Vim pra esse mundo com alma de homem, minhas características principais tinham um estereótipo masculino… muito brava, mandona, agressiva, sempre no “tomaládacá”. De fala forte e olhar 58 (incontestável). Calça jeans, tênis e camiseta branca!
Logo cedo suscitei questões sobre missão de vida, por que viemos parar aqui, como encarnamos, etc… e fui ao encontro de várias ferramentas de autoconhecimento, recebendo várias peças do quebra-cabeças aqui e ali, cheguei a um atalho muito claro: vim experimentar o feminino.
Tive poucos namorados, mas todos eles muito sentimentais, artistas, de alma feminina, um deles me presenteava com vestidos, sapatos de salto e bijus (este inclusive interrompeu nosso namoro e saiu do armário), me casei com um homem sensível e depois de uns anos, com certa relutância acabei sendo mãe de uma menina.
Hoje, aos quase 50, aprendi muito sobre ser mulher, mais vaidosa, uso vestidos, maquiagem, a fala é mais complacente e as atitudes mais macias. Por vezes ainda me sinto em cima de um cavalo nos moldes de “O Último dos Moicanos”, mas passa rápido. Gosto de ser mulher! Se criamos a vida dentro do nosso útero, temos o dom da cura. Se temos a intuição como acessório original, temos o dom do discernimento e da inspiração. E se temos o acolhimento como item de série, vamos amparar a vida!
É o que sempre digo, atrás de um grande homem, tem sempre uma grande mulher. Atrás de uma grande mulher, tem sempre ela mesma!
Fernanda M. Carracedo – Bela Urbana, bem -casada (igual ao doce), 01 filha, 01 pai, 01 mãe e 01 irmão. De riso alto e debochado, olho comprido na alma alheira e uma boca cheia de respostas. Tenho um “Q” de Malévola (escorpião com ascendente em escorpião), o que me rende uma platéia temente, e, por enquanto, vou rindo… Blog:https://www.ordensedesordens.com/