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Da calça Jeans para o vestido

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Vim pra esse mundo com alma de homem, minhas características principais tinham um estereótipo masculino… muito brava, mandona, agressiva, sempre no “tomaládacá”.  De fala forte e olhar 58 (incontestável). Calça jeans, tênis e camiseta branca!

Logo cedo suscitei questões sobre missão de vida, por que viemos parar aqui, como encarnamos, etc… e fui ao encontro de várias ferramentas de autoconhecimento, recebendo várias peças do quebra-cabeças aqui e ali, cheguei a um atalho muito claro: vim experimentar o feminino.

Tive poucos namorados, mas todos eles muito sentimentais, artistas, de alma feminina, um deles me presenteava com vestidos, sapatos de salto e bijus (este inclusive interrompeu nosso namoro e saiu do armário), me casei com um homem sensível e depois de uns anos, com certa relutância acabei sendo mãe de uma menina.

Hoje, aos quase 50, aprendi muito sobre ser mulher, mais vaidosa, uso vestidos, maquiagem, a fala é mais complacente e as atitudes mais macias. Por vezes ainda me sinto em cima de um cavalo nos moldes de “O Último dos Moicanos”, mas passa rápido. Gosto de ser mulher! Se criamos a vida dentro do nosso útero, temos o dom da cura. Se temos a intuição como acessório original, temos o dom do discernimento e da inspiração.  E se temos o acolhimento como item de série, vamos amparar a vida!

É o que sempre digo, atrás de um grande homem, tem sempre uma grande mulher. Atrás de uma grande mulher, tem sempre ela mesma!

Fernanda

Fernanda M. Carracedo – Bela Urbana, bem -casada (igual ao doce), 01 filha, 01 pai, 01 mãe e 01 irmão. De riso alto e debochado, olho comprido na alma alheira e uma boca cheia de respostas. Tenho um “Q” de Malévola (escorpião com ascendente em escorpião), o que me rende uma platéia temente, e, por enquanto, vou rindo… Blog:https://www.ordensedesordens.com/

 

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Eu, simplesmente eu?

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Acho que não sou exceção nesse universo feminino, não sou diferente de ninguém, não sou especial a ponto de ser caso único. Mas, às vezes, acho que colocar no papel (ou na atmosfera digital) faz bem.

Sou como tantas outras da minha geração… A chamada geração Y. Optei (será?) por não casar, não ter filhos (sonho que ainda tenho recorrentemente) e focar no trabalho. Fiz essas escolhas de maneira quase automática. Ou melhor, costumo querer acreditar que as fiz. Pois, assim como muitos da minha geração, tenho o desejo e a falsa sensação de que tenho algum controle sobre coisas que me acontecem. Mas juro que chego a ter certeza em momentos, que não escolhi nada, que a vida me levou a isso e eu acatei e convivo com isso no meu melhor.

Sou extremamente realizada na minha vida de jornalista. Trabalho com dois extremos, política e assessoria de imprensa coorportativa, vivo em cada uma dessas pontas sensações divergentes. O mundo coorporativo ainda me intriga com algumas regras, que às vezes me passam desapercebidas. O mundo da política me lembra, que apesar dos mais de 10 anos nele, ainda sou um bebê.

São tão diferentes entre si. Distâncias gigantescas e outras tão sutis. A roupa que vou usar, a seriedade que tenho que passar, os gritos que tenho que dar, porque, apesar de estarmos em 2016, eu ainda sou vista como uma menina e o que uma menina poderia acrescentar num mundo de “macacos velhos”? Daí, o grito. Absurdo, mas assim eu fui galgando espaço num mundo tão masculino. Hoje grito menos, mas me lembro diariamente do quanto já fiquei rouca.

Fora isso, ainda quero ser a melhor amiga, a melhor irmã, a melhor filha, a melhor tia, a melhor namorada. Mas às vezes não consigo nem me organizar para dizer um “alô” para quem eu amo. Coloco a culpa no trabalho, mas não aceito de coração quando essa desculpa vem pelo outro lado, pelo “sumiço” dos outros.

Sofro com crises de sincericídio, de ciúme, de consciência. Mas que mulher não é assim? Me pergunto isso todos os dias. Sou geminiana e brinco comigo mesma: quem está aqui hoje é a gêmea má ou a boa? Surto… às vezes internamente, às vezes para o mundo ouvir.

Choro em propagandas de margarina, mas escolhi minha profissão ao ver uma matéria na TV de uma guerra. Queria estar ali no meio do bombardeio. Loucura? Não sei. Nunca fui para a guerra. Não a da TV. Mas tenho a sensação de viver em uma constantemente. Guerra para ser aceita (quem precisa disso? Eu juro que eu), para ser ouvida, para manter o respeito que conquistei, para não faltar no pilates, para amar em paz… Talvez guerra seja uma palavra forte. Troquemos por desafios. As palavras insistem em me ludibriar, por mais que eu trabalhe com elas.

Fico imaginando nos desafios que a geração das minhas avós teve que passar, nos da minha mãe, nos que virão para a minha sobrinha (quem sabe minha filha…) O mundo está girando e não dá para querer pará-lo com as mãos. Só não sei se corro a favor ou contra. E você, corre como? Ou simplesmente acompanha o movimento?

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Marina Prado – Bela Urbana recém chegada. Jornalista por formação, inquieta por natureza. 30 e poucos anos de risada e drama, como boa gemiana. Sobre ela só uma certeza: ou frio ou quente. Nunca morno!

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Quando eu for criança de novo…

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Quando criança pensava em tudo que eu ia fazer ‘quando eu for grande’… cresci, fiquei grande, e pensava no que ia fazer quando fosse adulta. Fiquei adulta, um pouco antes da hora talvez… mas isso é assunto para outro post… Aí, adulta, pensava… quando as crianças crescerem, quando eu tiver mais dinheiro, quando tiver mais tempo, quando… quando… quando…

E aí dobro a esquina dos 50… e penso ‘cadê tudo aquilo que eu ia fazer quando isso e quando aquilo?’. No fim, fiz algumas, mas não todas, e fiz outras que nem pensava…E entendi que a única coisa que não volta é o tempo…

Nunca poderei dizer ‘quando eu for jovem de novo’ ou ‘quando eu for criança de novo’!

Mas se a gente inverte o tempo e fica adulta cedo demais, podemos inverter na volta também, certo?

Aos 40 fiz minha primeira tatuagem, três na verdade… hoje são sete e já penso na próxima.

Aos 50 estou tirando carta de moto porque decido que se não posso dizer ‘quando eu for jovem de novo’ eu ainda posso fazer as coisas que não fiz nessa época. E sem saudosismos e nem por rebeldia! Apenas porque chegou a hora em que dá, tenho vontade, recursos e motivação para isso!

E porque aos 50 a noção de idade e juventude e maturidade se confundem, e na verdade se tornam quase que irrelevantes. Idade certa para fazer, sentir, agir? Não tem! A oportunidade certa, a ocasião certa, esses sim é que contam… a idade pouco importa e na verdade, idade certa é uma noção burra e limitante!

Quem sabe qual será a minha próxima empreitada? Nem eu sei, mas com certeza não pensarei se estou ou não na idade de fazer, mas se é a ocasião, a oportunidade e se me fará feliz!

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Tove Dahlström – Belas Urbana, é mãe, avó, namorada, ex-mulher, ex-namorada, sogra, e administradora de empresas que atua como coordenadora de marketing numa empresa de embalagens. Finlandesa, morando no Brasil desde criança, é uma menina Dahlström… o que dispensa maiores explicações. Na profissão, tem paixão pelo mundo das embalagens e dos cosméticos, e além da curiosidade sobre mercado, tendencias de consumo, etc., enfrenta os desafios mais clichês do mundo corporativo, mas só quem está passando entende.

 

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Eu escolho você

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Nada é tão simples

Nada é tão complicado também

 

Se for para escolher

Eu escolho você

De mente aberta

De braços abertos

De coração apertado

Um coração calejado

 

Palavras… Ah! Palavras

Tão doces ficaram amargas

Cuspidas com dedos em riste

Palavras de escárnio num dia triste

Jogadas no ar e na rede social

Tão julgadoras da moral

 

Palavras… Eu as quero doces novamente

A amizade de quem convive livremente

Sem ideologias e donas da verdade doente

 

Ambos queremos o mesmo e pronto

Não é  preciso provar o seu, o meu ponto

Disso, a história se encarrega

 

Eu… Eu escolho você

A política que vá se… danar

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Synnöve Dahlström Hilkner Bela Urbana, é artista visual, cartunista e ilustradora. Nasceu na Finlândia e mora no Brasil desde pequena. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCC. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês. Participa de exposições individuais e coletivas, como artista e curadora, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros. É do signo de Touro, no horóscopo chinês é do signo do Coelho e não acredita em horóscopo.

 

 

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Um ‘fiu-fiu’ que divide opiniões entre homens e mulheres…

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Além das tradicionais características dos homens brasileiros, como o samba, a cerveja e o futebol, “cantadas”, muitas vezes causam estresse e aborrecimentos, no lugar de satisfação ou alegria. Na verdade, quase sempre, a maioria das mulheres não aprova a abordagem. A maioria não gosta de ouvir cantadas, algumas mulheres já deixaram de passar por algum lugar por medo de serem abordadas, e outras já trocaram de roupa antes de sair de casa para evitar alguma provocação. As precauções revelam-se incipientes, diante da paixão com que os marmanjos se entregam “ao esporte nacional da cantada”. Eles, aliás, costumam se esconder atrás de eufemismos, como chamar de “galanteio” a palavrinha cheia de veneno para a moça bonita que vem e que passa. Elas se ofendem e, no império do politicamente correto, enxergam um jogo de dominação pelo sexo oposto. Nem tudo é baixaria, e alguns gracejos acabam consagrados. Um caso foi protagonizado por Fred, um jogador de futebol do Fluminense que, ao encontrar uma morena exuberante numa avenida de Belo Horizonte, caprichou na finalização:  “O que você faz, além de sucesso?”, mandou, como prova o vídeo que se transformou num hit instantâneo da internet. Acredito que o resultado serve para demonstrar que, por trás de uma cantada na rua, mesmo que aparentemente inocente, sempre há o risco de assédio. Em alguns casos, mulheres adultas e adolescentes narraram diversos casos de cantadas obscenas e até agressões físicas.

As cantadas quando é um desconhecido no meio da rua, em uma via pública, de uma pessoa que não deu abertura para isso, podem ser uma agressão, sim, por mais que seja só um “fiu fiu”. Quando a mulher responde, a maioria dos homens chama de vagabunda para baixo. Então não é algo inofensivo. Alguns homens começam a xingar. Eles acham que a mulher está querendo tolher a liberdade deles, sendo que é o oposto, eles é que cortam a da mulher quando fazem isso (cantadas na rua). Esse tipo de campanha reflete uma mudança profunda em curso na sociedade brasileira. Tradicionalmente, as brasileiras estão acostumadas a receber elogios em relação a sua beleza desde muito jovens, e esses elogios costumam representar uma espécie de reconhecimento. O momento que a gente vive, é de uma certa transição de uma lógica em que o valor e a visibilidade da mulher estavam atrelados ao corpo, para uma lógica em que os valores femininos estão ligados a outros capitais: a personalidade, a inteligência, a atitude. Uma coisa que a mulher brasileira gosta é de se sentir única. A cantada te padroniza, te torna igual a todas as mulheres. O “fiu fiu” faz você se sentir igual a todas as outras.

Conhecendo um pouco o universo feminino, acredito que o tema chega em boa hora. Existe uma peça teatral que depois virou comédia, denominada: “E aí, comeu?”, onde mostra que o assédio nas ruas é um problema enfrentado diariamente pela maioria das mulheres, brasileiras ou não.

Em algumas cidades brasileiras as mulheres conquistaram um vagão de Metrô separado. Isso já mostra o quanto essa é uma questão importante. A brasileira está encurralada o tempo todo. Concordo com aquelas que reclamam. Você está na sua, aí vem um motoboy e buzina, um caminhoneiro faz uma grosseria… Deve ser insuportável esse tipo de abordagem, só surte efeitos negativos. Uma troca de olhares ainda é a cantada mais eficiente que existe.

Apesar de concordar que um elogio dito na hora e no local errados pode ser incômodo ou até ameaçador, existe diferença entre uma cantada ingênua e um assédio como o elogio é dito.

No quesito eficácia, homens e mulheres concordam: as cantadas de rua raramente surtem efeito positivo. São, na verdade, uma simples expressão de masculinidade, geralmente na frente de outros homens,  e de poder sobre o sexo oposto. Esse homem que canta de forma agressiva é um frustrado que desconta na mulher por saber que é mais forte, que não vai haver reação. É um amostramento de homem para homem. Indo mais longe podemos até  dizer que a cantada é o “sintoma de um mal profundo”. O mal, no caso, é a objetificação da mulher. O que faz com que homens se sintam impelidos a chamar uma mulher de gostosa no meio da rua é uma noção de abuso em relação ao feminino. Se isso é OK por um lado másculo, talvez seja um problema de ordem cultural. Vejo a insegurança como principal fator por trás de investidas agressivas. Há uma característica predominantemente machista, mas não podemos dizer que toda cantada é uma agressão, senão começaremos a cercear toda e qualquer iniciativa. O ideal não seria uma proibição que nos levaria a uma cultura saxã, em que não existe essa troca de afeto. Proibir a cantada seria uma contenção artificial. Precisamos da afirmação do respeito mútuo. Está bem deselegante ultimamente. Já foi melhor. Antes tinha mais sutileza, era mais uma piada. Hoje está muito vulgar.
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Wilson Santiago – Belo Urbano, brasileiro, natural de Potunduva SP, união estável, engenheiro de produção, pesquisador, corintiano, espiritualista, musico, poeta, produtor musical e do signo de áries.

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Guerra dos sexos?

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Quando pensamos em reunião de família, àquele almoço gostoso de domingo ou as festas de final de ano o que nos vêm à cabeça é a vó, a mãe ou qualquer mulher que cozinhe bem…Porque, mesmo que inconscientemente, o universo da cozinha caseira é algo ligado ao feminino. Já quando pensamos no nosso restaurante predileto ou em alta gastronomia lembramos do Chef ( quase sempre no masculino) ….um ser quase mítico que transforma “comida” em experiência, sabor em prazer…Rsrs.
Você se lembra do nome de uma Chef mulher? E homem? Mesmo que não lembre do nome, tenho certeza que vem muitas imagens de grandes mestres ( homens) na cozinha.
Será que eles realmente cozinham melhor? Fico aqui me questionando…Ou o mundo realmente é 100% machista como querem me fazer acreditar as feministas de plantão?  Eu tenho minha cozinha profissional para comandar, muitos me chamam de Chef de cozinha e pensando essa questão acho que o que ocorre de verdade é que cozinhamos tão bem ou tão mal quanto eles…
O que ocorre , no meu ponto de vista, é que temos objetivos e posturas diferentes quando entramos no mundo da cozinha profissional. O homem tem um espírito competitivo e um foco no marketing pessoal muito maior do que a mulher e isso o faz buscar muito mais os holofotes.
Não posso falar por todas as mulheres, mas o que sinto e o que busco quando entro na minha cozinha não é a auto promoção, pouco me importa se sou Chef ou cozinheira (aliás, Chef é cargo. Todo Chef é um cozinheiro em primeiro lugar) o que busco é a excelência dos ingredientes, o melhor preparo, os sabores e a satisfação do meu cliente.
Não preciso ser a primeira do mundo, sair em capa de revista…e acho, que como eu, a maioria das mulheres quando entra no mundo da cozinha está muito mais focada na comida em si do que na imagem e talvez por isso não sejamos tão reconhecidas publicamente…
Machismo ou foco?! Não sei…
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Adriana Rebouças – Bela Urbana, formada em Publicidade. Cursou gastronomia no IGA – São José dos Campos Publicitária de formação e Chef por paixão. Sócia do restaurante chama EnRaizAr e fica dentro de um espaço de yoga e terapias que se chama Manipura em São José do Campos – SP.

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#eunaofuiontem

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Escolhi não ir ontem a nenhuma passeata. Sim, é bonito ver as ruas tomadas, cheias de pessoas que protestam, sim é bonito ver, mas… mas como aprendi que temos que questionar tudo, faço cada vez mais perguntas e se não encontro às respostas que me convençam a fazer algo, opto por não fazer e por isso optei por não ir.

Meus motivos? Acho muita ingenuidade não ver que existem grupos que financiam a divulgação desse movimento. A estratégia de comunicação foi muito bem feita, posso falar com propriedade disso, pois esse é o meu negócio, trabalho com estratégias de comunicação. Ainda nessa questão, tudo custa, nada é de graça, criar vídeos custam, colocar carros de som nas passeatas custam, bonecos infláveis gigantes custam. Então, eu penso aqui com meus botões, não acredito que “ninguém” faça isso sem nenhum interesse. Pois é, eu que sempre fui tão idealista, não acredito mais, é uma pena, mas foi isso mesmo que esses políticos e partidos me roubaram, a ingenuidade de crer que isso vai mudar.

Outro ponto que embasou minha decisão é porque não preciso provar nada para ninguém. Faço meu trabalho no dia a dia, pago minhas contas honestamente, sempre trabalhei e tudo na minha vida veio do resultado dele. Então, não preciso provar nada para ninguém e nem sair bem na foto do facebook dizendo que sou engajada e estive lá.

Sim , eu sou engajada em várias questões, hoje em especial, me interesso muito em divulgar e trazer questionamentos do universo feminino. Feminista? Sim sou, apesar de que muitos, ainda hoje, não sabem e não entendem o que é ser isso, mas se tem uma causa hoje que abraço em primeiro plano é essa e o blog Belas Urbanas veio para isso.

Deixo claro aqui que não sou a favor do PT, mas também não sou do PSDB e dos outros. Se a campanha para irmos para as ruas fosse algo para mudarmos todos os nossos políticos e sistemas de governança que hoje imperam, eu estaria disposta a participar e talvez fosse algo que me motivasse como um fio de esperança nesse mar de lama, mas como de fato o único objetivo é tirar a Dilma da Presidência da República sem propostas concretas, com um claro entendimento do cronograma de ações, isso não me convence.

Ontem no facebook vi que alguns amigos foram agredidos porque se posicionaram dizendo que não iriam e explicando seus motivos. Até de bundão vi um ser xingado. Lamentável.

Pense que se posicionar contra a maioria não é fácil, é um ato de coragem e honestidade perante suas crenças. Não alardear notícias falsas é pensar sobre o que estamos fazendo. Saber sobre o que estamos protestando e para onde vai isso é sinal de maturidade e responsabilidade.

Eu não preciso de fotos na passeata para dizer que faço a coisa certa, porque eu sei que faço. Porque eu sei o que é estar à frente de um negócio há mais de 20 anos e pagar suas contas em dia e não entrar em empréstimos, já tendo passado por diversos planos econômicos. Eu sei o quanto dói ver empresas que crescem porque corrompem e são corrompidas e ver a sua perder concorrências porque aquilo ali já estava comprado. E triste meu caro, dói muito. Sigo em frente mesmo assim e o meu caminho escolho viver o que aprendi ser o certo. A minha parte eu faço, mas me enoja ver pessoas “tão corretas” gritando contra a corrupção, mas que no seu dia a dia, corrompem, fazem parte de esquemas, dão aquele medonho “jeitinho brasileiro” para resolver seus problemas. Ah, por favor, quer mudança? Comece no seu dia a dia, no seu micro universo. De o exemplo que cobra dos governantes. Menos hipocrisia.

Não quero ser injusta, não foram todos que participaram que agem assim, claro que não, tem muitas pessoas que foram e que de fato acreditam que esse movimento pode trazer mudanças e que no dia a dia fazem seu trabalho corretamente, pessoas do bem. Só coloco a questão de estarmos atentos para não sermos manipulados. Ir por ir não leva para lugar nenhum.

Estou cansada daquela velha máxima “não fiz por mal”. Não fez?  Mas fez mal. Qual é o impacto de não saber e fazer mal? Não fez porque não pensou? Minha reflexão: se esforce para saber o que faz para que um dia não venha com essa “não fiz por mal”. Pense antes de agir.

Está cansado e quer saber como mudar? Estude como funciona os mecanismos de votos, essa é a forma democrática que temos para mudar algo. Não concorda? Comece um movimento para mudar isso? Como? Entenda como dentro da lei isso pode ser mudado e faça dentro da lei. Cobre que a lei seja cumprida. Você terá trabalho, se engajar de fato e buscar soluções demanda tempo e da trabalho, mas se é algo que acredita e acha que vale a pena, vá fundo.

Chega de sermos tão emocionais, chega de tanto carnaval sem carnaval. É lindo ver as ruas cheias, mas é triste saber que muito de tudo isso é para sair bem na foto, para fazer parte. Sim, nós precisamos fazer PARTE, mas de uma parte mais justa e honesta com direitos e deveres para todos.

Chega de sermos uma sociedade de coitadinhos. Chega de sermos o pais do futuro. Tancredo morreu, era a salvação? Ulisses também. Collor caiu e já voltou. A salvação de uma nação não está em ninguém sozinho essa é a questão. Cai um rei de paus, entra outro e não muda nada. Isso sim é que tem que ser mudado, essa estrutura.

Agora volto ao meu trabalho é o que melhor posso fazer pelo Brasil e por mesma nesse momento.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas nesse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa :)

 

 

 

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Mulher hora de agir – 9 Dicas para mandar o desânimo para os ares!

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Alguns dias ao acordarmos o espelho entrega como estamos com cara de cansadas, de acabadas. A imagem refletida dá desânimo.

Uma amiga costuma dizer ao olhar pra si: “Antigos espíritos do mal, transformem essa forma decadente em Mumm-Rá, o de vida eterna!” – ThunderCats entregando a minha idade.

Infelizmente não é com um passe de mágica que a transformação acontece, ainda mais quando o problema vai além da aparência física.

São coisas cotidianas que nos tiram dos eixos, que fazem com que a vontade de chorar, de fugir, apareça latente.

Um conselho que dou, e que já falei para várias pessoas, sendo que a primeira delas foi para mim mesma: Se não for de dentro pra fora, que seja de fora pra dentro.

Como assim?

Veja os passos abaixo:

1o Fale para si mesma: Chega de mostrar essa fraqueza para o mundo!

2o Repita o primeiro passo até estar pronta para lavar o rosto, levantar a cabeça e partir para o terceiro passo;

3o Faça uma maquiagem legal. Capriche no batom, na máscara de cílios, blush;

4o Dome as madeixas, dê um trato na cabeleira;

5o Escolha uma roupa que valorize seu corpo;

6o Olhe no espelho novamente e diga: Meu dia (noite) vai ser espetacular!;

7o Não se esqueça do sapato, um lindo e que também seja confortável;

8o Pegue a bolsa e confirme se o batom está lá para ser retocado quantas vezes forem necessárias;

9o Encolha a barriga, estufe o peito e empine o bumbum. Coloque um sorriso no rosto e prepare-se para os elogios.

Às vezes o que precisamos é de uma auto injeção de ânimo!

Pode ter certeza que isso refletirá em muitos aspectos de sua vida.

O maridão irá gostar, as amigas vão querer saber o segredo da beleza e, de repente, verá que a mudança que estava procurando estava bem ali, dentro de você!

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Andréa Figueira – Bela Urbana, economista de formação, pós graduada em Marketing, atualmente Blogueira. Casada, 2 filhos e sincera além da conta. Gosto de ver, de ouvir e adoro falar. Sou colecionadora de amigos, meus grandes tesouros. Também sou psicóloga de meia pataca, amigos me procuram pra contar segredos e pedir conselhos. Blog: https://www.ordensedesordens.com/

 

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Dani e ela mesma

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Enfrente

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas nesse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa 🙂

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Cor de rosa pele

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“A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova.”

Leon Tolstoi

Essa afirmação existe há tempos não é mesmo? Não tanto como a luta pelos Direitos de Gêneros, mas não vou falar sobre isso, quero somente falar de uma mulher qualquer nesse dia qualquer de um hoje qualquer.

Eu.

Acordo já pensando nas mil pequenas tarefas diárias, aquelas que esgotam nosso tempo e também parte do humor, mas alguém terá que fazer o trabalho, no caso eu mesma, pois bem, sigo em frente, igual a milhões de pessoas, atarefada e cronometrada pelas 24 horas, parecendo competir comigo mesma num campeonato onde o troféu é o meu cúmplice travesseiro. No elevador com compras, malas, bolsas e mochilas, sigo para levar as crianças para a escola e verifico se meu I pod está carregado porque terei um ensaio importante. Esqueci de mencionar que trabalho com Dança.

E entre todas as prioridades apareceu mais uma, achar um argumento para explicar para o filho mais novo porque ele não pode ter seu próprio jabuti. Isso mesmo. Ele ainda não pode. Nem eu posso. Talvez nem você possa, mas é necessário dar uma resposta condizente ao pequeno quando o elevador abre e “ufa”, todos saem correndo; inclusive eu. Dai chego ao trabalho. E lá vem ela.

A Dança.

Sim, a Dança que me obriga e despir-me de mim mesma como numa ordem. E assim, eu faço, obedecendo e tentando agradá la de todas as formas. O tempo todo. Naqueles momentos junto aos amigos, alunos, parceiros, música, dor, suor e concentração acontece uma tríade. Mente, corpo e alma, onde seu corpo vira uma espécie de pensão de emoções tentando comunicar se com você mesmo e com o outro.

A Dança é uma arte que te escolhe e ponto. Não tem outra opção, não há acordo, não discuta com ela. Ela é tirana e tão feminina como uma leoa no cio. Caça e caçadora se alimenta de você e te alimenta de volta, devolvendo a energia que faz você respirar. Claro, que muitas pessoas encontram isso em igual força e semelhança em outras artes, mas posso falar desta. Soberana ela dita e você obedece. Mas muitas valentes teimosas não escolhidas também chegam lá. E como!

Em meio a idas e vindas, versos e reversos lá estamos em busca do aplauso. Um aplauso interno, pessoal que complete uma existência. A mulher da dança estará sempre insatisfeita como todas as outras, será sempre crítica, como muitas outras, lutará contra o tempo até aceitá lo e também será interrompida de sua última valsa como todas as outras.

Mas se ao raiar do novo dia, você estiver lá com suas demandas e agradecer por logo menos poder encontrá la novamente, terá outra chance diante do indizível. Comunicar-se através do corpo e do ritmo em busca de seu aplauso interno. Aplauso que todas merecem. Parabéns para nós em todos os 364 dias, mas por hoje vale lembrar que o significado de ser mulher é a gente que dá e não o cupom de supermercado ou a flor doada no banco.

Bravo!
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Meg Lovato – Bela Urbana, formada em comunicação social, coreógrafa e mestra de sapateado americano e dança para musicais. Tem dois filhos lindos. É chocolatra e do signo de touro. Não acredita em horóscopo mas sempre da uma olhadela na previsão do tempo.Meg Lovato-