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Marina

Acredito que esteja relacionado a forma como você olha;

Um certo ar de coração, profundo, de quem carrega a dor do mundo;

Este jeito meio moleca, meio menina, traz ainda mais empatia a este olhar;

Acredito que seja isso que cause nas pessoas está gigantesca vontade de estar ao seu lado;

Ou será que não é em todos e eu talvez sinta alguma coisa igual a você?;

Não dá, não tenho o seu coração, mas sou também carregado de emoção;

Hoje olhei os seus olhos e vi um certo ar de pureza nesta linda sexualidade pulsante;

Antagónico este olhar, mas completamente pertinente a quem te observa;

Significa dar sentido aos pensamentos mais profundo e depois se arrepender;

Não porque você não vale a pena, pois seria mentira, mais sim porque você parece tão frágil a ponto de quebrar;

Mas, se te quebro, junto a você, despedaço-me, fico só um caco, para depois você me montar;

Mas talvez eu já esteja em frangalhos e aí você já não parece mais tão frágil, e isso seja só uma desculpa para me aproximar;

Dentre todas as formas ou pensamentos que eu possa ter isso sempre termina do mesmo jeito;

Cacos, frangalhos, sentimentos e emoções, tudo destemperado, sentido, rasgado, apaixonado por querer-te;

Este sentido que vem de nos, de dentro de nós, meio como um trem desgovernado;

Causa o maior estrago no nosso ser, isso é quem somos, nervos expostos a sentir tudo que se possa ter;

Sentimos tanto que o nosso calor queima mais forte;

O nosso beijo beija mais profundo;

O nosso resumo conta uma longa história;

A nossa história abre espaçado para muitos vários resumos;

Então ao pegar o meu barco e navegar neste vasto oceano por mais de anos, só;

Dentre muitas tempestades, ventos, ondas, mares e saudades;

Talvez o que o marinheiro realmente queira e ancorar numa bela Marina;

Se perder neste profundo olhar, beijar até quase desmaiar e quase desmaiando só pensar em amar-te;

André Araújo – Belo Urbano. Homem em construção. Romântico por natureza e apaixonado por Belas Urbanas. Formado em Sistemas, mas que tem a poesia no coração. 46 anos de idade, com um sorriso de menino. Sempre irá encher os olhos de água ao ver uma Bela Mulher sorrindo.
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Conselhos da Madame Zoraide – 24 – Amor

Olá Consulentes, hoje vamos falar sobre o amor.

O AMOR é barriga.

Barriga tanquinho, gordinha, com estrias, flácida.

Barriga que gera filho. Barriga que tem umbigo.

Amor é barriga.

Barriga que tem fome. Barriga que fica apertada.

Barriga morena, branquinha, pretinha, manchada e machucada.

Amor é barriga e se você não entendeu nada caro Consulente, só posso te dizer que você precisa comer e fazer abdominais.

Depois disso se ainda não entender… difícil heim!

O AMOR não se entende, só se sente, como a barriga. Entendeu agora?

Madame Zoraide – Bela Urbana, nascida no início da década de 80, vinda de Vênus. Começou  atendendo pelo telefone, atingiu o sucesso absoluto, mas foi reprimida por forças maiores, tempos depois começou a fazer mapas astrais e estudar signos e numerologias, sempre soube tudo do presente, do passado, do futuro e dos cantos de qualquer lugar. É irônica, é sabida e é loira. Seu slogan é: ” Madame Zoraide sabe tudo”. Atende pela sua página no facebook @madamezoraide. Se é um personagem? Só a criadora sabe 

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Carta Aberta ao Amor

A quem possa (des) interessar sobre o amor,

Amor é jazz nova-iorquino. Um hino. Contratempos graves marcam o rítmo. Assim dedilhado, com cuidado e sem medo.

Saltam delicadamente, os amantes, entre teclas pretas e brancas de um piano. Oh! Abraços! Quentes confortáveis. Som dos metais a anunciar o refrão: Dancing cheek to cheek! Oh! I’m Heaven!

Oh, amar! Nada mais é que enxergar a si próprios na menina dos olhos da pessoa amada. E neste poço se afogar. Sem ar. Morrer até viver. Todo amor é Narciso.

Para um amor é necessário estar por inteiro. Alma gêmea é o espelho. É a descoberta da nossa música.

Leitor (a), você já esteve na neve de Nova Iorque? Eu não.

Por enquanto fico no calor. Procurando por um cheiro no cangote. Um baião de dois. E danço xote com a garrafa de Corote.

Liliane Messias – Bela Urbana, é pagadora de profissional: bancária. Cresceu na hoje vacinada cidade de Serrana-SP. Fez Letras em Araraquara. E adora dançar.

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Sobre um amor bom

Ela sentiu a nuca arrepiar ao olhar para aquele par de olhos azuis. Aquele era um indício de muita confusão em sua vida e de uma entrega que nunca havia vivido. Eram apenas algumas horas para viver essa louca paixão estrangeira, sem freios.

E assim foi. Foram exatas 10 horas de êxtase, gargalhadas, alguns problemas com o idioma, a descoberta que ele realmente não gostava de pimenta e que ela era louca em vinho Carménère e não podia tomar cerveja daquele jeito maluco e que eles dançavam forró lindamente, apesar dos dois pés esquerdos dele.

Jogo de Copa do Mundo no Brasil, festa na arena São Paulo. E lá estava o hermano mais charmoso que ela havia visto. Tudo começou com um irreverente e –inocente – acreditou ela, pedido de “saca uma foto, por favor?”. Claro! Pronto, feito o primeiro contato aqueles olhos não se desgrudaram mais. Conversa vai, conversa vem, em bom portunhol. Pois sim, ela só achava que as aulas de espanhol tinham feito algum efeito. Ele brincou com ela e a pediu tirar uma foto com o chapéu azul e branco. Ela tomou outro gole da birra e topou a brincadeira. A “irmã caçula” que a acompanhava, achando tudo lindo, incentivou a brincadeira.

Ela torceu pelos hermanos… O Brasil não jogava naquele dia, já havia acontecido o fatídico 7×1. Entre uma tentativa e outra de tentar ensinar o dançarino de tango forrozear, ele lhe roubou um beijo. Ela parou. Ele, sem graça, pediu desculpas. Ela riu e roubou outro beijo. A irmã, os amigos só se olharam e seguiram tarde e noite a fora rindo.

E eles pararam de ver a Copa, os jogos, as pessoas e se fecharam num mundo só deles. Conversaram, riram, dançaram. Até que ele teve que ir embora. Era domingo à noite. Ele tinha uma fronteira para cruzar e ela, uma hora e pouco de estrada pela frente.

Se abraçaram como se não existisse amanhã. Até hoje ela é capaz de sentir o cheiro do perfume dele se pensar naquele momento. Os olhos marejaram. Os dela e os dele. Trocaram juras de se ver. Ele prometeu voltar, ela prometeu ir. Passaram a se seguir nas redes sociais e conversaram horas a fio durante a volta dele. Se falam até hoje. A promessa de se encontrarem não foi cumprida. Ele namorou, ela também. Mas ainda se conversam esporadicamente. Numas dessas conversas a revelação mais surpreendente: ele guardou o guardanapo que ela escondeu no bolso da sua calça com um bilhete, ainda ouve a aquele forró de Gil e lembra dela. Ela ainda bebe o vinho Carménère e sabe o trecho que ele ensinou do hino argentino. Um torce pelo time do outro (quando não são rivais na partida) e guardam os copos de cerveja daquela Copa.

Uma história linda, de um encontro inusitado, que até hoje move sentimentos em dois corações distantes.

Marina Prado – Bela Urbana, jornalista por formação, inquieta por natureza. 40 anos de risada e drama, como boa gemiana. Sobre ela só uma certeza: ou frio ou quente. Nunca morno!
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De J’teaime moi non plus à Amor I love you

Tempos de bailinhos na garagem com vitrolas revestidas de vinil, long. plays, compactos de sucesso, tudo sempre preparado para se dançar livre ou coladinho.
 
A cidade pequena, turma do colégio, turma de sair, de frequentar a casa… se tivesse um aniversário todos eram convidados; “bicão”, como se dizia na gíria da época, só se não fosse da turma, mas se fosse, poderia chegar em qualquer festa e levar a irmã, porque essa também era da turma.
 
E lá fui eu com meu irmão, num domingo à tarde, na festa do aniversário do novo menino da turma, filho da professora de OSPB, (para quem não sabe, OSPB – Organização Social Política Brasileira) que se mudara de Campinas com a família porque o pai advogado, com clientes na cidade, e a mãe efetivada no colégio. 
 
Aniversários na garagem eram assim:  nada de álcool, adultos supervisionando, músicas tocando… e a música proibida que causava “frisson” era “Je t’aime moi non plus”, Canção de Jane Birkin e Serge Gainsbourg, e ele me tirou pra dançar.

Nada ocorreu de mais próximo durante os anos que fomos amigos de turma. Meu irmão e ele, sim, se tornaram grandes amigos, andavam de bicicleta, viajavam juntos, aprontavam juntos.

Ele, um menino diferente, com hábitos de cidade grande (Campinas, na nossa imaginação, já era uma Metrópole), namorou amigas em comum; enquanto eu me mantinha fiel a uma “paixonite” de adolescente que me acompanhou por anos. (Mas essa é uma outra história). Ele fazia a sensação entre as meninas por ser diferente (articulado, inteligente) e tinha amigos e primos “gatos” que sempre trazia nos finais de semana para ficar na sua casa. 
 
Desde aquele dia quando dancei com ele a proibida “Je t’aime mói non plus”, nada aconteceu entre nós, a não ser um episódio, 10 anos depois (1979), num encontro rápido  de amigos saudosos que, em função da distância, (já que agora ele estudava na USP) e não se viam há tempos, teve muito beijo na boca… beijos que nenhum dos dois havia programado … e não passou disso.
 
Vida que segue. A minha. A dele. Não nos vimos mais.
 
Anos e anos depois, eu, divorciada, passei a ser o interesse de um também amigo; amigo daquela turma da cidade onde morei (até hoje tenho vínculos porque lá residem boas amigas e a minha família).

Esse amigo pretendente ao cargo de namorado sério numa insistência que, para mim extrapolava, buscava situações e conhecidos para que me decidisse ao compromisso. Era bombardeada diariamente com telefonemas pela manhã, tarde e noite… inúmeras mensagens para que eu acordasse, comesse, dormisse; era bom dia, boa tarde, boa noite e tudo mais… só eu não estava “de boa” porque me sentia vigiada… Cercava amigos, família, vó, vizinha… todos que pudessem me convencer a aceitá-lo como namorado. (Afff…)

Mas, como tudo na vida tem um “mas”… eu que estava buscando tropeçar no homem que seria meu amor, tal qual a cigana tinha previsto quando leu a minha mão, eu seguia fugindo do amigo que queria o compromisso sério e,  ao responder a uma  amiga em comum, via privado do Facebook,  que ele também procurara pra me convencer… na página chamou minha a atenção aquelas janelinhas  de amigos, pois havia um nome conhecido e muito único… só podia ser ele… o amigo que não via há quase 23 anos. 

Mando um convite solicitando amizade e encaminho uma mensagem…  a resposta veio imediatamente. (Era 03 de junho de 2011).

Naquela sexta-feira trocamos mensagens de oi, como vai, onde estás e, cinco dias depois um convite para nos encontrarmos…. Sugeri um café, ele, um jantar. 

Às 20:30 passou em casa.

Comida italiana, vinho, conversa e 2 telefonemas do amigo insistente candidato a namorado; saímos da Tratoria e a música era “Amor I love you”.

A cigana acertou quando leu o meu destino. Casamos!

E o fim da história não é: “e foram felizes para sempre”, porque felizes para sempre não existe. Mas felizes, sim!

Shirley Andreuccetti – Bela Urbana. Professora de formação, por amor e por paixão. A Psicanálise e a Mediação são adendos para complementar o trabalho na Educação, o verdadeiro ópio. Canceriana com ascendente em Peixes e 7 Planetas em Leão, um mapa astral cheio de intensidade e contradições. Paixão pelo filho e pelo Mauridinho. Gratidão eterna aos meus avós, uma vez que fui uma criança criada por eles.
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Sempre é tempo de dançar

Synnöve Dahlström Hilkner – Bela Urbana, é artista visual, cartunista e ilustradora. Nasceu na Finlândia e mora no Brasil desde pequena. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCC. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês. Participa de exposições individuais e coletivas, como artista e curadora, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros. É do signo de Touro, no horóscopo chinês é do signo do Coelho e não acredita em horóscopo.
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Solitude

Macarena Lobos –  Bela Urbana, formada em comunicação social, fotógrafa há mais de 25 anos, já clicou muitas personalidades, trabalhos publicitários e muitas coberturas jornalísticas. Trabalha com marketing digital e gerencia o coworking Redes. De natureza apaixonada e vibrante, se arrisca e segue em frente. Uma grande paixão é sua filha.
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DESEMBARAÇO

Se livrando do emaranhado.

Do karma.

Williams Delabona – Belo urbano, artista plástico, empresário, se divide em suas múltiplas atividades, administrar a escola Criativa www.escolacriativa.com e seu trabalho como artista plástico www.williamsdelabona.com . Gosta de animais, vive perto da natureza e acredita que tudo está interligado, o micro e o macro universo. Sua paixão? Tem várias, mas viajar está entre as primeiras.
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Abandono poético. Memória do pai.

Gil Guzzo –Belo Urbano, é artista, professor e vive carregando água na peneira. É um flaneur catador de latinhas. Faz da rua, das pessoas e da vida nas grandes cidades sua maior inspiração. Trabalha com fotografia de arte, documental e fotojornalismo. É fundador do [O]FOTOGRÁFICO PRESS (Agência de imagens) e professor universitário. Adora cozinhar e ficar olhando distraidamente o mar. É alguém que não se resta a menor dúvida…só não se sabe do que…