A quem possa (des) interessar sobre o amor,
Amor é jazz nova-iorquino. Um hino. Contratempos graves marcam o rítmo. Assim dedilhado, com cuidado e sem medo.
Saltam delicadamente, os amantes, entre teclas pretas e brancas de um piano. Oh! Abraços! Quentes confortáveis. Som dos metais a anunciar o refrão: Dancing cheek to cheek! Oh! I’m Heaven!
Oh, amar! Nada mais é que enxergar a si próprios na menina dos olhos da pessoa amada. E neste poço se afogar. Sem ar. Morrer até viver. Todo amor é Narciso.
Para um amor é necessário estar por inteiro. Alma gêmea é o espelho. É a descoberta da nossa música.
Leitor (a), você já esteve na neve de Nova Iorque? Eu não.
Por enquanto fico no calor. Procurando por um cheiro no cangote. Um baião de dois. E danço xote com a garrafa de Corote.