo amor, até tentei a dança, mas não me oferecia o que eu procurava.
Sim, de novo volto às opções, às encruzilhadas que encontramos e nas quais precisamos decidir por uma direção.
Mas o que um ou uma adolescente pode fazer? A vida nessa fase é uma busca constante, é um grande episódio de começar e parar, começar outra coisa e largar também. Uns se encontram mais rapidamente, outros levam mais tempo. Enquanto existir curiosidade e vontade, será assim.
Uma frase que minha mãe dizia quando alguém reclamava que os jovens são rebeldes:
“Meu amigo, se os jovens não fossem rebeldes, ainda estaríamos vivendo nas cavernas!”
Synnöve Dahlström Hilkner– É artista visual, cartunista e ilustradora. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCCAMP. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês, com ênfase em Negócios. Nascida na Finlândia, mora no Brasil desde os 7 anos e vive atualmente em Campinas com o marido, com quem tem uma empresa de construção civil. Tem 3 filhos e 2 netas. Desde 2011 dedica-se às artes e afins em tempo quase integral – pois é preciso trabalhar para pagar as custas de ser artista – participando de exposições individuais e coletivas, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros.É do signo de Touro e no horóscopo chinês é do signo do Coelho. Contribui para o Belas Urbanas com suas experiências de vida.
… “uma vez eu e a C estávamos no mar, daí veio o P, o R e o A e ficamos conversando. O A perguntou para mim:
-De quem você mais gostou de nós?
-De todos vocês, vocês são simpáticos (mentira, era dele).
Perguntei:
-E você de quem mais gostou?
-De vocêêêêêêê….”
Fiquei super feliz.
09/04 – Gisa Luiza – 15 anos
Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de contos e poesias, mas também e atreve a escrever no divã desse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. A personagem Gisa Luiza do “Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza.
Muito se discute a respeito da alimentação infantil e, nesse mês em especial, o tema se torna ainda mais visado.
Quem nunca pirou porque ” seu filho não come isso ou aquilo” , ou nunca escutou a frase:” não sei mais o que fazer para meu filho comer”? Pois bem, existem alguns fatores que devemos considerar:
– Você e todos os membros da famílias comem bem?
– Ele não gosta de determinado ingrediente ou do modo como ele é apresentado?
Criança aprende por exemplo. Se você ou alguém alguma,vez torceu o nariz para aquele maravilhoso brócolis que apareceu por um acaso na mesa…desista, seu filho não vai comer o tal brócolis… rs
Um truque para fazê-lo comer , é tê- lo como seu ajudante de cozinha. Ele vai querer comer aquilo que ele mesmo ajudou a preparar. Prepare pratos coloridos e deixe ele brincar com a comida. Uma loucura, né? Mas funciona!
Ofereça de tudo, faça pratos bem coloridos e se mesmo assim tiver algo que ele não come, relaxe. Talvez ele realmente não goste daquilo!
Adriana Rebouças – Formada em Publicidade. Cursou gastronomia no IGA – São José dos Campos Publicitária de formação e Chef por paixão. Sócia do restaurante chama EnRaizAr e fica dentro de um espaço de yoga e terapias que se chama Manipura em São José do Campos – SP.
Escondes as meias embaixo do travesseiro enquanto dormes
Vivo
Enfio a cabeça no travesseiro
Fustigado pela feliz diferença
Os filhos
São iguais a eles mesmo
Gil Guzzo – é autor, ator e diretor. Em teatro, participou de diversos festivais, entre eles, o Theater der Welt na Alemanha. Como diretor, foi premiado com o espetáculo Viandeiros, no 7º Fetacam. Vencedor do prêmio para produção de curta metragem do edital da Cinemateca Catarinense, por dois anos consecutivos (2011 e 2012), com os filmes Água Mornas e Taí…ó. Uma aventura na Lagoa, respectivamente. Em 15 anos como profissional, atuou em 16 peças, 3 longas-metragens, 6 novelas e mais de 70 filmes publicitários. Em 2014 finalizou seu quinto texto teatral e o primeiro livro de contos. É fundador e diretor artístico do Teatro do Desequilíbrio – Núcleo de Pesquisa e Produção Teatral Contemporânea e é Coordenador de Produção Cultural e Design do Senac Santa Catarina. E o melhor de tudo: é o pai da Bia e do Antônio.
“Quando era pequena, muito pequena mesmo, eu devia ter uns 4 ou 5 anos, perguntei para minha mãe:
– Mãe, meu pai é o homem mais forte do mundo?
Ela me olhou e respondeu: – Não.
Eu na hora devolvi: – Mas se ele não é o homem mais forte do mundo, como vai nos proteger dos ladrões?
Não me lembro a resposta dela, mas hoje sei que meu pai não era o super homem, e que não existem super homens. Existem homens fortes, mulheres fortes e crianças que podem se tornar pessoas fortes ou não.
Os ladrões virão na vida e em algum momento todos nós seremos roubados, de coisas materiais e de coisas que não são materiais, que são as mais doloridas.
Como nos defendemos e nos recuperamos? Não sei ao certo, mas acho que esse super homem e essa super mulher podem vir a tona dentro de cada um de nós quando isso acontece, mas para que tenha forças para vir e resistir, isso sim, nasce na infância, é o tal recurso interno que os psicólogos tanto falam.
Recurso interno: Ter ou não ter? Como saber?
Vou pensar mais sobre isso, acho que tenho, já me disseram, mas será que ajudo meus filhos a terem?”
14 de outubro – Gisa Luiza – 47 anos
Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos e poesias. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. A personagem Gisa Luiza do “Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza.
Sérgio Biscaldi é escritor e publicitário nas horas vagas.
Essa inversão de prioridades profissionais é recente e muito bem-vinda. Fica mais clara ainda quando lemos a primeira obra dele, o forte e instigante As cores do Esquisito.
No livro disfarçado de infantil, mas que serve para todas as idades, Sérgio traz o personagem Esquisito que assim como nós muitas vezes se sente diferente, estranho, incapaz. Tem seus medos, carrega seus fantasmas e angústias. Sofre de bullying, palavra moderna para a chata mania de apelidar, desprezar e menosprezar quem é esquisito. Ou não.
Graças a Deus, em As cores do Esquisito, as respostas chegam rápido. Podia ser assim na vida também, né? Superrecomendo.
As cores do Esquisito
Autor: Sérgio Biscaldi
Ilustrações: Renan de Oliveira
Editora: Aquário Editorial.
Carla Bravo – Jornalista, atriz, apresentadora, locutora, dubladora, roteirista, mestre de cerimônias, assessora de imprensa e tudo mais o que uma comunicadora sabe ser. Ah, otimista sempre. E sonhadora.
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